Eles passaram pelo curso de Jornalismo da Unifra. Hoje estão no mercado de trabalho. São jornalistas, assessores, professores, pesquisadores, consultores, empreendedores. Atuam com a comunicação em diferentes partes do país e do mundo, e agora retornam em depoimentos sobre os 10 anos do curso. Todos muito bem-vindos!
Escrevo esse texto no final de um dia de redação. Um dia cheio de informações, de coisas inesperadas e de aprendizagens. É assim que é a rotina jornalística: as dores e amores de lidar com o inesperado. E o mais importante de tudo: levar informações ao leitor. Se essas informações forem fazer a diferença na vida dele, melhor ainda! Foi por isso que decidi fazer jornalismo. Embora, algumas coisas às vezes dos desapontem na profissão, ser jornalista é um desafio e um aprendizado diário.
Quando eu entrei no jornalismo aos 17 anos, era uma menina cheia de sonhos e desejos em relação à profissão. Queria fazer alguma diferença na vida das pessoas e achei que o jornalismo era uma boa maneira de fazer isso. Foi no primeiro semestre de jornalismo, no começo de 2010, que descobri como levar a teoria para a prática na Agência Central Sul de Notícias. Lembro muito bem da minha primeira pauta: o que fazer no feriado de páscoa. Lembro a emoção de sair com um bloco entrevistando pessoas, depois construir o texto e, por último, ver ele no site com o nosso nome publicado. Pode ser notícia de moda, de polícia, de política, de lazer, de ciência ou de educação, mas o nosso objetivo é sempre o mesmo: levar informações que podem ser de interesse do leitor. E a agência foi minha primeira oportunidade de poder fazer isso.
Lembro das nossas reuniões de pautas, o que seria notícia, as primeiras aprendizagens sobre o texto jornalístico e as tantas outras coisas que aprendi na agência, antes de sequer ver nas aulas. E digo para os que estão começando, a rotina da agência é bem parecida com a rotina de qualquer veículo de comunicação. A gente precisa ter os mesmos cuidados e as professoras que nos orientam se esforçam muito para que a informação seja completa, clara e informe o leitor da maneira adequada. No meu tempo, quem nos supervisionava eram as professoras Glaíse Palma e a Viviane Borelli.
Aprendi muito como jornalista aprendiz no primeiro semestre da faculdade. Depois, aprendi mais ainda como monitora da agência. Durante o segundo semestre, minha rotina era passar quase todas as tardes na agência, tinha mais matérias para fazer e mais responsabilidade. Como monitora, também ajudava os novos. Lembro com carinho de alguns momentos especiais que esse tempo me propiciou: entrevista com o Moacyr Scliar na semana integrada da Saúde, entrevista com a Claudia Ohana e outros atores durante a peça Farsa, o primeiro “Free Hugs” de Santa Maria, promovido por nós, com cobertura da agência e de diversos veículos, a parada da liberdade, o encontro dos cartunistas, a Marina Colasanti na semana das letras. Enfim, uma infinidade de aprendizagens. Tirando os colegas que pude conhecer melhor e acabaram virando grandes amigos.
Depois da agência, vieram diversos desafios na minha vida de jornalista, mas vou lembrar sempre com muito carinho do lugar onde tudo começou.
Ananda é jornalista egressa da Unifra, repórter no jornal Diário de Santa Maria e mestranda em Comunicação na UFSM.