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O preparo das escolas de Santa Maria para atender alunos com necessidades especiais

A inclusão social de alunos com necessidades especiais nas escolas, sejam públicas, quanto particulares é uma questão de extrema relevância. Será que as escolas de Santa Maria estão preparadas para receber esses alunos? Há uma infra-estrutura para deficientes físicos? Os professores estão preparados? Há um projeto específico para alunos com necessidades especiais?

A Agência Central Sul de Notícias foi investigar essas questões em duas escolas da cidade: O Colégio Estadual Coronel Pilar e o Colégio Franciscano Sant’ Anna. Atualmente, o Pilar conta com mais de 50 alunos incluídos, conforme uma das responsáveis, a educadora especial, Bernadete Santini Viero, de 47 anos, que há 7 trabalha na escola: “Nós temos 52 alunos incluídos e esses alunos são divididos entre os educadores especiais para que sejam trabalhados, conforme o nível de desenvolvimento de cada um”, relata.

Segundo Bernadete, estes alunos estão incluídos em todos os níveis de ensino. “Temos alunos do primeiro ano do Ensino Fundamental, até o terceiro do Ensino Médio, incluindo o EJA”.

coronel pilar
A professora Bernadete, à esquerda, em atividade recreativa com um aluno com síndrome de down. Foto: Divulgação.

O Colégio Coronel Pilar se tornou uma referência em educação inclusiva, em 1993, quando a instituição recebeu o primeiro aluno cego em uma classe de ensino regular. Segundo informações do site da escola, aceitou o desafio pedagógico de ter salas de aula mais plurais até hoje.

A escola inclusive foi tema de um curta-metragem, chamado “Outro Olhar”, que mostra a história da estudante Renata Basso, que tem síndrome de Down e concluiu o Ensino Médio na instituição recentemente.

Já o Colégio Franciscano Sant’ Anna conta com 17 alunos inclusos, desde a pré-escola até o terceiro ano do Ensino Médio. As necessidades são bem variadas, conforme a coordenadora Helena Oliveira, de 52 anos: “Possuímos alunos com vários tipos de deficiências: altistas, cadeirantes e até anões”.

A escola oferece aulas de instrumentos musicais como violão, teclado, piano e flauta, que segundo a coordenadora é um diferencial: “ A música é importantíssima no desenvolvimento de qualquer criança, seja especial ou não, e o fato de ter aulas de música dentro da própria escola é um incentivador a mais para os alunos, sem contar que o preço é mais acessível do que aulas de música fora da escola”.

aluno

O aluno ao lado é Eduardo, de 7 anos, que está no segundo ano do Ensino Fundamental. Eduardo apresenta autismo, e está há dois anos no Colégio Sant’ Anna, tanto na escola, quanto nas aulas de música. Seu Pai, Paulo César Freitas, de 48 anos afirma que a escola tem uma boa estrutura para o seu filho, e que as aulas de música são chave no seu desenvolvimento:

“No caso do autismo, o Colégio Sant’Anna está muito bem preparado. Apesar de não haver nenhum educador especial, os professores têm bastante conhecimento da doença e das limitações que ela causa, que é no raciocínio,concentração e certa dificuldade social. Os professores têm paciência e conscientizam também os outros alunos a respeito de suas dificuldades”, comenta Paulo César.

As aulas de música são produtivas para os autistas, pois funcionam como um estímulo aos sentidos, à concentração e à coordenação do Eduardo. “É um trabalho a longo prazo, mas sem dúvida em dois anos a evolução dele foi muito grande”, finaliza o pai, orgulhoso.

 

Abaixo, um link com o vídeo de Eduardo, em ação nas aulas de música:

 

 

 

 

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A inclusão social de alunos com necessidades especiais nas escolas, sejam públicas, quanto particulares é uma questão de extrema relevância. Será que as escolas de Santa Maria estão preparadas para receber esses alunos? Há uma infra-estrutura para deficientes físicos? Os professores estão preparados? Há um projeto específico para alunos com necessidades especiais?

A Agência Central Sul de Notícias foi investigar essas questões em duas escolas da cidade: O Colégio Estadual Coronel Pilar e o Colégio Franciscano Sant’ Anna. Atualmente, o Pilar conta com mais de 50 alunos incluídos, conforme uma das responsáveis, a educadora especial, Bernadete Santini Viero, de 47 anos, que há 7 trabalha na escola: “Nós temos 52 alunos incluídos e esses alunos são divididos entre os educadores especiais para que sejam trabalhados, conforme o nível de desenvolvimento de cada um”, relata.

Segundo Bernadete, estes alunos estão incluídos em todos os níveis de ensino. “Temos alunos do primeiro ano do Ensino Fundamental, até o terceiro do Ensino Médio, incluindo o EJA”.

coronel pilar
A professora Bernadete, à esquerda, em atividade recreativa com um aluno com síndrome de down. Foto: Divulgação.

O Colégio Coronel Pilar se tornou uma referência em educação inclusiva, em 1993, quando a instituição recebeu o primeiro aluno cego em uma classe de ensino regular. Segundo informações do site da escola, aceitou o desafio pedagógico de ter salas de aula mais plurais até hoje.

A escola inclusive foi tema de um curta-metragem, chamado “Outro Olhar”, que mostra a história da estudante Renata Basso, que tem síndrome de Down e concluiu o Ensino Médio na instituição recentemente.

Já o Colégio Franciscano Sant’ Anna conta com 17 alunos inclusos, desde a pré-escola até o terceiro ano do Ensino Médio. As necessidades são bem variadas, conforme a coordenadora Helena Oliveira, de 52 anos: “Possuímos alunos com vários tipos de deficiências: altistas, cadeirantes e até anões”.

A escola oferece aulas de instrumentos musicais como violão, teclado, piano e flauta, que segundo a coordenadora é um diferencial: “ A música é importantíssima no desenvolvimento de qualquer criança, seja especial ou não, e o fato de ter aulas de música dentro da própria escola é um incentivador a mais para os alunos, sem contar que o preço é mais acessível do que aulas de música fora da escola”.

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O aluno ao lado é Eduardo, de 7 anos, que está no segundo ano do Ensino Fundamental. Eduardo apresenta autismo, e está há dois anos no Colégio Sant’ Anna, tanto na escola, quanto nas aulas de música. Seu Pai, Paulo César Freitas, de 48 anos afirma que a escola tem uma boa estrutura para o seu filho, e que as aulas de música são chave no seu desenvolvimento:

“No caso do autismo, o Colégio Sant’Anna está muito bem preparado. Apesar de não haver nenhum educador especial, os professores têm bastante conhecimento da doença e das limitações que ela causa, que é no raciocínio,concentração e certa dificuldade social. Os professores têm paciência e conscientizam também os outros alunos a respeito de suas dificuldades”, comenta Paulo César.

As aulas de música são produtivas para os autistas, pois funcionam como um estímulo aos sentidos, à concentração e à coordenação do Eduardo. “É um trabalho a longo prazo, mas sem dúvida em dois anos a evolução dele foi muito grande”, finaliza o pai, orgulhoso.

 

Abaixo, um link com o vídeo de Eduardo, em ação nas aulas de música: