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Páscoa, libertação e renascimento

Professor
Professor de História enfatiza o significado cultural da celebração. Foto: Ticiana Leal.

Em termos religiosos e culturais, ‘páscoa’ significa ‘passagem’ e existem dois sentidos para a celebração. Para os hebreus, que eram escravos no Egito Antigo, significa libertação. Já para os cristãos, renascimento. Segundo o professor de História do Centro Universitário Franciscano, Odilon Machado, Moisés recebeu uma visão de Deus, na qual lhe disse que livraria o povo hebreu das mãos de Faraó. “Por motivos climáticos, nuvens de gafanhotos destruiram a agricultura. Além disso, a morte do filho do Faraó foi um sinal de que Deus os libertava”, explica.

Já a acadêmica de jornalismo Luisa Neves, explica que a primeira páscoa foi quando Deus pôs à prova o coração de Faraó que não queria liberar os hebreus. “O Senhor avisou que o anjo da morte iria ferir todos os primogênitos do Egito, inclusive dos animais. Porém, na casa dos hebreus, não aconteceu nada. Com isso, Faraó entendeu que deveria obedecer e liberou os hebreus. Esta ocasião passou a ser lembrada todos os anos em uma festa judaica chamada Páscoa”, relata. A acadêmica comenta que, durante a Páscoa, um dos condenados à morte poderia ser liberto. “Foi nesta data que Pilatos lavou as mãos e Jesus foi julgado. Os judeus escolheram libertar o assassino Barrabás e crucificar o filho de Deus. Como ele ressuscitou justamente no domingo que se comemorava a páscoa, o cristianismo passou a relacionar a data com a ressurreição de Cristo”, enfatiza.

O professor comenta que, segundo o cristianismo, Jesus disse que seria açoitado e morto antes de passar para a vida eterna e que a Páscoa tem dois significados: históricos e religiosos, tanto para os Hebreus que comemoram essa passagem a mais de 5 mil anos, quanto para os cristãos que comemoram a 2015 anos. “Pela História, Jesus foi castigado por afirmar que era filho de Deus e rei. Porém, naquela época o imperador Cezar Augusto era absoluto no poder e somente ele poderia ser chamando de rei. Judeus e cristãos comemoram a páscoa, cada um no seu sentido principal. Para os judeus a festa remete à libertação. Já para o cristianismo ela é o renascimento de Cristo’, ensina.

Símbolos e tradições da Páscoa

Velas, coelhos, chocolates, chá de macela, pipas no céu e outros elementos colorem o feriado de Páscoa. Mas, o que esses símbolos significam? Vida, ressurreição, cura, um ano doce, amizade, família, entre outros temas, são lembrados na data por meio de suas diversas simbologias.

O professor explica que muitas tradições foram criadas. “Os judeus, por exemplo, comemoram com o ” Pão Ázimo“, feito sem fermento” relata. O professor conta ainda que, este alimento era dado para os hebreus, na época da escravidão, com vinho, uma bebida típica do Oriente. No Brasil, esta é uma excelente época para consumir chocolates, o presente preferido da maioria das pessoas. Além disso, os cristãos trocam presentes, comemoram a vida, a família, a humildade. No entanto, chocolates e presentes, muitas vezes, se resumem na questão comercial.

A questão cultural

“A verdade é que a páscoa é comemorada no mundo inteiro, mas difere no modo cultural. Alguns fazem de um jeito e outros fazem de outro, mas a questão religiosa é única,” relata o professor Machado.  Ele conclui que a tradição vem das famílias e das escolas, as quais costumam desenhar coelhos e ovos, além de confeccionar caixas ‘ninhos’.

“Para mim, páscoa é relembrar a libertação do povo de Israel, que vivia como escravo no Egito. Essa passagem bíblica me faz pensar em minha própria libertação por meio do sacrifício de Jesus na cruz,” declara a acadêmica de jornalismo do Centro Universitário Franciscano, Victória Papalia. Já para a dona de casa, Maria Noal, a quinta -feira também é santa. Ela conta que a família rezava Il Pianto di Maria – oração italiana repetida durante os quarenta dias da quaresma. “A cada dia, acrescentava-se um , Pai Nosso”, recorda.

Seja para comemorar, passear ou estar em família, a Páscoa é importante. Não importa a intenção ou a origem, aproveite o feriado da melhor forma possível, de preferência celebrando a vida.

Por: Bruna Bento Milani e Patrícia Ribeiro

 

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Professor de História enfatiza o significado cultural da celebração. Foto: Ticiana Leal.

Em termos religiosos e culturais, ‘páscoa’ significa ‘passagem’ e existem dois sentidos para a celebração. Para os hebreus, que eram escravos no Egito Antigo, significa libertação. Já para os cristãos, renascimento. Segundo o professor de História do Centro Universitário Franciscano, Odilon Machado, Moisés recebeu uma visão de Deus, na qual lhe disse que livraria o povo hebreu das mãos de Faraó. “Por motivos climáticos, nuvens de gafanhotos destruiram a agricultura. Além disso, a morte do filho do Faraó foi um sinal de que Deus os libertava”, explica.

Já a acadêmica de jornalismo Luisa Neves, explica que a primeira páscoa foi quando Deus pôs à prova o coração de Faraó que não queria liberar os hebreus. “O Senhor avisou que o anjo da morte iria ferir todos os primogênitos do Egito, inclusive dos animais. Porém, na casa dos hebreus, não aconteceu nada. Com isso, Faraó entendeu que deveria obedecer e liberou os hebreus. Esta ocasião passou a ser lembrada todos os anos em uma festa judaica chamada Páscoa”, relata. A acadêmica comenta que, durante a Páscoa, um dos condenados à morte poderia ser liberto. “Foi nesta data que Pilatos lavou as mãos e Jesus foi julgado. Os judeus escolheram libertar o assassino Barrabás e crucificar o filho de Deus. Como ele ressuscitou justamente no domingo que se comemorava a páscoa, o cristianismo passou a relacionar a data com a ressurreição de Cristo”, enfatiza.

O professor comenta que, segundo o cristianismo, Jesus disse que seria açoitado e morto antes de passar para a vida eterna e que a Páscoa tem dois significados: históricos e religiosos, tanto para os Hebreus que comemoram essa passagem a mais de 5 mil anos, quanto para os cristãos que comemoram a 2015 anos. “Pela História, Jesus foi castigado por afirmar que era filho de Deus e rei. Porém, naquela época o imperador Cezar Augusto era absoluto no poder e somente ele poderia ser chamando de rei. Judeus e cristãos comemoram a páscoa, cada um no seu sentido principal. Para os judeus a festa remete à libertação. Já para o cristianismo ela é o renascimento de Cristo’, ensina.

Símbolos e tradições da Páscoa

Velas, coelhos, chocolates, chá de macela, pipas no céu e outros elementos colorem o feriado de Páscoa. Mas, o que esses símbolos significam? Vida, ressurreição, cura, um ano doce, amizade, família, entre outros temas, são lembrados na data por meio de suas diversas simbologias.

O professor explica que muitas tradições foram criadas. “Os judeus, por exemplo, comemoram com o ” Pão Ázimo“, feito sem fermento” relata. O professor conta ainda que, este alimento era dado para os hebreus, na época da escravidão, com vinho, uma bebida típica do Oriente. No Brasil, esta é uma excelente época para consumir chocolates, o presente preferido da maioria das pessoas. Além disso, os cristãos trocam presentes, comemoram a vida, a família, a humildade. No entanto, chocolates e presentes, muitas vezes, se resumem na questão comercial.

A questão cultural

“A verdade é que a páscoa é comemorada no mundo inteiro, mas difere no modo cultural. Alguns fazem de um jeito e outros fazem de outro, mas a questão religiosa é única,” relata o professor Machado.  Ele conclui que a tradição vem das famílias e das escolas, as quais costumam desenhar coelhos e ovos, além de confeccionar caixas ‘ninhos’.

“Para mim, páscoa é relembrar a libertação do povo de Israel, que vivia como escravo no Egito. Essa passagem bíblica me faz pensar em minha própria libertação por meio do sacrifício de Jesus na cruz,” declara a acadêmica de jornalismo do Centro Universitário Franciscano, Victória Papalia. Já para a dona de casa, Maria Noal, a quinta -feira também é santa. Ela conta que a família rezava Il Pianto di Maria – oração italiana repetida durante os quarenta dias da quaresma. “A cada dia, acrescentava-se um , Pai Nosso”, recorda.

Seja para comemorar, passear ou estar em família, a Páscoa é importante. Não importa a intenção ou a origem, aproveite o feriado da melhor forma possível, de preferência celebrando a vida.

Por: Bruna Bento Milani e Patrícia Ribeiro