O Dia Nacional da Conservação do Solo foi estabelecido como modo de incentivar a reflexão sobre o tema. A data comemorativa existe desde 1989. Mas a necessidade de utilizar o recurso natural para sustento é desde o surgimento do homem.
15 de abril foi escolhido em homenagem ao nascimento do americano Hugh Hammond Bennett, primeiro responsável pelo Serviço de Conservação de Solos dos Estados Unidos.
A degradação do solo acontece quando as características físicas, químicas e biológicas são modificadas. O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, o IBGE, divulgou, em dezembro de 2008, um perfil dos municípios do país onde revela que 90% tem problemas ambientais. Os impactos mais citados foram relacionados aos solos, como queimadas, desmatamento e assoreamento.
O engenheiro agrônomo e professor da Unifra, Galileo Buriol, observa que a visão da engenharia sobre os solos mudou: “Anos atrás as engenharias queriam que a água escorresse rápido. Hoje é contrário, o planejamento é para absorver água, como nos grandes pátios com pavimentação permeável que já existem na Holanda”. O professor destaca importância da vegetação: “É a vegetação que aumenta a absorção da água e diminui enxurradas”, complementa.
A conservação do solo influencia na capacidade produtiva. O solo influencia na alimentação, ciclo da água, sobrevivência de espécies animais e vegetais, desenvolvimento de medicamentos, entre outros. As vegetações se desenvolvem a partir do tipo de solo, que é influenciado pela região.
A sustentabilidade alimentar, defendida por ambientalistas para reduzir o consumo de combustível no percurso de distribuição dos alimentos e diminuir a utilização de agrotóxicos, é uma das culturas mais influenciadas pela qualidade do solo.
Os principais causadores da contaminação dos solos são inceticidas, herbicidas, plásticos, solventes e produtos farmacêuticos, detergentes, tintas, gasolina, fertilizantes e baterias.
Fotos: arquivo/ Agência CentralSul