O
último dia do 7º Fórum de Comunicação Social da Unifra trouxe Flávio
Vaz Brasil, diretor da agência publicitária República das Ideias , de
Porto Alegre, para ministrar palestra com o tema: Comunicação de Cultura
x Cultura de comunicação.
Segundo
o palestrante, há pouca
diferença entre a comunicação de cultura e a comunicação de um produto
qualquer, porque cultura tem que ser encarada como um produto.
Flávio
contou seu envolvimento como ministro da agência. Sim, ministro.
Pois o nome RepVblica das Ideias tem referência histórica na simbologia
Greco-Romana e surgiu com o intuito de fazer um país, reunindo
imigrantes de várias áreas, cada um com sua contribuição.
Proclamada
em 6 de janeiro de 2003, a RepVblica das Ideias tem como lema: VENI
CREATOR SPIRITUS (Venha Espírito Criador) e, como todo País, possui
também brasão, hino, bandeira e o mais curioso: uma moeda como cartão
de visitas. A peça possui de um lado o brasão da república – onde estão
seus símbolos – e do outro lado a identificação do profissional.
A
agência, que existe há 6 anos, sempre quis expressar uma bagagem
cultural, e tem como DNA – arte, cultura e marca. Além de prêmios
nacionais e regionais, foi vencedor do London International Adversiting e Design Awards 2003 e finalista 2005.
No
decorrer da palestra exemplos de produtos e projetos culturais da foram
exibidos. Cd’s, shows, campanhas e livros todos criados pela Repvblica
das Ideias. A arte atrelada à publicidade foi discutida. “Os conceitos
de arte se alteraram. Se publicidade não é arte, em questão de pouco
tempo vai ser considerada, ela reúne todas as formas de arte. A
publicidade nasceu da arte, não há como dissociar”, comenta Flávio.
O diretor da agência ainda trouxe para o conhecimento do público seu livro Poesia Sentida, primeiro produzido em áudio e em braile.
“Isso é um projeto cultural relevante, indiscutivelmente útil. Pode não
ter retorno, mas somos agentes culturais e temos essa responsabilidade.
Já vi cegos chorando de felicidade, e isso quer dizer que podemos
entrar em vários níveis, atrelando comunicação e cultura.” pontua ele.
A apresentação foi mediada pela profª Laíse Loy.
À tarde, Flávio Vaz Brasil reforçou em oficina temas
já abordados na palestra da manhã. Debates acerca de
empreendimentos culturais e a importância da comunicação ganharam
atenção especial.
Os
participantes tiveram espaço para questionamentos, discussões,
divulgação de idéias de futuros projetos. Ainda que jovens estudantes, com
carência de incentivos e pouca experiência, Flávio aconselha: “Nós,
pessoas de comunicação, temos uma responsabilidade cultural inegável e
temos todas as ferramentas para fazer disso uma realidade, logo só
basta começar”.
Fotos: Maiara Bersch (Laboratório de Fotografia e Memória)