Inicia o XII Simpósio de Ensino, Pesquisa e Extensão do Centro Universitário Franciscano, SEPE. Até sexta-feira, 7 de novembro, serão abordados diversos assuntos vinculados ao tema Nanociências na Universidade. A instituição é a primeira a oferecer Mestrado em Nanociências no Brasil. Ao mesmo tempo, é realizado o 4º Salão de Iniciação Científica.


A Nanotecnologia e “algumas” de suas Aplicações Biomédicas foram apresentadas na primeira palestra, pelo prof. Dr. Ricardo Bentes Azevedo, da Universidade de Brasília. Os países que mais fazem publicações sobre a Nanotecnologia são: China, Estados Unidos e Japão, porque “o custo das pesquisas é muito alto”, define Ricardo. Mesmo que o Brasil tenha crescido nas pesquisas dessa área, não aparece nem entre os 20 primeiros países.
Nano significa ‘excessiva pequenês’. Ciência é o campo que estuda informação, conhecimento e notícia. “A escala de um nano é de um tamanho quase inimaginável”, explica Azevedo. Para se ter uma idéia ele faz um comparativo: “uma única hemácia (molécula sanguínea) é equivalente a 8 mil nanômetros” e, ainda, “uma barra de ouro é amarela, mas na escala um nano de ouro pode ser de qualquer cor do arco-íris”.
A nanotecnologia tem grande potencial em várias áreas científicas e tecnológicas. Mas não é invenção do homem, existe há muito tempo na natureza. Uma lagartixa, por exemplo, possui milhares de “nanos” nas patas, isso que permite a ela grudar nas paredes. O estudo das nanotecnologias tem relevância nas mais diversas áreas presentes no cotidiano, como medicina, farmácia, física, química, biologia e engenharia.
Os primeiros comentários sobre os nanos foram feitos em 1959, pelo americano Richard Feynman, ao afirmar que existiria “muito mais espaço lá embaixo”. Anos depois Binning e Rohrer desenvolveram o microscópio Tunneling, em 1981, e ganharam o Prêmio Nobel de Física, cinco anos mais tarde.
Depois disso, as pesquisas se difundiram. As nanotecnologias podem aplicadas:
– para obter novos fármacos ou novas aplicações dos existentes;
– no diagnóstico de imagens e nanosensores (a ressonância magnética já é uma);
– implantes com material nanoestruturado (o que pode aumentar a resistência de produtos como plástico e vidro);
Mas Azeredo alerta sobre os riscos a seres humanos e meio ambiente: “Tudo traz riscos que devem ser cuidados, como qualquer tecnologia”.
Fotos: Maiara Bersh e Giulianno Olivar (Laboratório de Fotografia e Memória)