Muito frio, dia nublado, uma manhã cinzenta de sábado, 27 de junho. Mesmo assim quem foi ao Calçadão de Santa Maria pode perceber a manifestação de acadêmicos de Jornalismo da Unifra. Com faixas e panfletos ,o protesto silencioso arrecadou assinaturas em prol da exigência do diploma de Jornalismo para exercer a profissão, extinto pelo Supremo Tribunal Federal.
“Não é justo, escrever bem não é ser jornalista, é ser escritor. Tem toda parte técnica. Um investimento feito na graduação, não só financeiro, como a dedicação que invalidaram”, diz a aposentada Sônia Arigany Braga.
A professora Eunice Martins apóia a manifestação: “É isso mesmo que vocês têm que fazer. É falta de respeito com vocês que estudam e com a gente. Pensam que a população é ignorante. Cercearam a liberdade de imprensa. A decisão é um retrocesso”.
O estudante Rodrigo Perez também é contra a decisão do STF: “Muita gente se aperfeiçoando, estudando e querem colocar qualquer pessoa no lugar, é desrespeito”.
Para o estudante Vinícius Xavier, a decisão é uma “palhaçada”: “É sacanagem para quem estuda, qualquer profissional deve se aliar ao que vocês fazem. O cara quer se especializar fazendo graduação e tiram o diploma”.
“Absurdo! só eles mesmo para fazerem essas coisas”, aposentado João Carlos.
Para a jornalista Lílian Santos, “a decisão desvaloriza quem estudou para não considerarem a formação acadêmica”.
Aposentado Edson Vontühlen caracteriza como “sacanagem”: “Fazer faculdade e dizerem que não fez nada, que não vale. Já tem piada dizendo que pessoas querem vender diploma de jornalista, mas que é o único que ninguém quer pagar”.
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