Nascido nos EUA em meados do século XX, esse tal de rock and roll foi considerado por alguns apenas mais uma febre da juventude, algo tão efêmero quanto a moda das calças boca de sino. Mas o tempo provou que a junção guitarra, baixo e bateria era mais do que uma moda dançante e um ritmo divertido. O rock se tornou sinônimo de comportamento e, para muitos, um estilo de vida.
Após um famoso concerto beneficiente chamado Live Aid e realizado simultaneamente na Inglaterra e nos Estados Unidos, o rock and roll ganhou um dia para chamar de seu. A data em questão é o 13 de julho de 1985, dia em que ocorreu o Live Aid.
Hoje há quem considere a criação de um dia especial para o rock and roll algo irrelevante, como é o caso do músico Daniel Strauberg, que atua como baixista na banda Plan 9. “Eu penso que um dia destinado ao rock é algo tão inútil quanto o dia do notebook ou algo assim. O rock é algo que está presente em nossas vidas toda hora”, ironiza Strauberg, 28 anos.
Por outro lado, o guitarrista Marcelo Demichelli, que já lançou um CD com música instrumental, pensa diferente. “Acho uma data memorável e que deve sim ser celebrada, pois o rock foi com certeza uma grande manifestação cultural do século passado e tem tudo para fazer história no atual também”, declara Demichelli.
De qualquer forma, o rock como um gênero já não é um estilo homogêneo. Desde que roqueiros dinossáuricos como Chuck Berry e Little Richard vieram com os primeiros riffs de guitarra na década de 50, o mundo viu nas décadas posteriores bandas reinventarem o rock de inúmeras maneiras. Não é à toa que hoje há vários estilos diferentes entre si como punk rock, rock progressivo, thrash metal, entre outros.
Apesar de que subgêneros dentro do rock se proliferam mais do que palavrões em um entrevista do Ozzy, o fato é que, pelo menos para os roqueiros que acham interessante um dia mundial do rock, o 13 de julho é dia de celebração, independente de ser punk, hard ou progressivo. Tudo é rock!