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Santa Maria, RS, Brazil

Música independente em Santa Maria procura espaço

O título de “Cidade Cultura” tende a fazer jus a Santa Maria quando se trata de música. A cidade conta com um cenário diversificado de bandas e cantores autônomos no mercado, seguindo a trajetória histórica da música independente, em se lançar de forma alternativa.

Aternativas e gêneros – Sobram artistas e talentos, entretanto, faltam opções adequadas para acolher esses músicos. Para terem seus trabalhos reconhecidos, os santa-marienses precisam possuir muita força de vontade. Já que um dos maiores obstáculos enfrentados por esses profissionais é a carência de variedades de espaço para os diferentes gêneros musicais que a cidade abriga.

Com um amplo gênero musical no mercado, fica difícil competir com os estilos que estão no topo das paradas. Uma das alternativas desses profissionais é a divulgação dos trabalhos na Internet.

 

Marcelo Demichelli no estúdio caseiro. Arquivo pessoal

Marcelo Demichelli, guitarrista que aposta em música instrumental e autoral, afirma que a internet é uma ferramenta imprescindível para divulgação. “Entrei em contato até com gente do Canadá que conheceu o meu trabalho via web”, diz o guitarrista, que é bastante influenciado por artistas como Richie Blackmore, Brian May, Gary Moore e também por várias bandas de Heavy Metal.

Demichelli já tem um CD gravado. O título do registro fonográfico é Totus Tuus. Para divulgar as composições que faz, o músico utiliza a rede social online myspace. Marcelo Demichelli também tem um clipe (abaixo) que foi produzido de forma independente.

[youtube_sc url=”http://www.youtube.com/watch?v=s-1el-JOzug&feature=player_embedded”]

Além desse seu trabalho solo, Demichelli é guitarrista de outra banda de rock progressivo Arkonnan, que também é independente.

Banda Arkonnan. Foto Divulgação

A Arkonnan, que já possui uma música gravada, é formada também por Christian Lovatto (baixista) e Diuly Lovatto (vocalista e tecladista). Diuly, que é graduada no curso de música da UFSM, comenta as dificuldades dos músicos independentes, ainda mais quando eles investem em um estilo tão distante do gosto geral: o rock progressivo com influência de música clássica.

“A falta de mais espaços para tocar e a falta de dinheiro são dois empecilhos, pois o artista que não sobe em um palco não tem nenhum retorno lucrativo com a sua arte”, confessa a vocalista.

A Arkonnan é influenciada por bandas do porte de AngraDream TheaterBlind Guardian e Rhapsody of Fire. Quanto aos formatos de divulgação das músicas, os integrantes são unânimes em afirmar que a internet é um veículo fundamental. Christian Lovatto declara que a internet proporciona maior interação com o público.

“Por meio da web é possível informar o público sobre novas gravações e shows”, entrega Lovatto, ao se referir às possibilidades propiciadas pela tecnologia na divulgação das bandas independentes. A Arkonnan utiliza twitterfacebookmyspace e possui um site.

O otimismo em relação à internet como meio de divulgação também é compartilhado por Leo, integrante da banda Lugh, que toca Celtic Punk, ou também chamado Irish Punk. Esse estilo é caracterizado pela mistura básica do punk rock com elementos típicos da música celta da Irlanda. A Lugh está na ativa desde 2009 e é atualmente é a única banda santa-mariense que toca esse gênero. Confira na íntegra o clipe da banda:

[youtube_sc url=”http://youtu.be/BH9QBt-OOWQ”]

Leo, que toca gaita de 8 baixos, diz que a internet é muito importante para uma banda independente. “A internet é o que salva as bandas hoje. Pela web conseguimos divulgar eventos, músicas, clipes e até mesmo marcar shows”, confessa o músico.

[youtube_sc url=”http://youtu.be/NV_-JThoYJI”]

Atualmente a banda Lugh divulga seus trabalhos por meio do myspace, facebook e youtube.

Enquanto os músicos que tocam gêneros muito diferenciados ou inovadores possuem dificuldades para mostrar seus trabalhos em lugares e casas tradicionais, aproveitam o potencial dos sites de redes sociais para testar a aceitação do público e divulgar apresentações e novidades. Tem sido a alternativa inicial para abrir os caminhos.

Por Fernando Rodrigues, Renata Medina, Suellen Krieger
Produção da Turma de Jornalismo Online, 3º semestre de Jornalismo.

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4 respostas

  1. Excelente matéria! Parabéns a todos os envolvidos! Tomara que as coisas comecem a melhorar para tantos músicos santa-marienses que tem a coragem de remar contra a maré e investir na música autoral, fora dos modismos passageiros e paupérrimos – culturalmente falando – deste nosso país!

  2. legal isso!! Pelo jeito os integrantes dessa Arkonnan não devem ter mais do que vinte e poucos anos e mesmo assim tocam rock progressivo. É uma grata surpresa ver que nem todo o pessoal da nova geração pensa que rock progressivo é um palavrão.

  3. Duas bandas com propostas de estilos musicas diferentes. É sinal de que os artistas em Santa Maria buscam variedade. Gostei do texto e das bandas. Parabéns!!

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O título de “Cidade Cultura” tende a fazer jus a Santa Maria quando se trata de música. A cidade conta com um cenário diversificado de bandas e cantores autônomos no mercado, seguindo a trajetória histórica da música independente, em se lançar de forma alternativa.

Aternativas e gêneros – Sobram artistas e talentos, entretanto, faltam opções adequadas para acolher esses músicos. Para terem seus trabalhos reconhecidos, os santa-marienses precisam possuir muita força de vontade. Já que um dos maiores obstáculos enfrentados por esses profissionais é a carência de variedades de espaço para os diferentes gêneros musicais que a cidade abriga.

Com um amplo gênero musical no mercado, fica difícil competir com os estilos que estão no topo das paradas. Uma das alternativas desses profissionais é a divulgação dos trabalhos na Internet.

 

Marcelo Demichelli no estúdio caseiro. Arquivo pessoal

Marcelo Demichelli, guitarrista que aposta em música instrumental e autoral, afirma que a internet é uma ferramenta imprescindível para divulgação. “Entrei em contato até com gente do Canadá que conheceu o meu trabalho via web”, diz o guitarrista, que é bastante influenciado por artistas como Richie Blackmore, Brian May, Gary Moore e também por várias bandas de Heavy Metal.

Demichelli já tem um CD gravado. O título do registro fonográfico é Totus Tuus. Para divulgar as composições que faz, o músico utiliza a rede social online myspace. Marcelo Demichelli também tem um clipe (abaixo) que foi produzido de forma independente.

[youtube_sc url=”http://www.youtube.com/watch?v=s-1el-JOzug&feature=player_embedded”]

Além desse seu trabalho solo, Demichelli é guitarrista de outra banda de rock progressivo Arkonnan, que também é independente.

Banda Arkonnan. Foto Divulgação

A Arkonnan, que já possui uma música gravada, é formada também por Christian Lovatto (baixista) e Diuly Lovatto (vocalista e tecladista). Diuly, que é graduada no curso de música da UFSM, comenta as dificuldades dos músicos independentes, ainda mais quando eles investem em um estilo tão distante do gosto geral: o rock progressivo com influência de música clássica.

“A falta de mais espaços para tocar e a falta de dinheiro são dois empecilhos, pois o artista que não sobe em um palco não tem nenhum retorno lucrativo com a sua arte”, confessa a vocalista.

A Arkonnan é influenciada por bandas do porte de AngraDream TheaterBlind Guardian e Rhapsody of Fire. Quanto aos formatos de divulgação das músicas, os integrantes são unânimes em afirmar que a internet é um veículo fundamental. Christian Lovatto declara que a internet proporciona maior interação com o público.

“Por meio da web é possível informar o público sobre novas gravações e shows”, entrega Lovatto, ao se referir às possibilidades propiciadas pela tecnologia na divulgação das bandas independentes. A Arkonnan utiliza twitterfacebookmyspace e possui um site.

O otimismo em relação à internet como meio de divulgação também é compartilhado por Leo, integrante da banda Lugh, que toca Celtic Punk, ou também chamado Irish Punk. Esse estilo é caracterizado pela mistura básica do punk rock com elementos típicos da música celta da Irlanda. A Lugh está na ativa desde 2009 e é atualmente é a única banda santa-mariense que toca esse gênero. Confira na íntegra o clipe da banda:

[youtube_sc url=”http://youtu.be/BH9QBt-OOWQ”]

Leo, que toca gaita de 8 baixos, diz que a internet é muito importante para uma banda independente. “A internet é o que salva as bandas hoje. Pela web conseguimos divulgar eventos, músicas, clipes e até mesmo marcar shows”, confessa o músico.

[youtube_sc url=”http://youtu.be/NV_-JThoYJI”]

Atualmente a banda Lugh divulga seus trabalhos por meio do myspace, facebook e youtube.

Enquanto os músicos que tocam gêneros muito diferenciados ou inovadores possuem dificuldades para mostrar seus trabalhos em lugares e casas tradicionais, aproveitam o potencial dos sites de redes sociais para testar a aceitação do público e divulgar apresentações e novidades. Tem sido a alternativa inicial para abrir os caminhos.

Por Fernando Rodrigues, Renata Medina, Suellen Krieger
Produção da Turma de Jornalismo Online, 3º semestre de Jornalismo.