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Santa Maria, RS, Brazil

Suspeita de compra de votos em eleições para diretoria de colégio municipal

InvestigativoMuita polêmica foi gerada após denúncia de que uma professora em um colégio de Santa Maria tivesse oferecido desde sorvete até dinheiro para que alunos do educandário votassem nela para diretora da escola.

Duas chapas concorriam à diretoria do colégio. De um lado, pleiteando a reeleição, a professora Joana*. Do outro, a professora de história do ensino médio, Carla*. Por lei, professores, funcionários, pais e alunos, a partir da 4ª série do Ensino Fundamental, maiores de 12 anos, possuem direito a voto. A eleição ocorrida no dia 29 de outubro foi bastante acirrada. Alguns pais comentaram que a campanha por votos começou cedo e em clima de baixaria.

O vigia da escola, pai de dois alunos, diz que o primeiro debate entre as professoras acabou tenso. “Até a polícia apareceu pra conter o clima de hostilidade”. Conforme denúncias, até mesmo um professor, apoiador da professora Carla, teria feito uma reunião, de portas fechadas, com seus alunos, pedindo que votassem na candidata apoiada por ele. Não bastassem todas as técnicas de persuasão, a candidata teria, inclusive, distribuído camisetas para alguns alunos em troca de votos para eleição ao cargo máximo do colégio. “Diz que a outra candidata dava até sorvete”, comenta a aluna Bruna*, de 14 anos.

Uma das apoiadoras de Carla teria levado alguns grupos de alunos e oferecido sorvetes de graça enquanto pedia votos para sua colega. Além de sorvete, os integrantes da chapa de oposição teriam dado balas e bombons para os alunos, comprados no bar localizado próximo ao colégio. Alguns estudantes afirmam, inclusive, ter recebido uma quantia de R$5,00 por um voto no dia da eleição.

A equipe de reportagem tentou entrar em contato com o proprietário do bar onde os alunos foram levados, porém o dono havia falecido dias antes da nossa procura. Mesmo com todos estes artifícios, quem venceu as eleições foi a professora que tentava a reeleição, por uma pequena diferença de votos. No dia seguinte às eleições, a candidata perdedora não voltou ao colégio, deixando alunos sem aula. Ela retornou poucos dias depois, porém, suas apoiadoras não voltaram mais ao colégio, deixando os alunos sem aula.

* Nomes fictícios

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Duas chapas concorriam à diretoria do colégio. De um lado, pleiteando a reeleição, a professora Joana*. Do outro, a professora de história do ensino médio, Carla*. Por lei, professores, funcionários, pais e alunos, a partir da 4ª série do Ensino Fundamental, maiores de 12 anos, possuem direito a voto. A eleição ocorrida no dia 29 de outubro foi bastante acirrada. Alguns pais comentaram que a campanha por votos começou cedo e em clima de baixaria.

O vigia da escola, pai de dois alunos, diz que o primeiro debate entre as professoras acabou tenso. “Até a polícia apareceu pra conter o clima de hostilidade”. Conforme denúncias, até mesmo um professor, apoiador da professora Carla, teria feito uma reunião, de portas fechadas, com seus alunos, pedindo que votassem na candidata apoiada por ele. Não bastassem todas as técnicas de persuasão, a candidata teria, inclusive, distribuído camisetas para alguns alunos em troca de votos para eleição ao cargo máximo do colégio. “Diz que a outra candidata dava até sorvete”, comenta a aluna Bruna*, de 14 anos.

Uma das apoiadoras de Carla teria levado alguns grupos de alunos e oferecido sorvetes de graça enquanto pedia votos para sua colega. Além de sorvete, os integrantes da chapa de oposição teriam dado balas e bombons para os alunos, comprados no bar localizado próximo ao colégio. Alguns estudantes afirmam, inclusive, ter recebido uma quantia de R$5,00 por um voto no dia da eleição.

A equipe de reportagem tentou entrar em contato com o proprietário do bar onde os alunos foram levados, porém o dono havia falecido dias antes da nossa procura. Mesmo com todos estes artifícios, quem venceu as eleições foi a professora que tentava a reeleição, por uma pequena diferença de votos. No dia seguinte às eleições, a candidata perdedora não voltou ao colégio, deixando alunos sem aula. Ela retornou poucos dias depois, porém, suas apoiadoras não voltaram mais ao colégio, deixando os alunos sem aula.

* Nomes fictícios