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Santa Maria, RS, Brazil

Cultos ecumênico e caminhada marcam o luto de Santa Maria

Culto ecumênico realizado na praça Saldanha Marinho.

O cenário de guerra que, no domingo, 27,  Santa Maria presenciou devido o incêndio na Boate Kiss, não cessou na segunda-feira. Diante de tanta tristeza , a população nunca foi tão silenciosa  como durante o evento ecumênico que aconteceu na Praça Saldanha Marinho, às 18h dessa segunda. O Pe. Francisco Bianchin (Xico) realizou uma missa em homenagem às vítimas, destacando a  solidariedade,  a fé, a esperança e os sonhos que todos esses jovens tiveram interrompidos. A seguir, representante da Igreja Evangélica, uniu todos conhecidos e desconhecidos que estavam presente na frente do palco central de mãos dadas em homenagem as vítimas.  Todos que ali estavam, prestavam solidariedade, apoio, consolo de alguma maneira ou outra todos sensibilizados pela proporção da catástrofe no coração do Rio Grande.

O luto simbólico preto foi trocado por vestimentas branca, faixas pretas amarradas em braços, adesivos colados nas roupas LUTO, nas mãos balões brancos, flores e cartazes com mensagens para serem colocadas na frente da Kiss.

Caminhada pela Paz

Um grupo de estudantes, através do facebook, organizou uma Caminhada pela PAZ, que saiu da frente da praça às 22:00h.

Reunidos nas imediações da boate Kiss, jovens e população em geral prestavam homenagem aos mortos na tragédia. Fotos: Tiéle Abreu

Cerca de 35 mil pessoas vestidas de branco se reuniram  nas imediações da praça central, sob um céu limpo e iluminado por uma lua cheia que parecia maior e mais próxima nessa noite. Na esquina da boate inúmeros balões brancos subiram em direção ao céu seguidos, de minuto a minuto, por palmas, orações e o Hino do Rio Grande do Sul, cantado até o CDM (Farrezão), objetivo final da caminhada.  O percurso durou aproximadamente 1:30h .

Diante a tristeza exposta nos semblantes ali presentes, atitudes e gestos solidários falou mais alto, a compaixão, o amor ao próximo, aquele momento que todos se colocam no lugar do outro e se questionam: se fosse comigo? Difícil de encerrar um mês de janeiro, as palavras entalam, e não traduzem tamanha dor em cada um que tinha um conhecido na cidade.

A Reitora da Unifra, Irmã Iraní Rupolo, estava em frente do CDM durante a caminhada da Paz, acompanhada da Profª Dirce Stein Backes e outros membros da instuição. Questionada a Reitora sobre a tragédia de tantos jovens universitários tanto da UFSM quanto da UNIFRA, afirmou: “São dias que nenhuma palavra expressa o que a gente sente e desejaria que não tivesse acontecido. Sempre pensamos que a tragédia está tão longe e dessa vez chegou tão perto. É isso que talvez seja inacreditável para nós.” Também afirmou que diante da demostração de solidariedade do Estado com a cidade de Santa Maria tratar-se de um “ momento em que ninguém consegue estar sozinho. Precisamos estar um com os outros.”

A reitora defende ser necessário que diante do que aconteceu , tirar lições necessárias ” de compromisso, responsabilidade e que jamais em lugar algum se repita. Além da comoção, é sofrimento e ao mesmo tempo nos constrange de termos deixado acontecer tão próximo de nós uma coisa tão escabrosa”, lamenta.

A Unifra se prepara agora para o acolhimento dos estudantes e professores que devem retornar às atividades em fevereiro próximo.

Por Tiéle Abreu, acadêmica de jornalismo/Unifra

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O cenário de guerra que, no domingo, 27,  Santa Maria presenciou devido o incêndio na Boate Kiss, não cessou na segunda-feira. Diante de tanta tristeza , a população nunca foi tão silenciosa  como durante o evento ecumênico que aconteceu na Praça Saldanha Marinho, às 18h dessa segunda. O Pe. Francisco Bianchin (Xico) realizou uma missa em homenagem às vítimas, destacando a  solidariedade,  a fé, a esperança e os sonhos que todos esses jovens tiveram interrompidos. A seguir, representante da Igreja Evangélica, uniu todos conhecidos e desconhecidos que estavam presente na frente do palco central de mãos dadas em homenagem as vítimas.  Todos que ali estavam, prestavam solidariedade, apoio, consolo de alguma maneira ou outra todos sensibilizados pela proporção da catástrofe no coração do Rio Grande.

O luto simbólico preto foi trocado por vestimentas branca, faixas pretas amarradas em braços, adesivos colados nas roupas LUTO, nas mãos balões brancos, flores e cartazes com mensagens para serem colocadas na frente da Kiss.

Caminhada pela Paz

Um grupo de estudantes, através do facebook, organizou uma Caminhada pela PAZ, que saiu da frente da praça às 22:00h.

Reunidos nas imediações da boate Kiss, jovens e população em geral prestavam homenagem aos mortos na tragédia. Fotos: Tiéle Abreu

Cerca de 35 mil pessoas vestidas de branco se reuniram  nas imediações da praça central, sob um céu limpo e iluminado por uma lua cheia que parecia maior e mais próxima nessa noite. Na esquina da boate inúmeros balões brancos subiram em direção ao céu seguidos, de minuto a minuto, por palmas, orações e o Hino do Rio Grande do Sul, cantado até o CDM (Farrezão), objetivo final da caminhada.  O percurso durou aproximadamente 1:30h .

Diante a tristeza exposta nos semblantes ali presentes, atitudes e gestos solidários falou mais alto, a compaixão, o amor ao próximo, aquele momento que todos se colocam no lugar do outro e se questionam: se fosse comigo? Difícil de encerrar um mês de janeiro, as palavras entalam, e não traduzem tamanha dor em cada um que tinha um conhecido na cidade.

A Reitora da Unifra, Irmã Iraní Rupolo, estava em frente do CDM durante a caminhada da Paz, acompanhada da Profª Dirce Stein Backes e outros membros da instuição. Questionada a Reitora sobre a tragédia de tantos jovens universitários tanto da UFSM quanto da UNIFRA, afirmou: “São dias que nenhuma palavra expressa o que a gente sente e desejaria que não tivesse acontecido. Sempre pensamos que a tragédia está tão longe e dessa vez chegou tão perto. É isso que talvez seja inacreditável para nós.” Também afirmou que diante da demostração de solidariedade do Estado com a cidade de Santa Maria tratar-se de um “ momento em que ninguém consegue estar sozinho. Precisamos estar um com os outros.”

A reitora defende ser necessário que diante do que aconteceu , tirar lições necessárias ” de compromisso, responsabilidade e que jamais em lugar algum se repita. Além da comoção, é sofrimento e ao mesmo tempo nos constrange de termos deixado acontecer tão próximo de nós uma coisa tão escabrosa”, lamenta.

A Unifra se prepara agora para o acolhimento dos estudantes e professores que devem retornar às atividades em fevereiro próximo.

Por Tiéle Abreu, acadêmica de jornalismo/Unifra