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Gaúcho e jornalista: Marcelo Canellas explica a contribuição do Jornalismo

feira2011_marcelocanellas_fabianemilani.jpgSua Carteira de Identidade confirma. Natural de Passo Fundo, estado do Rio Grande do Sul. Não que ele renegue suas origens, pelo contrário, sempre demonstra muita receptividade ao seu estado, principalmente a Santa Maria. Também pudera, pois foi nela que ele estudou e iniciou suas atividades como jornalista. “Tenho ligação umbilical e afetiva com a cidade”, relata Marcelo Canellas, que tenta visitar o município sempre que possível.

Realiza palestras em Santa Maria como a da Feira do Livro deste ano. Como das outras vezes, chegou sereno e acompanhado de seu pai. Acredita que a figura paterna, para ele, seja muito significativa. Na verdade, a família significa muito, pois em um bate-papo com cerca de uma hora, foi possível ouvir Marcelo falar de sua mãe, professora aposentada, de seu pai – o escritor -, palavras do próprio jornalista, e de sua irmã.

Morar longe da família há mais de 20 anos deve aumentar as saudades do ambiente familiar. Principalmente para seu pai, que, além de acompanhá-lo, assiste às suas apresentações compenetrado e orgulhoso.

Sua primeira escolha, Agronomia, realmente não foi uma boa opção. Logo Marcelo percebeu sua real vocação: o Jornalismo, trocando de curso. Seu dom hoje é estampado nas telas da Rede Globo por meio de reportagens especiais ou séries. Sua marca registrada é “jogar uma luz sobre uma discussão que, às vezes, está embotada por um olhar cansado da gente”, explica Marcelo. Prova disso está em suas diversas reportagens, como a Cerrado, Geografia da Fome ou Eleições 2002.

Fome, uma das séries mais premiadas do telejornalismo brasileiro, é o orgulho de Marcelo. Ele retrata isso em diversas entrevistas, contando que não foi tão fácil fazer a cabeça do editor da Rede Globo para investir nesse projeto, mas, argumentos convencem. Em expressões do próprio Marcelo, o que mais o faz reagir é a desigualdade no Brasil. Talvez por tal motivo, abordou de forma tão intensa o assunto nessa série, tornando-a digna dos diversos prêmios que recebeu.

Cronista do jornal Diário de Santa Maria desde sua criação, que chega aos dez anos, e do jornal A cidade de Ribeirão Preto, de São Paulo, Marcelo expressa sempre em seus textos uma das muitas qualidades que tem como jornalista televisivo – a capacidade de prender o telespectador, no caso, o leitor. Ao longo de suas crônicas, em especial as do Diário, percebe-se a veracidade da frase dita pelo jornalista: “Aqui é onde eu realmente me sinto em casa”.

“O moderno é você referenciar o passado”, fala Marcelo no palco da Feira do Livro. Dessa vez ele veio fazer um bate-papo sobre Cidade, Memória e Identidade – A contribuição do Jornalismo. Como sempre, cheio de espectadores – não só por sua bem sucedida carreira, mas também por sua humildade e carisma ao dialogar com as pessoas.

 

Foto: Fabiane Milani (Laboratório de Fotografia e Memória)

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feira2011_marcelocanellas_fabianemilani.jpgSua Carteira de Identidade confirma. Natural de Passo Fundo, estado do Rio Grande do Sul. Não que ele renegue suas origens, pelo contrário, sempre demonstra muita receptividade ao seu estado, principalmente a Santa Maria. Também pudera, pois foi nela que ele estudou e iniciou suas atividades como jornalista. “Tenho ligação umbilical e afetiva com a cidade”, relata Marcelo Canellas, que tenta visitar o município sempre que possível.

Realiza palestras em Santa Maria como a da Feira do Livro deste ano. Como das outras vezes, chegou sereno e acompanhado de seu pai. Acredita que a figura paterna, para ele, seja muito significativa. Na verdade, a família significa muito, pois em um bate-papo com cerca de uma hora, foi possível ouvir Marcelo falar de sua mãe, professora aposentada, de seu pai – o escritor -, palavras do próprio jornalista, e de sua irmã.

Morar longe da família há mais de 20 anos deve aumentar as saudades do ambiente familiar. Principalmente para seu pai, que, além de acompanhá-lo, assiste às suas apresentações compenetrado e orgulhoso.

Sua primeira escolha, Agronomia, realmente não foi uma boa opção. Logo Marcelo percebeu sua real vocação: o Jornalismo, trocando de curso. Seu dom hoje é estampado nas telas da Rede Globo por meio de reportagens especiais ou séries. Sua marca registrada é “jogar uma luz sobre uma discussão que, às vezes, está embotada por um olhar cansado da gente”, explica Marcelo. Prova disso está em suas diversas reportagens, como a Cerrado, Geografia da Fome ou Eleições 2002.

Fome, uma das séries mais premiadas do telejornalismo brasileiro, é o orgulho de Marcelo. Ele retrata isso em diversas entrevistas, contando que não foi tão fácil fazer a cabeça do editor da Rede Globo para investir nesse projeto, mas, argumentos convencem. Em expressões do próprio Marcelo, o que mais o faz reagir é a desigualdade no Brasil. Talvez por tal motivo, abordou de forma tão intensa o assunto nessa série, tornando-a digna dos diversos prêmios que recebeu.

Cronista do jornal Diário de Santa Maria desde sua criação, que chega aos dez anos, e do jornal A cidade de Ribeirão Preto, de São Paulo, Marcelo expressa sempre em seus textos uma das muitas qualidades que tem como jornalista televisivo – a capacidade de prender o telespectador, no caso, o leitor. Ao longo de suas crônicas, em especial as do Diário, percebe-se a veracidade da frase dita pelo jornalista: “Aqui é onde eu realmente me sinto em casa”.

“O moderno é você referenciar o passado”, fala Marcelo no palco da Feira do Livro. Dessa vez ele veio fazer um bate-papo sobre Cidade, Memória e Identidade – A contribuição do Jornalismo. Como sempre, cheio de espectadores – não só por sua bem sucedida carreira, mas também por sua humildade e carisma ao dialogar com as pessoas.

 

Foto: Fabiane Milani (Laboratório de Fotografia e Memória)