O Samu foi idealizado na França em 1986 e já foi implementado em outros países como Bélgica, Espanha, Luxemburgo, Chile, Itália, Argentina, Áustria. No Brasil, começou a funcionar primeiramente em Porto Alegre (RS) e Ribeirão Preto (SP). Hoje, no Rio Grande do Sul há 180 municípios com o serviço. “A diferença do Samu do Brasil para o dos outros países é que esse serviço não realiza só o transporte, mas o atendimento do paciente em risco”, diz a enfermeira.
Os principais objetivos do Samu é reduzir o número de óbitos, o tempo de internação em hospitais e as seqüelas decorrentes da falta de socorro precoce. Sua função principal é colaborar na organização do atendimento na rede pública de saúde prestando socorro a população em casos de emergência.
Quem pode se beneficiar – O Samu é vinculado ao Sistema Único de Saúde (SUS) e obedece aos princípios desse serviço. Está disponível para toda a população, mas o seu serviço é exclusivo para atender pessoas que estejam em risco iminente de vida.
Para a realização desse serviço, Santa Maria terá uma ambulância de suporte avançado e três ambulâncias de suporte básico. O Hospital Casa de Saúde contará com uma de cada tipo (suporte) e as outras duas ambulâncias ficarão no Pronto Atendimento (PA) do Patronato.
De acordo com a enfermeira Dinorá, o que faz o Samu funcionar é a central de regulação médica e a Enfermagem. A Central é responsável pelo serviço dos funcionários, conhecimento da rede de saúde da cidade e conhecimento de disponibilidade dos leitos. O município de Santa Maria terá os serviços regulados por uma central médica 24 horas, instalada em Porto Alegre, que a população poderá contatar pelo telefone 192.
Preparo dos profissionais – O Sefas já deverá começar o treinamento dos profissionais que irão realizar a prestação desse serviço. A capacitação é muito importante não somente pela qualidade do serviço prestado, mas também pela relação que esse funcionário vai criar entre o Samu e o Hospital ou Posto de Saúde.
“Às vezes chega uma enfermeira mal educada, larga o paciente na entrada do hospital, não explica a situação deste e procedimentos, como já medicou ou não o paciente, e depois os hospitais vão reclamar dizendo que o Samu só é gerador de paciente nas entradas dos atendimentos”, explica Dinorá Cenci.
A enfermeira se mostrou preocupada com a estrutura de serviços de saúde de Santa Maria para receber os pacientes atendidos pelo Samu. O serviço a partir da assinatura do convênio tem o prazo de um ano para começar a funcionar, mas pode ser prorrogado mediante Termo Aditivo.
Fotos: Karine Ludwig (Laboratório de Fotografia e Memória)