A Feira do Livro de Santa Maria chega ao seu segundo final de semana. A Agência Central Sul entrevistou cerca de 40 pessoas, entre expositores e frequentadores, para conhecer preferências de aquisição de livros durante a feira.
Entre os tipos de obras mais vendidas, estão as de auto-ajuda, ficção, romance, livros didáticos, infantis e de literatura em geral. Entre a população jovem, ficou evidente a preferência por romances, ficção e, em menor escala, por livros voltados à educação. Já os leitores mais experientes adquirem mais livros de história, auto-ajuda e obras espíritas.
Estes últimos, apesar de bastante vendidos, não apresentaram vendas satisfatórias, segundo a expositora Ângela Arrua. A esperança deles, entretanto, se deposita na chegada de maio: “Não dá pra reclamar não. As pessoas estão vindo procurar livros”, completou.
Procura por livros varia conforme o tipo de público
“Livros de literatura em geral são mais preferidos por estudantes”, segundo Milton Castilho, responsável por uma da bancas presentes nesta edição Feira do Livros. Castilho comenta que os escritores mais procurados são Agatha Christie, Martha Medeiros e Eduardo Galeano, jornalista uruguaio falecido em 13 de abril deste ano.
A expositora Shani Carvalho Ceretta conta que no estande em que ela atua o perfil é diferenciado. Os frequentadores são mestres e doutores em busca de livros técnicos, científicos e didáticos.
Tais preferências contrastam com os livros mais vendidos até o momento. Segundo levantamento da Câmara do Livro, livros de pintura para adultos figuram no topo dos mais vendidos sob a proposta anti-estresse. Até o fechamento das vendas do dia 30 de abril, foram vendidos mais de 24 mil exemplares.
Alexandre Barbosa, responsável pelo estande voltado à venda e à exposição de obras sociológicas, filosóficas e antropológicas, acredita que as vendas de livros está satisfatória. No entanto, Barbosa acredita que os índices podem melhorar. “A princípio, está dentro da expectativa (de vendas), mas a gente espera que tenha um aquecimento maior no final de semana. A princípio, vem se mantendo”, analisa do expositor.
Já para Ricardo Stefani, livreiro de uma banca de gêneros variados, as vendas não têm sido tão generosas, mas não desanima. “Estão mais fracas do que no ano passado. Mas a gente acredita que vai reagir nos próximos dias”, comenta.
A Feira do Livro segue até o dia 10 de maio na Praça Saldanha Marinho.