Sexo não tem idade. Proteção também não. Este é o slogan da última campanha lançada pelo Ministério da Saúde, em prol do dia Mundial de Luta Contra a Aids, comemorado hoje. O foco deste ano tem como alvo homens acima dos 50 anos. Pensando nisto, a UNIFRA elaborou uma programação especial para a data. A mistura criativa entre humor, sensações e interatividade integrou professores, acadêmicos e a comunidade santa-mariense desde o início da manhã, no projeto Corredor da Vida.
O Corredor da Vida foi montado no pátio do campus I do Centro Universitário por diversos acadêmicos das áreas da saúde. O espaço foi dividido em diversas salas que expunham formas de informar o público sobre a transmissão e prevenção das doenças sexualmente transmissíveis (DSTs), em especial o vírus HIV.
A professora de Enfermagem e coordenadora geral da programação, Martha Helena Teixeira de Souza, conta que a idéia veio quando um grupo de alunos do curso participou do Congresso Brasileiro de Doenças Sexualmente Transmissíveis (DSTs) em Santa Catarina: “A apresentação de um projeto que estimulava as sensações nos interessou, então adaptamos e trouxemos para a UNIFRA”. O Corredor da Vida teve também incentivo do Ministério da Saúde, que enviou o material da campanha para ser distribuído aos visitantes.
Vários painéis espalhados pelo local ilustraram a seleção de 300 cartuns, selecionados de mais de 50 países. A mostra integra o I Salão Internacional de Humor em DST/Aids e traz charges sobre prevenção, cidadania e direitos humanos, além de ironizar o custo alto dos remédios que combatem a doença. A exposição itinerante é uma iniciativa do Ministério da Saúde, junto ao Instituto Memorial de Artes Gráficas (IMAG) e viaja por vários locais do país, em parcerias com universidades, ONGs e outras instituições. Seu objetivo principal é fazer do humor instrumento de fixação de que a saúde é coisa séria.
Um dos espaços interativos do Corredor, a sala das sensações, brincou com o tato e a visão dos visitantes. As acadêmicas do 4º semestre de Enfermagem, Paula Freitas e Daiane Lazzarotto, eram responsáveis por vendar o público, que deveria perceber como o preservativo não tira a sensibilidade. Componente de um grupo da terceira idade, Estela Wouthers achou muito interessante a proposta: “É importante a juventude estar engajada e ter consciência de que o uso da camisinha não diminui o prazer”.
Também do curso de Enfermagem, as acadêmicas Tauana Reinstein, Patrícia Freitas e Letícia Busatto, que participam do projeto Praticando Educação e Saúde no Lar Acalanto, monitoraram a sala de fotos. Por trás de uma cortina feita de preservativos pendurados nas cordas, um painel de fotos fazia com que o público adivinhasse, pela aparência, quem teria ou não o vírus HIV. “O teste, na verdade, é apenas para mostrar que todos podem contrair o vírus da Aids”, explica Tauana.
A sala dos espelhos foi reservada para o curso de Nutrição. Uma ficha com diversos adjetivos que completavam as frases “Ao se olhar no espelho você enxerga sua vida com…” e “Em relação ao HIV eu tenho…” foi entregue a quem passou por lá. “A nutrição não trabalha apenas em favor de uma alimentação saudável, mas pela prevenção e promoção da saúde também”, enfatizou a professora Ruth Maurer da Silva.
Fotos: Bibiane Moreira (Laboratório de Fotografia e Memória)