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Santa Maria, RS, Brazil

Nem tudo é chocolate quando o assunto é Páscoa

Alunos da professora Patrícia alegres em atividade antes da Páscoa. Arquivo pessoal Profa Patrícia Flores.

Além da indústria de chocolates, Igrejas, escolas e municípios trabalham para celebrar a data e preservar a tradição. Nas escolas, os profissionais da educação fazem questão de transmitir para os pequenos o significado da data e, nesse contexto, as ações variam.

Para os católicos a Páscoa é o momento de lembrar a paixão, morte e ressurreição de Jesus Cristo e é exatamente desta maneira que algumas escolas de Santa Maria costumam tratar do assunto. Embora o ponto seja discutido em sala de aula, isso não se dá ostensivamente,  respeitando as particularidades religiosas.

“Muitas famílias são de outras religiões e não aceitam muito a ideia de se trabalhar a história da Páscoa, do ponto de vista cristão”, comenta a professora Patrícia Wienandts Flores, 51.

Alguns professores, assim como ela, dizem que o foco é dar ênfase ao “coelhinho” como forma de brincar, cantar e comemorar a vida. Na época que antecede a data, a educadora aproveita também para abordar outros assuntos ligados ao evento, como por exemplo, como os animais têm seus filhotes, “quem bota ovo” e até mesmo origem do chocolate. Tudo sem perder a ludicidade e respeitando a tradição pascal.

Trabalhos feitos pelos alunos em aula. Arquivo professora Patrícia Flores.

Letícia Passos, 32, professora de séries iniciais, iniciou as atividades focadas nas comemorações logo após o Carnaval. Segundo ela, que faz parte do quadro de professores da Escola Coronel Pilar há 4 anos, os alunos contam os dias para que comecem essas atividades e ela propõe a reflexão sobre o significado da data.

“Acho interessante propor a eles um pensamento mais religioso ao invés de influenciá-los apenas ao consumo, algumas crianças tem carência desses conhecimentos dentro do ambiente familiar, trato disso independente dos seus credos”, elucidou  Letícia.

Os alunos do último ano Escola Providência participaram de celebrações de Páscoa na Igreja São José, um teatro realizado pelo grupo de jovens da paróquia mostrou aos pequenos os últimos momentos vividos por Jesus Cristo.

“Foi uma experiência fantástica, eles ficaram impressionados e alguns chegaram até mesmo abrir mão dos chocolates”, comentou Karoline Cunha, 37, professora da Instituição.

Contudo, as atividades são divergentes. O Site Brasil Escola apresenta algumas curiosidades sobre a história do coelho da páscoa. Na Alemanha, as crianças esperam ovos dos coelhos. As crianças tchecas confiam que os presentes são ofertados por uma cotovia (ave campestre). Já na Suíça, são os cucos que levam os ovos de presente.

As escolas cristãs dão ênfase aos símbolos da vida, outras procuram não se aprofundar muito nisso. O que todas têm em comum é proporcionar atividades que exijam atenção e criatividade por parte dos alunos.

Conforme a professora Patrícia, as crianças gostam muito de compartilhar esses momentos. “Elas adoram descobrir coisas novas, brincar, cantar, mas também é interessante que elas questionem principalmente aqueles que se posicionam ‘contra’ o coelho, que se acham ‘grandes’ para acreditar no coelhinho da Páscoa. Mas quando ganham um agrado da professora se lembram que são crianças e que essa época é mágica e gostosa”, completa.

por Gabriela Iensen

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Alunos da professora Patrícia alegres em atividade antes da Páscoa. Arquivo pessoal Profa Patrícia Flores.

Além da indústria de chocolates, Igrejas, escolas e municípios trabalham para celebrar a data e preservar a tradição. Nas escolas, os profissionais da educação fazem questão de transmitir para os pequenos o significado da data e, nesse contexto, as ações variam.

Para os católicos a Páscoa é o momento de lembrar a paixão, morte e ressurreição de Jesus Cristo e é exatamente desta maneira que algumas escolas de Santa Maria costumam tratar do assunto. Embora o ponto seja discutido em sala de aula, isso não se dá ostensivamente,  respeitando as particularidades religiosas.

“Muitas famílias são de outras religiões e não aceitam muito a ideia de se trabalhar a história da Páscoa, do ponto de vista cristão”, comenta a professora Patrícia Wienandts Flores, 51.

Alguns professores, assim como ela, dizem que o foco é dar ênfase ao “coelhinho” como forma de brincar, cantar e comemorar a vida. Na época que antecede a data, a educadora aproveita também para abordar outros assuntos ligados ao evento, como por exemplo, como os animais têm seus filhotes, “quem bota ovo” e até mesmo origem do chocolate. Tudo sem perder a ludicidade e respeitando a tradição pascal.

Trabalhos feitos pelos alunos em aula. Arquivo professora Patrícia Flores.

Letícia Passos, 32, professora de séries iniciais, iniciou as atividades focadas nas comemorações logo após o Carnaval. Segundo ela, que faz parte do quadro de professores da Escola Coronel Pilar há 4 anos, os alunos contam os dias para que comecem essas atividades e ela propõe a reflexão sobre o significado da data.

“Acho interessante propor a eles um pensamento mais religioso ao invés de influenciá-los apenas ao consumo, algumas crianças tem carência desses conhecimentos dentro do ambiente familiar, trato disso independente dos seus credos”, elucidou  Letícia.

Os alunos do último ano Escola Providência participaram de celebrações de Páscoa na Igreja São José, um teatro realizado pelo grupo de jovens da paróquia mostrou aos pequenos os últimos momentos vividos por Jesus Cristo.

“Foi uma experiência fantástica, eles ficaram impressionados e alguns chegaram até mesmo abrir mão dos chocolates”, comentou Karoline Cunha, 37, professora da Instituição.

Contudo, as atividades são divergentes. O Site Brasil Escola apresenta algumas curiosidades sobre a história do coelho da páscoa. Na Alemanha, as crianças esperam ovos dos coelhos. As crianças tchecas confiam que os presentes são ofertados por uma cotovia (ave campestre). Já na Suíça, são os cucos que levam os ovos de presente.

As escolas cristãs dão ênfase aos símbolos da vida, outras procuram não se aprofundar muito nisso. O que todas têm em comum é proporcionar atividades que exijam atenção e criatividade por parte dos alunos.

Conforme a professora Patrícia, as crianças gostam muito de compartilhar esses momentos. “Elas adoram descobrir coisas novas, brincar, cantar, mas também é interessante que elas questionem principalmente aqueles que se posicionam ‘contra’ o coelho, que se acham ‘grandes’ para acreditar no coelhinho da Páscoa. Mas quando ganham um agrado da professora se lembram que são crianças e que essa época é mágica e gostosa”, completa.

por Gabriela Iensen