Qual a primeira coisa que vem à sua cabeça quando ouve a palavra Circus? Muitos relacionariam com o circo tradicional, aquele com palhaços, mágicos e lona colorida. O Macondo Circus tem esse encanto e traz arte, música e teatro para Santa Maria, na semana de 12 a 18 de novembro. O picadeiro do festival será a Praça Saldanha Marinho.
O processo de preparação do Festival de Artes Integradas, que está na sua 9ª edição começa com muita antecedência. O primeiro passo da organização é fazer uma avalição do último festival e analisar a viabilidade financeira para o próximo. O Macondo Circus conta com a ajuda de patrocinadores como o Macondo Lugar e, nesse ano, quem também dá apoio é o Ministério da Cultura (MinC). Além dessas colaborações, os artistas que participam e já participaram dão base para o festival.
A banda Rinoceronte, que já tocou em edições passadas e volta esse ano, é uma das grandes apoiadoras do Macondo Circus. O vocalista Paulo Noronha comenta do potencial e da animação do evento: ”todas as vezes que a gente tocou foi maravilha total. É um festival que está dentro do circuito brasileiro de festivais independentes também, então ele acaba se disseminando por todo o país praticamente. É sempre bom, positivo demais”.
A banda Descartes participou da primeira edição do Macondo Circus. Para o publicitário e ex-guitarrista da banda, Daniel Jardim, 25 anos, o festival junta as pessoas e dá a oportunidade de conhecer novas bandas. “Acho que é um festival fantástico e espero que ele continue crescendo e que nunca se esqueça das bandas da cidade, que foram as apoiadoras desse grande projeto”, declara Daniel. A Ventores, também se apresentou nos anos de 2009 e 2010. O músico da banda, Adriano Taques, 24 anos também apoia a ideia de ceder espaço para bandas locais.
As atrações do palco principal não são as únicas que contemplam o festival. A Cobertura Colaborativa traz voluntários para fazerem parte da divulgação. Para a acadêmica de jornalismo da UFSM Gabriela Belnhak, 24 anos, participante da cobertura colaborativa desde 2010, aponta que o ponto positivo é trabalhar com a ideia de construção conjunta e permanente, diversos núcleos ou setores envolvidos, em sincronia. “Sendo voluntária tive a oportunidade de aprimorar técnicas e humanizar o trabalho jornalístico. Passei a pensar a mídia alternativa e produções livres, voltadas para o conhecimento e a formação constante, minha e do grupo com o qual eu trabalho”, analisa Gabriela.
Além desses fatores, algumas novidades serão apresentadas nesta edição. Uma delas é o 1º Encontro Internacional de Palhaços, promovido pelo curso de Artes Cênicas da UFSM. A ação vai contar com grandes nomes, como a Cia Palcomo de Teatro, da Espanha.
O programa de Hospedagem Cultural do Fora do Eixo, Hospeda Cultura, que atua em outros estados e cidades, através do Circuito Fora do Eixo, também atuará no Macondo Circus. A proposta do programa é hospedar os participantes do festival, promovendo a troca de conhecimento e reduzindo os recursos humanos, financeiros e naturais como, custos com hotéis e táxis.
Respeitável público, o Macondo Circus ocupa os espaços disponíveis para incentivar o artista independente, as pessoas que vêm de fora, ou que são daqui, e têm vontade de apresentar seu trabalho para um novo público.
Texto: Karine Kinzel e Silvana Righi