O jornalismo é considerado o quarto poder. Esta expressão foi criada para qualificar, de modo livre, o poder das mídias ou do jornalismo em alusão aos outros três poderes típicos do Estado democrático. Expressão esta que se refere ao poder dos media quanto à sua capacidade de manipular a opinião pública.
Portanto, é dizer que o jornalismo tem em mãos uma grande “arma” que, quando usada, pode ditar regras de comportamento e influenciar diretamente as escolhas da sociedade. Sendo assim, aquele que detém licença de produzir e veicular matérias jornalísticas é, sem dúvida, um indivíduo poderoso diante dos que são meros consumidores de notícia.
É indiscutível afirmar que o jornalista, por ter em mãos o quarto poder, precisa involuntariamente andar de mãos dadas com a verdade, ou chegar o mais perto dela. Deve também proceder de forma menos subjetiva possível durante a narrativa de um acontecimento, pois o que aconteceu não cabe a ele julgar e nem manipular, apenas comunicar seu testemunho publicamente. É a sua missão para que este público, por sua vez, faça juízo do que lhe foi emitido.
Por esse motivo é necessário que o profissional da comunicação esteja o mais esclarecido possível, e ande sempre na “crista da onda” do conhecimento – o que é fundamental para que possa estabelecer um diálogo preciso e verídico ao retratar os fatos.
O jornalista é, sem dúvidas, um filósofo da comunicação. Deve ser ele um professor de espantos, que ensina a sociedade a pensar e não apenas a reproduzir. Este ‘’super homem’’ precisa voar em busca dos fatos que foram banalizados pelos detentores do poder maior, com intenção de escurecer a visão da sociedade para, assim, comandar com mais facilidade.
A sociedade precisa de um ‘’super herói’’ que seja uma espécie de ‘’publicitário do bem’’, que saiba as técnicas da persuasão, e use disso para levar as pessoas a informação e ter, embutindo nos seus produtos o conhecimento como principal e único atrativo.
O jornalista é a menina dos olhos desta sociedade que cega vive em busca de liberdade. Este carcerário da prisão social tem as chaves do calabouço que certo dia um governo e as instituições construíram. Mas, infelizmente são poucos os jornalistas que conseguem transgredir as barreiras editorias, morais e, até mesmo, os obscuros muros que cercam a sua mente e o fazem se igualar aos resignados que vivem com preguiça e covardia de voar. Morre então, a voraz força do quarto poder que se bem utilizada, poderia vencer a guerra fria e silenciosa que hoje vivemos e sequer percebemos.