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Aldeias SOS de Santa Maria precisam de mães sociais

aldeias_sos_jessica.jpgEm Santa Maria há muitas crianças e jovens em situação de vulnerabilidade social que perderam ou estão prestes a perder suas famílias.  Dessa maneira há diversas instituições que trabalham para dar assistência, sendo uma dessas a ONG Aldeias Infantis SOS.
 
 
 

Diferente de um orfanato, a Aldeia se estrutura semelhante a uma vila, com casas e famílias. Essa estrutura é entendida como uma forma de manter a criança em um núcleo familiar, com um lar, irmãos e uma mãe.

Cada casa possui no máximo nove crianças, se há irmãos eles não são separados, e a mãe é uma mãe social. Em Santa Maria há seis casas funcionando com seis mães sociais para 46 acolhidos, sendo 17 crianças e 29 adolescentes.

aldeias_sos_crs_jessica.jpgAs crianças chegam à Aldeia encaminhadas por Juízes, varas da Infância e conselhos tutelares. As mães são mulheres que gostam de crianças e não possuem pessoas dependentes fisicamente delas. Elas se inscrevem para a função de mãe e passam por um curso de formação inicial e, após, durante todo o período em que estiverem exercendo a função de mãe social, passam por um curso de educação continuada. 

As Aldeias Infantis SOS surgiram na Áustria, em 1949, e atuam hoje em 132
países com o objetivo de gerar desenvolvimento e integração familiar e
social. Santa Maria possui uma Aldeia desde 1978.  

As mães sociais

Há seis mães na Aldeia SOS de Santa Maria e mais três mães substitutas para cobrirem as folgas das outras.  As mães são responsáveis pelos cuidados básicos com as crianças, como alimentação, higiene, horários, educação, e gerenciamento da casa como manutenção, limpeza e organização. A psicóloga da ONG, Maria Conrado, conta que estão precisando de mulheres dispostas e que preencham o perfil.

aldeias_sos_mae_jessica.jpgHoraide Corsini Vieira tem cinco filhos, é de Santiago e trabalha há três anos como mãe social em Santa Maria. “O trabalho exige muito de ti, até por que tem que lidar com crianças que não são seus filhos de verdade. Tu tem que se dedicar de corpo e alma”, conta a mãe.

A mãe Horaide explica que elas recebem as crianças de braços abertos, mas que, normalmente, estas são mais reservadas, e os adolescentes são os mais rebeldes. “Eles vêm de um determinado ambiente, e quando chegam aqui querem continuar da mesma maneira que estavam lá fora. Aqui existem normas, regras que têm que ser obedecidas. Eles tentam bater o pé, mas devagarinho a gente vai contornando”, explica.

Desafios existem, mas há as gratificações do trabalho. “Quando a criança rende na escola ou até mesmo melhora o seu convívio aqui dentro a gente pensa: opa, eu fiz alguma coisa por eles. Isso é, principalmente, o que nos mantém aqui”, relata. 

aldeias_sos_mae2_jessica.jpgA mãe social de seis crianças, Abeloni Denardin, está há sete anos neste trabalho e conta que o mais gratificante é ver as crianças crescendo, evoluindo, com vontade de aprender e conquistar a sua independência.

Mulheres que estiverem interessadas em se tornar mãe social podem agendar entrevista pelo telefone 3211-1700 ou 3211-1722.

 

Fotos: Jéssica Martini (Laboratório de Fotografia e Memória)

 

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aldeias_sos_jessica.jpgEm Santa Maria há muitas crianças e jovens em situação de vulnerabilidade social que perderam ou estão prestes a perder suas famílias.  Dessa maneira há diversas instituições que trabalham para dar assistência, sendo uma dessas a ONG Aldeias Infantis SOS.
 
 
 

Diferente de um orfanato, a Aldeia se estrutura semelhante a uma vila, com casas e famílias. Essa estrutura é entendida como uma forma de manter a criança em um núcleo familiar, com um lar, irmãos e uma mãe.

Cada casa possui no máximo nove crianças, se há irmãos eles não são separados, e a mãe é uma mãe social. Em Santa Maria há seis casas funcionando com seis mães sociais para 46 acolhidos, sendo 17 crianças e 29 adolescentes.

aldeias_sos_crs_jessica.jpgAs crianças chegam à Aldeia encaminhadas por Juízes, varas da Infância e conselhos tutelares. As mães são mulheres que gostam de crianças e não possuem pessoas dependentes fisicamente delas. Elas se inscrevem para a função de mãe e passam por um curso de formação inicial e, após, durante todo o período em que estiverem exercendo a função de mãe social, passam por um curso de educação continuada. 

As Aldeias Infantis SOS surgiram na Áustria, em 1949, e atuam hoje em 132
países com o objetivo de gerar desenvolvimento e integração familiar e
social. Santa Maria possui uma Aldeia desde 1978.  

As mães sociais

Há seis mães na Aldeia SOS de Santa Maria e mais três mães substitutas para cobrirem as folgas das outras.  As mães são responsáveis pelos cuidados básicos com as crianças, como alimentação, higiene, horários, educação, e gerenciamento da casa como manutenção, limpeza e organização. A psicóloga da ONG, Maria Conrado, conta que estão precisando de mulheres dispostas e que preencham o perfil.

aldeias_sos_mae_jessica.jpgHoraide Corsini Vieira tem cinco filhos, é de Santiago e trabalha há três anos como mãe social em Santa Maria. “O trabalho exige muito de ti, até por que tem que lidar com crianças que não são seus filhos de verdade. Tu tem que se dedicar de corpo e alma”, conta a mãe.

A mãe Horaide explica que elas recebem as crianças de braços abertos, mas que, normalmente, estas são mais reservadas, e os adolescentes são os mais rebeldes. “Eles vêm de um determinado ambiente, e quando chegam aqui querem continuar da mesma maneira que estavam lá fora. Aqui existem normas, regras que têm que ser obedecidas. Eles tentam bater o pé, mas devagarinho a gente vai contornando”, explica.

Desafios existem, mas há as gratificações do trabalho. “Quando a criança rende na escola ou até mesmo melhora o seu convívio aqui dentro a gente pensa: opa, eu fiz alguma coisa por eles. Isso é, principalmente, o que nos mantém aqui”, relata. 

aldeias_sos_mae2_jessica.jpgA mãe social de seis crianças, Abeloni Denardin, está há sete anos neste trabalho e conta que o mais gratificante é ver as crianças crescendo, evoluindo, com vontade de aprender e conquistar a sua independência.

Mulheres que estiverem interessadas em se tornar mãe social podem agendar entrevista pelo telefone 3211-1700 ou 3211-1722.

 

Fotos: Jéssica Martini (Laboratório de Fotografia e Memória)