O Centro Universitário Franciscano recebeu na última quinta-feira, 7 de novembro, a equipe de canoagem considerada a melhor do Estado. O grupo de nove adolescentes, de 11 à 17 anos, da Associação Santa-mariense de Esportes Náuticos (Asena), vieram à Instituição acompanhados por Gilvan Ribeiro, um dos fundadores da associação, para receber acompanhamento nutricional dos acadêmicos do 5º semestre do curso de Nutrição, orientado pela professora Tereza Cristina Blasi. Os futuros nutricionistas realizaram avaliação antropométrica e recordatório de 24 horas, para que, após orientados, os jovens profissionais da canoagem possam obter maior rendimento no esporte.
A ação aconteceu devido à sugestão da professora de Design e adepta dos esportes, Salete Mafalda. “Eu acho importante essa integração. Houve a solicitação de um outro professor, de outro curso, sem semelhança com a nutrição e nós acatamos. É um trabalho em que a Instituição está se colocando a disposição da comunidade”, declarou a professora Tereza Cristina.
A atividade foi exercida dentro da programação da disciplina Nutrição no Ciclo da Vida II e permitiu aos alunos, ter maior contato com a realidade da profissão. “A experiência é desafiadora. Não é um adolescente com atividade de vida normal, é um adolescente atleta. Temos uma porção de coisas para pensar para que a atividade física deles não interfira no crescimento”, disse Cláudia Winter, estudante de Nutrição. “Aqui o trabalho é de fato. Existe uma responsabilidade sobre o resultado disso. É como se o nosso acadêmico estivesse trabalhando fora”, completou a professora do curso.
Os adolescentes treinam cerca de 4 horas por dia, de segunda à sábado. Gilvan afirmou que essa é a primeira vez que a equipe recebeu um apoio nutricional e que pretende dar continuidade à orientação. O grupo se prepara para o Campeonato Brasileiro de Canoagem que acontece no final do mês de novembro, em São Paulo. Ano passado, integrantes da Asena obtiveram o 1º lugar no campeonato brasileiro.
A preocupação em relação aos jovens esportistas é que o exercício físico não os prejudique em seu crescimento. “As crianças precisam de orientação nutricional mais específica porque estão em fase de desenvolvimento. Se eles não têm uma cota nutricional elevada, eles vão quebrar o próprio músculo para gerar a energia de que precisam, ou seja, ocorre uma inversão, pois os músculos que deveriam gerar força, resistência e crescimento, serão utilizados como fonte de energia”, esclareceu a professora Tereza Cristina.
Após a avaliação nutricional, os adolescentes foram encaminhados ao Laboratório de Técnica e Dietética, onde receberam um lanche e mais informações sobre uma alimentação saudável. Um cardápio específico para cada jovem será entregue após resultados das avaliações.