Nada vai ao ar sem ser selecionado. Organizar e montar as seleções feitas é editar. Edição em Telejornalismo foi tema nesta sexta-feira, no VI Fórum de Comunicação Social da Unifra, no workshop apresentado pela jornalista Clarissa Schwatz, da RBS TV.
Foram apresentadas as formas de edição. No jornalismo diário, a edição linear é preferível, sendo a não-linear utilizada em produções especiais. Clarissa, explica que "a edição não-linear traz mais recursos, mas é necessário cautela para evitar poluição visual e distorção de imagens".
Na edição linear, a cópia é feita de fita para fita, obedece uma seqüência e é mais usada no interior. A principal vantagem é a rapidez e agilidade, já que na não-linear é necessário digitalizar todas as imagens. A não-linear, além de usar imagens digitalizadas, possibilita que a seqüência das imagens seja alterada e permite várias fontes de vídeo e áudio. É mais usada na publicidade, pois proporciona mais recursos.
A tendência, segundo Clarissa, é a transição para o digital, com o desaparecimento das fitas e a utilização de discos para captar imagens. Em relação à RBS, diz que existe uma rede integrada de fibra óptica, pela qual são distribuídas as imagens, sendo que hoje não há possibilidade de enviar para vários ‘canais’, o que será possível com a tv digital. Em Santa Maria, ela está planejada para 2010.
As tecnologias são mais uma ferramenta, mas não ‘salvam’ uma matéria. "Edição é ‘costurar’ a matéria. O texto precisa ser claro, simples e atraente. A diferença é o repórter, aliado a técnica", justifica a jornalista.
No workshop, foram mostrados vídeos produzidos pela RBS. Os alunos tiveram, também, a oportunidade de praticar editando uma reportagem.