Santa Maria, RS (ver mais >>)

Santa Maria, RS, Brazil

Pádel: uma opção entre o tênis e o squash

Jogadores em treinamento em quadra de pádel. Foto Divulgação

O pádel, como foi denominado oficialmente pela COBRAPA (Confederação Brasileira de Pádel) para definir o esporte no Brasil, surgiu da união de outros esportes. Foi criado em alto-mar, como uma adaptação do tênis, para divertir os passageiros de barcos ingleses, em 1890. Em 1924, o norte-americano Frank Beal levou o então chamado “tênis de alto mar” para os parques municipais de Nova Iorque batizando-o de “Paddle Tenis”.

Então, no início dos anos 1970, o mexicano Henrique Corcuera queria construir uma quadra de tênis em sua residência de verão, no sofisticado balneário de Acapulco no México, entretanto, as limitações do seu terreno obrigaram-no a construí-la um pouco menor. A bolinha de tênis foi mantida, jogando-se sempre em duplas. Mas ele resolveu incorporar ao jogo algumas mudanças, como a raquete de madeira e a utilização de lances do “squash” para o aproveitamento das paredes laterais e do fundo de quadra. Estava criado aí um jogo tão empolgante quanto o tênis, tão dinâmico quanto o squash, mas sem o rigor de ambos.

Variações – A pontuação é idêntica a do tênis. Com a utilização das paredes, o jogo fica mais dinâmico e os pontos mais disputados. As raquetes de pádel medem aproximadamente 45 cm de largura, com uma superfície de aproximadamente 27 cm.  As bolas utilizadas também são semelhantes as do tênis.

O pádel se difundiu primeiramente no México e em outros países de origem latina como Argentina, Uruguai, Chile e Paraguai. Logo, alguns países da Europa também aderiram à prática do pádel como Espanha, França, Bélgica, Inglaterra e Itália. O pádel precisou apenas de 9 anos para se tornar um dos esportes mais populares na Argentina.

O pádel no Brasil – A febre na Argentina e no Uruguai e o crescimento do esporte na Europa agora contagiam o Brasil. Com cerca de 50 mil quadras e em média três milhões de jogadores (dos quais 30% são mulheres) no mundo todo logo o transformou numa paixão nacional. Apesar da pouca divulgação, o pádel conta com 300 quadras e cerca de 5.000 jogadores no Brasil. Sua aceitação no país tem sido muito rápida, pois além de competitivo, é um esporte social para jovens, adultos e idosos e funciona como uma atrativa opção de lazer.

Além disso, não exige de seus praticantes nem um condicionamento físico de atleta como o squash tampouco uma técnica como a do tênis: sua iniciação é muito mais simples. As pessoas que possuem uma noção básica de outros esportes com raquete já podem se considerar jogadores.

Como é jogado? O pádel é disputado sempre em duplas. A bolinha é igual a de tênis e a quadra tem algumas diferenças. Ela tem 20m de comprimento por 10m de largura, com paredes nos fundos e parte das laterais. Algumas, mais sofisticadas, utilizam vidro ou blindex no lugar das paredes, permitindo excelente visualização do jogo. O restante é cercado por telas ou alambrados de metal, sendo que o piso pode variar do cimento à grama oficial.

O diferencial para outros esportes de raquete é a interação das paredes, uma vez que elas recolocam a bola em jogo, o que dá mais emoção e dinamismo à disputa de um ponto. Ainda que comuns, as competições entre o tênis e o pádel são evitadas pelos praticantes de ambas modalidades.

A interação dentro de quadra e o fato de trabalhar quase todos os membros do corpo, foi o que levou Marcus Vinícius Real Perini, 24 anos, estudante de educação física na Universidade Federal de Santa Maria (UFSM) a praticar esse esporte. “Conheço o pádel há anos. Tinha um cliente da minha mãe que me levava pra assistir ele jogar e isso me despertou interesse em aprender também”, comenta.

O personal trainer Taile Roos, 24 anos, conheceu o pádel na faculdade de educação física, mas seu interesse no jogo surgiu através do irmão que praticava o esporte na cidade de Porto Alegre. Ele joga por lazer e também participa de campeonatos. “Acho um esporte muito dinâmico e inteligente, tem muitas tomadas de decisões rápidas, gosto disso, ter que pensar para jogar. Não precisa ter força é só usar a cabeça e a técnica. É um esporte em que a mulher pode jogar de igual contra o homem. A força e a altura do individuo faz pouca diferença”, explica Taile.

Quanto ao custo para a prática do esporte, é um esporte relativamente caro. A raquete varia de 300 a 500 reais e um kit com três bolinhas custa 15 reais. Para a prática, é necessário o uso de um tênis especial (o mesmo que se usa no jogo de tênis) que custa em média 300 reais.

 

Por Danielle Vargas

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Adicione o texto do seu título aqui

Lorem ipsum dolor sit amet, consectetur adipiscing elit. Ut elit tellus, luctus nec ullamcorper mattis, pulvinar dapibus leo.

Jogadores em treinamento em quadra de pádel. Foto Divulgação

O pádel, como foi denominado oficialmente pela COBRAPA (Confederação Brasileira de Pádel) para definir o esporte no Brasil, surgiu da união de outros esportes. Foi criado em alto-mar, como uma adaptação do tênis, para divertir os passageiros de barcos ingleses, em 1890. Em 1924, o norte-americano Frank Beal levou o então chamado “tênis de alto mar” para os parques municipais de Nova Iorque batizando-o de “Paddle Tenis”.

Então, no início dos anos 1970, o mexicano Henrique Corcuera queria construir uma quadra de tênis em sua residência de verão, no sofisticado balneário de Acapulco no México, entretanto, as limitações do seu terreno obrigaram-no a construí-la um pouco menor. A bolinha de tênis foi mantida, jogando-se sempre em duplas. Mas ele resolveu incorporar ao jogo algumas mudanças, como a raquete de madeira e a utilização de lances do “squash” para o aproveitamento das paredes laterais e do fundo de quadra. Estava criado aí um jogo tão empolgante quanto o tênis, tão dinâmico quanto o squash, mas sem o rigor de ambos.

Variações – A pontuação é idêntica a do tênis. Com a utilização das paredes, o jogo fica mais dinâmico e os pontos mais disputados. As raquetes de pádel medem aproximadamente 45 cm de largura, com uma superfície de aproximadamente 27 cm.  As bolas utilizadas também são semelhantes as do tênis.

O pádel se difundiu primeiramente no México e em outros países de origem latina como Argentina, Uruguai, Chile e Paraguai. Logo, alguns países da Europa também aderiram à prática do pádel como Espanha, França, Bélgica, Inglaterra e Itália. O pádel precisou apenas de 9 anos para se tornar um dos esportes mais populares na Argentina.

O pádel no Brasil – A febre na Argentina e no Uruguai e o crescimento do esporte na Europa agora contagiam o Brasil. Com cerca de 50 mil quadras e em média três milhões de jogadores (dos quais 30% são mulheres) no mundo todo logo o transformou numa paixão nacional. Apesar da pouca divulgação, o pádel conta com 300 quadras e cerca de 5.000 jogadores no Brasil. Sua aceitação no país tem sido muito rápida, pois além de competitivo, é um esporte social para jovens, adultos e idosos e funciona como uma atrativa opção de lazer.

Além disso, não exige de seus praticantes nem um condicionamento físico de atleta como o squash tampouco uma técnica como a do tênis: sua iniciação é muito mais simples. As pessoas que possuem uma noção básica de outros esportes com raquete já podem se considerar jogadores.

Como é jogado? O pádel é disputado sempre em duplas. A bolinha é igual a de tênis e a quadra tem algumas diferenças. Ela tem 20m de comprimento por 10m de largura, com paredes nos fundos e parte das laterais. Algumas, mais sofisticadas, utilizam vidro ou blindex no lugar das paredes, permitindo excelente visualização do jogo. O restante é cercado por telas ou alambrados de metal, sendo que o piso pode variar do cimento à grama oficial.

O diferencial para outros esportes de raquete é a interação das paredes, uma vez que elas recolocam a bola em jogo, o que dá mais emoção e dinamismo à disputa de um ponto. Ainda que comuns, as competições entre o tênis e o pádel são evitadas pelos praticantes de ambas modalidades.

A interação dentro de quadra e o fato de trabalhar quase todos os membros do corpo, foi o que levou Marcus Vinícius Real Perini, 24 anos, estudante de educação física na Universidade Federal de Santa Maria (UFSM) a praticar esse esporte. “Conheço o pádel há anos. Tinha um cliente da minha mãe que me levava pra assistir ele jogar e isso me despertou interesse em aprender também”, comenta.

O personal trainer Taile Roos, 24 anos, conheceu o pádel na faculdade de educação física, mas seu interesse no jogo surgiu através do irmão que praticava o esporte na cidade de Porto Alegre. Ele joga por lazer e também participa de campeonatos. “Acho um esporte muito dinâmico e inteligente, tem muitas tomadas de decisões rápidas, gosto disso, ter que pensar para jogar. Não precisa ter força é só usar a cabeça e a técnica. É um esporte em que a mulher pode jogar de igual contra o homem. A força e a altura do individuo faz pouca diferença”, explica Taile.

Quanto ao custo para a prática do esporte, é um esporte relativamente caro. A raquete varia de 300 a 500 reais e um kit com três bolinhas custa 15 reais. Para a prática, é necessário o uso de um tênis especial (o mesmo que se usa no jogo de tênis) que custa em média 300 reais.

 

Por Danielle Vargas