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Bruna Milani

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Professor e Médico da Samu Ricardo Lorentz. Foto: Bruna Milani

A palestra, Suporte Avançado de Vida, ministrada nesta quarta-feira, 08, pelo Professor e Médico da Samu Ricardo Kegler Lorentz. mostrou aos profissionais da  da área de saúde temas relevantes sobre o setor da emergência, urgência e trauma.

O professor falou sobre a história da Ressuscitação Cardiopulmonar no Brasil e a parada cardiorrespiratória, que incluem a bradicardia e a taquicardia.  Ele explicou que a bradicardia ocorre quando os batimentos do coração estão inferiores a 50 por minuto. A  bradicardia sintomática são desconfortos na caixa torácica, falta de ar, redução no nível de consciência, fadiga e outros sintomas. Lorentz  falou sobre o  t bloqueio atrioventricular que influência na bradicardia, dividida em três graus.

1º Grau: apresenta um aumento no tempo entre a bipolarização atrial e a polarização ventricular, maior que 21 segundos e o bloqueio  torna-se constante em todos os segmentos do eletrocardiograma.

2º Grau: intervalo regular com ondas bloqueadas que não geram estimulo, tem uma pausa mais difícil e não responde facilmente a medicação ( tropina),  muitas vezes necessita de um marcapasso.

3º Grau:

  • Tem uma total dissincronia entre o átrio e o ventrículo
  • apresenta um frequência menor de 50 batimentos por minuto

Outro assunto abordado pelo professor foi a taquicardia instável e estável, sendo a última pertencente a pessoas que usam drogas, que utilizaram cafeína, energético ou atletas que acabaram de terminar um exercício físico, mas ela não persiste. Para ele a taquicardia que interessa é a instável.

. Taquicardia sinusal: apresenta um aumento na frequência cardíaca onde todas as linhas do eletrocardiograma são preservadas. Pode ser causada por exercícios físicos e normalmente não demonstra sinais de instabilidade.

. Fibrilação atrial: apresenta uma frequência ventricular variável, com ritmo regular, chamada regularmente de irregular.

Para Kegler as taquicardias supraventriculares incluem um grande número de taquicardias, sendo considerada severa . Já as taquicardias ventriculares  virão posteriormente ao ataque cardiorrespiratório. “O coração não aguenta muito esses ritmos”, afirma Ricardo. Segundo o doutor os sintomas da taquicardia são semelhantes ao da bradicardia que são: hipotensão, adulteração do estado mental, sinal de choque, desconforto torácico isquêmico e insuficiência cardíaca.

 Da direita para a esquerda: Hélio Hey, da UFSM; Aislan Menk, sócio da Stars Aceleradora; Lissandro Dallanora, da ITEC/UFN; Marco Jacobsen, assessor de Desenvolvimento Econômico e Inovação da Prefeitura de Santa Maria e Tiago Sanchotone, responsável pelo SM Tecnoparque. Foto: Mariana Olhaberriet/LABFEM

Iniciou na tarde de segunda – feira, 05, na Universidade Franciscana, o mês do empreendedorismo promovido pelo Ambiente da Inovação da instituição. O objetivo é proporcionar a integração e a aproximação entre os gestores e representantes de empresa, com os universitários que pretendem seguir no ramo empresarial.

O painel Ecossistema de Inovação de Santa Maria e seus habitats reuniu professores e empresários. O primeiro a falar foi o professor Hélio Hey, da Universidade Federal de Santa Maria, que ressaltou a importância de estar representando a universidade e questionou o fato das pesquisas terem sido feitas para a geração de papers, e muito pouco delas terem revertido em bens e produtos. Segundo ele,  a aplicabilidade das pesquisas foi um dos objetivos que levaram à criação da Agittec na UFSM e da incubadora Pulsar, totalizando 30 empreendimentos desenvolvidos. “Eu nunca percebi na cidade um movimento para o fortalecimento e para a efetivação desse ecossistema como nós estamos tendo nesses últimos anos”, concluiu Hélio.

Já o responsável pelo Sm Teconoparque, Tiago Sanchotone, comentou com o público presente a sua trajetória desde a cidade de Alegrete com a UniPampa até a vinda para Santa Maria. ” O primeiro ponto é que a cidade é boa, o custo é baixo, a cidade tem colégio para as crianças e ainda existe segurança comparando com Porto Alegre, Florianópolis e São Paulo. O segundo ponto é o Parctecnológico que daqui a cinco anos vai ser diferente. Eu quero que Santa Maria tenha um ambiente para a geração que estamos construindo”, disse Tiago, afirmando ainda que atualmente estão vinculadas à empresa outros 24 negócios, o que irá aumentar com mais sete empreendimentos e duas instituições de ensino.

O assessor de Desenvolvimento Econômico e Inovação da Prefeitura de Santa Maria, Marco Jacobsen, mencionou a sua experiência com a política nos últimos dois anos. ” Eu atuo numa ponto ao ver da nossa secretária e ao ver deste governo, ela é bem John Locke com três princípios básicos que é garantir as regras do jogo com clareza, tentar fazer as leis de maneira prática, simples e claras, tentar garantir o ambiente jurídico para os empreendedores e a propriedade” comentou Marco.  “A gente já sente pequenas melhores e nota avanços, ainda não se está em pleno funcionamento como gostaríamos, mas já tem uma mudança gigante para os servidores através da lei de inovação. Isso são coisas pequenas, porque o governo a priori não deve ser ele o empreendedor e o que a gente entende temos tornado menos complexo esse ecossistema, mais seguro, menos burocrático para que os agentes externos, privados e entre eles as universidades e ao meu ver junto ao capital são os agentes que modificam o ambiente. A prefeitura tem se posicionado nesse sentido de construção e vem reforçando aqueles ambientes que já existem também” declarou o Assessor.

Por último, o dono da Stars Aceleradora, Aislan Menk, também contou sobre a trajetória de vida, desde o Estado de São Paulo à vinda para a Santa Maria e criticou a burocracia estatal que movimenta as empresas e o quanto ela pode atrapalhar ou beneficiar uma empresa, dependendo de como o negócio se posicionar. ” Santa Maria é uma cidade boa para empreender ou ruim? Depende. Qual a parte ruim? Santa Maria é uma cidade que os empresários são acomodados, o pessoal não gosta de inovar,conforme o que escuto. Dentro desse ambiente comecei a ver outras coisas” disse Aislan.  O empresário diz ter começado a enxergar as vantagens da cidade, que passou a chamar de “oceano azul” a ser explorado. “Nós formamos a Stars Aceleradora com o objetivo de captar dinheiro de investidores, pegar esse dinheiro, escolher startups e investir nelas. O investidor quer ganhar dinheiro, não é filantropia”, concluiu Menk.

O mês do empreendedorismo segue com mais três eventos na Universidade Franciscana. Confira:

20/11 – Painel: “Agrotechs, Fintechs, Edutechs: O que são? De onde vem? Para onde vão?”
Painelistas: Leonardo Veiga (Tecnopampa); Simone Zanon (T&M Consulting); Leandro Policarpo (Sebrae SM); Prof. Anderson Ellwanger-Mediador (UFN)
Local: Sala de Conferências do prédio 16, Conjunto III (7º andar)
Horário: 18h30min às 20h30min
Inscrições aqui.

23/11 – Open Innovation Day
Apresentação do Ambiente e Agência de Inovação da UFN para comunidade acadêmica.
Local: Sala 301, Prédio 8
Horário: 17h às 18h
Inscrições aqui. 

29/11 – Painel: “Trilhas da Inovação em Santa Maria”
Painelistas: Denilso Zanon (Rota Simuladores); Filipe Carloto (Fox IoT); Erlei Melgarejo (APL Polo de Defesa e Segurança/Defii); Coronel Portela (3ª Divisão de Exército-SM); André Blos-Mediador (Sebrae SM)
Local: Salão Azul, Conjunto I
Horário: 18h30min às 20h30min

 

A nutricionista Franciliane Jobim Benedetti explica sobre a influência da alimentação na gestação. Foto: Thayane Rodrigues.

Cuidados com a alimentação, saúde bocal, exercícios físicos e com a postura, fazem parte dos cuidados que a mulher deve ter durante a gravidez. Esses assuntos foram comentados na manhã desta sexta-feira, 05, no XXII Simpósio de Ensino Pesquisa e Extensão, com a palestra “Cuidado interdisciplinar na assistência pré-natal”, administrada pelas professoras e doutoras Bianca Zimmermann Santos, da Odontologia, Franciliane Jobim Benedetti, da Nutrição e Letícia Fernanda Frigo, da Fisioterapia.

A doutora em Odontopediatria, Bianca Zimmermann conversou com os alunos presentes sobre a importância da mulher frequentar o consultório odontológico durante o período gestacional, enfatizando que a maior parte dos tratamentos devem ser feitos durante o segundo semestre da gestação, época que o bebê está em desenvolvimento. ” Existe um grande mito sobre a gestante não poder ir no dentista, mas isso não é verdade. A gestante deve procurar atendimento odontológico no pré-natal para que nós possamos orientá-la, prepará-la para cuidar da sua saúde bocal e, também, a do seu filho”, enfatizou Santos.  Segundo ela, nesse período aumenta o nível de progesterona e estrogênio e que acarreta modificações na cavidade bocal, influenciando nos processos inflamatórios, como a placa bacteriana que é o acúmulo de biofilmes que acontecem quando existe a presença de bactérias e de restos de alimentos, originando a gengivite. A professora também trouxe para a palestra pesquisas que relacionam a gengivite com partos prematuros e bebês com baixo peso ao nascer e também pacientes com pré-eclâmpsia, mas que ainda não existem evidências contundentes.

A fisioterapeuta Letícia Fernandes Frigo comentou sobre os exercícios durante o pré- natal. Foto: Thayane Rodrigues

Com relação a alimentação, a doutora em Saúde da Criança e do Adolescente pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul e professora da UFN, Franciliane Jobim Benedetti, debateu sobre o ganho de peso durante a gestação e com a estatura da mulher “Para um atendimento de nutrição só o peso e a estatura ou só cuidar do ganho de peso ou da perda de peso, não é o papel do nutricionista apenas. Para a gente fazer uma avaliação nutricional é  preciso  verificar quatro componentes: a antropométrica, bioquímica, clínica e dietética” ressaltou Benedetti.

Para a professora, o ganho de peso da mulher deve ser anotado no gráfico de peso da gestante, pois ele mostra se o peso – baseado nas semanas de gestação e os o valores do índice de massa corporal, o IMC -, está adequado. ” Todas ganham peso. Mesmo aquelas mulheres que estão com obesidade, porque esse peso não é especificamente da mãe, é do bebê, pois ele tem que ganhar peso. Nós temos todos os componentes da placenta, do volume mamário e tudo isso causa um aumento de peso na balança”, comentou. Conforme a nutricionista, o ganho de peso é descartado durante o primeiro semestre, visto que muitas mulheres apresentam um excesso de náuseas e vômitos, que fazem com que muitas vezes tenha uma perca de peso, que também mencionou que a má alimentação da mãe durante a gestação pode ocasionar futuramente um adulto com problemas cardiovasculares e outras doenças. “A prática de uma alimentação saudável, ajuda no desenvolvimento do bebê, para a placenta e os tecidos. E esse ganho de peso, claro que vai ter, porque temos uma demanda energética maior por conta do estado hipermetabólico das mães e temos que pensar se ela prática algum tipo de atividade física e como é a reserva energética dela para o período de lactação”, explicou.

Em relação aos exercícios, a professora de fisioterapia da UFN e doutora em Distúrbios da Comunicação, pela Universidade Federal de Santa Maria, Leticia Fernanda Frigo, destacou a importância dos profissionais da saúde em relação ao pré-natal. “Fora daquela barriga da gestação, nós temos uma mãe. O pré-natal  trabalha essa mulher. A gente está dentro da fisioterapia procurando que ela fique com o mínimo de intercorrências durante a gestação, pois é um período em que ela realmente está com várias alterações hormonais que vai deixá-la com outro tipo de humor, outras sensações e um momento de fragilidade corporal ao qual precisamos dar uma atenção especial para essa questão do movimento”, observou Letícia.

A fisioterapeuta exemplificou sobre as disfunções oesteomusculares, que lida com a mudança corporal conforme o crescimento do feto. ” A postura para sentar, dormir, caminhar, ela vai se modificando muito no último semestre. Todos os músculos da coluna vão se estirar.” destacou.  A pelve, foi outro assunto discutido pela fisioterapeuta, pois ela é uma musculatura que influência na passagem do bebê, mas que para Fernanda, o importante é que o bebê esteja adaptado a pelve da sua mãe. “Se a gente tem alterações posturais importantes durante a nossa vida, na gestação elas vão aumentar”, argumentou. Logo nas primeiras consultas, o fisioterapeuta avalia a pelve e tenta deixar as musculaturas que se encontram na pelve, o mais adaptado possível para o parto.

Um dos hormônios citados durante a palestra foi a relaxina que tem como função deixar todos os ligamentos da mulher mais relaxados para o momento do parto, não atuando apenas na pelve, mas em todas as estruturas, que acabam prejudicando alguns movimentos do dia-a-dia, seja no trabalho ou em outras ocasiões e com isso se faz necessário o fortalecimento da musculatura com exercícios físicos.  Fernanda explicou também que o sono não é o único momento de descanso da gestante e que na verdade ela teria que ter três pausas durante o dia para descansar e de preferência com as pernas para acima, para auxiliar na circulação do sangue.

 

 

Entre temas de pesquisas diferentes proporcionados pelos acadêmicos da Universidade Franciscana, encontram -se assuntos relacionados com a saúde, através de apresentações orais do eixo Ciências da Saúde e da Vida, desenvolvido no XXII Simpósio de Ensino e Pesquisa da Universidade Franciscana. Na tarde de quarta – feira, 04, aconteceram três apresentações que envolveram assuntos como a morte, um dos sintomas dos antipsicóticos e a fitoterapia com o câncer de mama.

A primeira aluna a se apresentar foi a Fernanda Nardino, do 10º semestre do curso de psicologia da Universidade Federal de Santa Maria. Fernanda, sobre orientação do professor Roberto Quintana, apresentou a pesquisa intitulada “A morte para os profissionais de saúde: percepções e desdobramentos”. Conforme Nardino,  o tema escolhido é oriundo do Trabalho Final de Graduação, TCC, que estão desenvolvendo sobre cuidados paliativos. ” São cuidados com pessoas que enfrentam doenças potencialmente de perigo a vida”, afirma a estudante. A apresentação que durou cerca de 20 minutos, abordou a maneira como os profissionais aprendem a lidar com a morte e o sentimento que muitos deles sentem de frustração por não conseguir salvar o paciente, conforme um acompanhamento feito em grupo durante a pesquisa.

Já a segunda apresentação foi da estudante de biomedicina da Universidade Franciscana, Izaviany Schimitz, que falou sobre a discinesia tardia, um dos sintomas que surgem dos antipsicóticos usados no tratamento para a esquizofrenia, no quadro de primeira geração, quando o paciente apresenta alta taxa de dopamina. A acadêmica desenvolveu a pesquisa através de um estudo em laboratório, com o uso de 40 ratos do sexo masculino, que foram divididos em quatro grupos: Isoflavonas, Haloperidol, Isoflavona e Haloperidol e o de controle. Foram 28 dias de estudos acompanhando a evolução dos animais. ” O haloperidol foi o nosso antipsicótico de estudo. Ele é considerado um antipsicótico de primeira geração, então, o principal mecanismo de ação dele vai ser o antagonismo aos receptores”, menciona a acadêmica. Izaviany explicou que a discinesia tardia, segundo assunto abordado na pesquisa, promove movimentos involuntários que ocorrem no paciente, envolvendo a região da boca, ou seja, a pessoa abre e fecha a boca de maneira involuntária e irregular.

Relatos orais durante o XXII SEPE. Foto: Aline Gonçalves/LABFEM

A última a apresentar foi a aluna de biomedicina Isadora Nicola, que trouxe a pesquisa desenvolvida em laboratório sobre o câncer de mama. No estudo foi apontado algumas características como  instabilidade hegenômica, estimulo para a formação de novos vasos sanguíneos e  invasão e formação de metástase. Conforme dados do INCA, apresentados pela estudante, 600 novos casos de câncer irão surgir entre o ano de 2018 e 2019. ” O câncer de mama tem como principal risco o histórico familiar, que correspondem a 20% dos cânceres de mama” exemplificou. Conforme Nicola, um dos tratamentos recentes é a imunoterapia, através de produtos de origem natural, com propriedades que redutivas na produção de substâncias tóxicas.” Aqui no Rio Grande do Sul tem uma planta chamada vassobia breviflora, conhecida como fruta do sabiá, que está apresentando um destaque nos estudos, porque ela tem um composto ativo chamado vitaferina A, que possuí a capacidade de alterar fatores de crescimento e de transcrição e receptores relacionados ao câncer”, relatou Isadora.

 

Foto: Aline Gonçalves

Bipolaridade, ansiedade, depressão, transtorno bipolar são alguns dos transtornos mentais presentes nos dias atuais, incluindo a esquizofrenia.  O assunto foi abordado na palestra Um apanhado geral sobre esquizofrenia e seu tratamento farmacológico, com o doutor e professor de biomedicina da Universidade Franciscana, Luis Ricardo Peroza. A palestra integra o eixo Ciências da Saúde e da Vida, CIS, durante o primeiro dia do XXII Simpósio de Ensino, Pesquisa Extensão, na tarde desta quarta-feira, 03, no salão de atos do prédio 13, do conjunto III.

A esquizofrenia atinge homens e mulheres de maneira igualitária. Foto: Pixabay

A esquizofrenia atinge homens e mulheres de maneira igualitária, mas em idades diferentes.  No homem, a doença aparece mais cedo, enquanto que na mulher mais tarde mas, em ambos os casos, não costuma aparecer na puberdade. Segundo Peroza, o que propicia o desenvolvimento da doença pode vir através de uma pré-disposição genética, com fatores ambientes e problemas psicológicos. Além dessas hipóteses  está a dos neurotransmissores, responsáveis pela dopamina.

A esquizofrenia apresenta dois modelos de sintomas: o positivo e o negativo. O positivo decorre da dopamina e  se apresenta na forma de delírios( alteração do pensamento); alucinações (alterações nos sentidos começam a ver coisas e as escutar vozes, sentem gostos e cheiros!, agressões, se voltam contra a família, tem medo de tomar banho. Nestes casos, os medicamentos servem para bloquear a ação da dopamina e são mais fáceis de tratar.

Já os sintomas negativos decorrem da falta de dopamina e os portadores perdem a  vontade de fazer as coisas do dia – a – dia. Os sintomas são a falta de empatia, ele não se comove, se fecha para a realidade,  tem olhar perdido, não cuidam de si e, com o tempo, vão perdendo a memória. Nesse caso, a medicação controla parcialmente o paciente.

[dropshadowbox align=”none” effect=”lifted-both” width=”auto” height=”” background_color=”#ffffff” border_width=”1″ border_color=”#dddddd” ]SABER MAIS – A incidência da doença na população mundial é de 1% .Estima-se que 450 milhões de pessoas sofram de algum distúrbio neuropsicomotor, entre eles a esquizofrenia. Entretanto, os homens e as mulheres são afetados.[/dropshadowbox]

Diagnóstico da doença

O diagnóstico da doença é feito através da CID – 10, Classificação Internacional de doenças que tem como base os transtornos mentais e de comportamento. “A CID-10 descreve sinais e sintomas onde nós podemos encontrar a esquizofrenia. Além disso, tem critérios de inclusão e de exclusão, porque existem outras doenças que podem se parecer muito com a esquizofrenia. E para fazer parte do quadro clínico, os sintomas devem estar presentes por pelo menos um mês” ressalta, o professor.

A esquizofrenia também apresenta sintomas que podem ser confundidos com outras doenças como a postura inadequada, a excitação e o negativismo que se caracteriza pela apatia e a pobreza de discurso.

“Algumas vezes esses sintomas podem ter alguma semelhança, mas através da CID – 10 nós podemos distinguir isso de um distúrbio bipolar e, além disso, temos que excluir transtornos atribuídos a um tumor que esteja em alguma área responsável pelo modo como nos sentimos e nos expressamos. Isso pode causar sintomas parecidos com os sintomas da esquizofrenia”, afirma Peroza. Ainda para ele, outra forma de apresentar o diagnóstico é através do DSM – 5, que no caso os sintomas devem ser claros e apresentarem duração de no mínimo um mês, com diagnóstico preciso após seis meses de tratamento médico.

Quando o tratamento pela via oral, a recomendação é utilizar medicamentos injetáveis cujo efeito são de longo alcance. Foto: divulgação

De acordo com o professora doença não tem cura, mas possui tratamento que visa reduzir os sintomas e tenta inserir o individuo novamente na sociedade. Ele alerta que existe um número de aproximadamente 74% de abandono do tratamento por via oral e que, para esse caso, existem medicamentos que são injetáveis. “Eles são administrados uma vez por mês de forma intramuscular e a dose, relativamente alta, que é aplicada vai sendo distribuída ao longo do mês para o corpo”, explicou.

Para o palestrante quando o paciente não trata a doença, ele apresenta crises e quanto maior o número de crise, maior vai ser o nível da doença. Com relação aos antipsicóticos usados para o tratamento da esquizofrenia, foram citados durante a palestra os que estão disponíveis pelo Sistema único de Saúde, SUS, que são: cloropromazina, haloperidol, risperidona, quetiapina, ziprasidona,  olanzapina, clozapina e decanoato de haloperidol

“Todos esses medicamentos tem eficácia bastante semelhante na maioria dos pacientes, exceto a clozapina que possui uma potência maior. Mas, o tratamento deve ser feito com um antipsicótico por vez e, caso não tenha funcionado durante seis semanas, deve ser trocada a medicação”, argumentou Luiz.

O palestrante ainda ressaltou alguns efeitos colaterais oriundos do tratamento como: distonia, discinesia, actisia e parkinsonismo, que são movimentos involuntários repetitivos que envolvem a boca, a face, membros e musculatura do tronco.

Começou na manhã desta quarta – feira, 03, o XXII Simpósio de Ensino, Pesquisa e Extensão, SEPE, no salão de atos do conjunto I da Universidade Franciscana. O tema que norteia o evento é O conhecimento que transforma, pela humanização, pela educação, pela tecnologia e pela ciência. No total estão escritas 648 pessoas, com 671 trabalhos para apresentação, 344 apresentações orais e 327 pôsteres.

Também fazem parte deste, sete palestras de acordo com cada eixo, sendo: artes, patrimônio cultural e economia criativa e direitos, políticas públicas e diversidade, ciências da saúde e da vida, saúde materno infantil. gestão, tecnologia e inovação e tecnologias da informação e da comunicação, sociedade e ambiente, educação e inovação e iniciação científica júnior e por último, nanociências, incluindo cinco conferências, dois painéis temáticos e os trabalhos aprovados.

Membro da Academia Brasileira de Ciências, Academia Nacional de Engenharia , Virgilio Augusto Fernandes Almeida, é professor titular do Departamento de Ciência da Computação da Universidade Federal de Minas Gerais. Foto: Thayane Rodrigues

A primeira conferência que abriu o SEPE foi com o  professor doutor Virgílio Augusto Fernandes Almeida, da Universidade Federal de Minas Gerais, intitulada: Impacto da Inteligência Artificial no Mundo do Trabalho. O conferencista apresentou alguns dados da inteligência artificial já presentes no cotidiano das pessoas atualmente, como o uso da internet que atinge atualmente 86% da população mundial. No mercado de trabalho a inteligência artificial afeta os setores de manufatura como as indústrias que, segundo Almeida, vem aumentando o número de produção, mas diminuindo o número de empregados, o sistema financeiro e os motoristas de táxis, entre outros cargos.

“Esses algorítimos coletam dados e que não sabemos e tomam decisões de processos que estamos usando. Tentam adivinhar algo que eu gostaria de ler, por exemplo.” menciona o professor. Ainda para ele,  estamos já vivendo no futuro entre os softwares e dados que já impactam em setores como a ciência, seja ela na física, na medicina ou em outra área. Virgílio fez menção aos desafios sociais presentes no cenário atual como a justiça e igualdade, segurança e certificação, privacidade, deslocamento de trabalho e tributação, visto que a inteligência artificial ainda comete erros na identificação de algumas pessoas, citado como exemplo pelo doutor.  “Por um lado, o futuro da robótica é positivo pois ele vai seguir ativando a economia do mundo”, acrescentou.

Foto: Thayane Rodrigues

Professor Lissandro Dornelles da UFN. Foto:Vítor Cargnelutti/LABFEM

Serviços, marcas, tecnologia e outros mecanismos rondam o mercado de trabalho que a cada dia preocupa-se com o futuro. Essa foi uma das discussões na tarde de hoje, dia 11, durante o II Fórum Integrado de Negócios, com a oficina sobre  Gestão inovadora com foco no futuro, ministrada por Lissandro Dorneles Dalla Nora,  professor da Universidade Franciscana.

O workshop atingiu os cursos de Administração, Ciências contábeis e Ciências Econômicas para debater sobre os desafios que universitários enfrentarão ao ingressarem no mercado de trabalho após a formação acadêmica. “A gestão da inovação é muito complexa. Todos vocês vão ter que fazer a gestão da inovação, não existe mais fazer só o tradicional, tem que se adaptar e sempre recebemos desafios”, argumentou Lissandro.

Através de slides foi demonstrado a linha do tempo da evolução da tecnologia, marcas e serviços. Para o professor hoje em dia existem computadores que podem ser transformados em tablets e vídeo games que parecem mais com a realidade do que um jogo, que resultou em um exercício passado para o público presente para escreverem como foi um determinado objeto, como ele se apresenta hoje e como que ele vai ser visto amanhã. “de que forma eu vou tornar sustentável a minha organização se eu não olho para o amanhã”, refletiu.

A gestão do futuro prevê também que negócios feitos no passado, como os mascates citado na oficina, possam voltar e ser transformado em algo sustentável. “Amazon, aliexpress, são os novos mascates porque eles vendem produtos de diversas empresas e a conexão em rede, as compras virtuais predominam. Vocês vão ter que transformar os negócios para se adaptarem a isso. E ai vem a questão de marketing multinível”, comentou o professor. Para ele, as empresas e as pessoas apresentam evolução em velocidades que geram perfis diferentes para quem vai fazer gestão. Muita coisa está   acontecendo nessa própria geração, até mesmo com as marcas. ” As marcas muitas vezes representam a imagem da empresa, o que ela quer colocar”, destacou Lissandro. Na apresentação foram mostradas marcas como: Apple, Shell, Nokia, entre outros.

Setembro é conhecido como o mês de prevenção ao suicídio e um dos fatores  que o originam é a depressão. O assunto foi debatido durante a manhã desta segunda-feira, 10, no Workshop Biotecnologia e Nanociências que acontece na Universidade Franciscana.  A oficina denominada “Depressão: além da hipótese monoaminérgia” foi conduzida por  Guilherme Vargas Bochi,  professor e pesquisador na Universidade Federal de Santa Maria.

Existem várias hipóteses sobre como surge a depressão, entre elas está a monoaminérgica que trata-se das monoaminas: adrenalina, noradrenalina, dopamina e seretonina, que são responsáveis pelas medicações disponíveis nas clínicas nos dias atuais, sendo que os antidepressivos influenciam na alteração de cada uma. Para Guilherme Bochi, apesar de hoje existirem vários fármacos que tratam da depressão, no caso da fibromialgia, um dos fatores associados à doença, não está elucidada. “De 30% à 50% dos pacientes que fazem o tratamento correto são refratários e não apresentam melhoras no quadro clínico. Por isso temos essa alta taxa de suicídio por depressão por essa alta base”, ressalta ele.

[dropshadowbox align=”left” effect=”lifted-bottom-left” width=”auto” height=”” background_color=”#ffffff” border_width=”1″ border_color=”#dddddd” ]Para saber mais: A depressão é um dos distúrbios afetivos ou de transtornos de humor mais comum, assim como a depressão bipolar. Geralmente ela é unipolar e heterogênia Conforme a Organização Mundial da Saúde (OMS), em 2012, 300 milhões de pessoas apresentam depressão e dados de 2015 apontam que 5,8% estão no Brasil. O maior número de casos são no público feminino Ela afeta aspectos da vida humana como: interação social, relacionamento familiar, deficiência no trabalho e uma das possíveis causas do suicídio. O Brasil é o 8º país com o maior índice de suicídios no mundo.[/dropshadowbox]

De acordo com o pesquisador, após o tratamento com fármacos apenas um terço das pessoas correspondem ao tratamento, que tem como objetivo a inibição e  a cura da depressão. Porém, segundo ele, existem novas abordagens além da farmacoterapia como a eletrocompulsoterapia como um potencial antidepressivo.

O diagnóstico da depressão é clínico, com base nos sintomas que o indivíduo apresenta por um determinado tempo, segundo o Manual de diagnósticos e estatísticas de transtornos mentais, que está na 5ª edição. Há quatro teorias para a depressão: o sistema glutamatérgico, mecanismos neuroendócrinos e ativação do eixo HPA, neurogênese e efeitos tróficos e inflamação.  “A causa de base também não se sabe, parece haver uma pré-disposição genética e, também,  fatores ambientais envolvidos na origem do problema. Hoje ela está associada a alterações estruturais do cérebro, bem como a alteração de um eixo potável da hipófise ou da suprarrenal.Muito tem o que se explorar sobre a depressão”, finalizou Bochi.

Fisioterapeuta Rodrigo Daronch. Foto:Juliana Kujawinski/LABFEM

Homens, mulheres, desde o nascimento o ser humano convivem com a dor e, muitas vezes, sem saber que ela é causada pelos hormônios. Na tarde dessa quarta-feira,05, ocorreu o 1º Workshop de Fisioterapia com a palestra que discutiu o tema da relação hormonal nas disfunções do assoalho pélvico, conduzido pelo fisioterapeuta Rodrigo da Silva Daronch.

O fisioterapeuta explicou como alguns hormônios sob certos hábitos, influenciam nos sinais de sintomas e na percepção da dor. “A gente tem grandes livros, mas  sabe muito pouco sobre bioquímica. A bioquímica que é a base da célula, a gente não sabe”, afirma Rodrigo. Segundo ele,  o sentimento de dor é uma percepção central, pois o local que está desconfortável emite uma informação para o cérebro e ele pode interpretar o estímulo como dor, queimação, entre outros.

O fisioterapeuta ressalta sobre a necessidade de reconhecer que modelo de paciente está  sendo atendido.” Às vezes, o paciente chega até nós achando que em uma ou duas sessões, ele vai melhorar. Mas se for o sensibilizado central, vai passar um mês, dois meses de tratamento”, afirma.

Explica ainda que o intestino é um dos órgãos responsáveis pelos hormônios, pois ele está associado ao quadro imunológico e carrega mais de 100 trilhões de bactérias e é onde começam a ser sentidos os primeiros sintomas. ” As fezes tem que serem da cor marrom escuro. Se elas forem claras, a pessoa está com sobrecarga hepática e se grudarem no vaso está com excesso de gordura, sinalizando que o corpo não está dando conta”, complementa ele.

Para Daronch, o corpo humano funciona como um tripé, que conta com o emocional, o físico e o químico. Dessa maneira, busca um equilíbrio com a ajuda dos hormônios que exercem influência como a seratonina, o colesterol, a testosterona e a progesterona.

Saiba mais:

Seratonina: de 70% à 90% é produzida no fígado através do triptofano encontrado na alimentação de carnes como peixe e algumas frutas como banana e abacaxi. É responsável pelo bem-estar,influência o sono, influência a insulina, a reparação tecidual, entre outros.

Colesterol: é a matéria prima para todos os hormônios esteroides, sendo importante para o funcionamento hormonal do corpo humano, pois sem ele não existe a produção máxima de testosterona e hormônios endrogênicos e influência a circulação sanguínea.

Progesterona: hormônio que mantém a gravidez na mulher. Com o uso do anticoncepcional, de acordo com Daronch esse hormônio sinaliza para o cérebro que a mulher está grávida. Mulheres com intolerância ao frio, possuem excesso de progesterona que possui relação com a tireóide, que no caso implica dificuldade para emagrecer, perder gordura, dificuldade para levantar da cama.

Estradiol: está envolvido com a lubrificação do corpo e na menopausa diminui. Causa a constipação e osteoporose.

Estrogênio alto: nas mulheres é o responsável pelo inchaço, sensibilidade nos seios, aumento dos sintomas pré-menstruais, diminuição do desejo sexual, dores de cabeça, problemas de memória, mudança de humor, ganho de peso, mãos e pés frios, entre outros. No homem gera a disfunção erétil.

Cortisol: exerce influência no estado emocional, líbido, apetite, tendo relação direta com o imunológico. Pessoas estressada apresentam cortisol alto que prejudica a qualidade de sono e aumenta o cansaço.

 

 

Daiane Tolentino, psicóloga, ministrou a oficina sobre psicologia e atuação em HIV/ Aids.  Foto: Thayane Rodrigues

A psicóloga  em política municipal, Daiane Tolentino, ministrou  nesta quarta-feira, 29, a oficina  sobre psicologia e atuação em HIV / Aids.  O workshop foi realizado de forma interativa, através de um bate-papo com os alunos e profissionais da área da saúde e apresentação de vídeos.

Segundo Daiane, até o momento, 95 casos de HIV,foram confirmados no município neste ano. Ela revelou que 32 casos foram de mulheres gestantes. A psicóloga, revelou que dados da política HIV, em 2017, apontaram o percentual em cada grupo de portadores do vírus, sendo: 10% gays,  31% transexuais, 5,9% usuários de drogas, 4,9% mulheres profissionais do sexo. O estigma e o preconceito dificultam o acesso dessas pessoas à educação e aos serviços de saúde. “quanto mais vulnerável mais atenção devemos dar a determinadas pessoas ou a população”, afirma a psicóloga.

Daiane também explicou o funcionamento da Casa 13 de maio, localizada na Rua Riachuelo nº 364, no centro de Santa Maria. O local conta com profissionais da saúde que fazem o acolhimento e realizam exames para o HIV. São feitos quatro testes rápidos para: HIV/Aids, sífilis, hepatite B e C. Uma vez confirmado o resultado, o paciente inicia o tratamento com o uso de medicamentos antiretrovirais disponíveis no Hospital  Universitário de Santa Maria. “A profilaxia deve ser realizada até 72 horas depois da exposição para que se faça o exame de gravidez e demais exames e o uso de medicamentos”, indica a psicóloga.

Para acadêmica de psicologia e estagiária na casa 13 de Maio no setor de Política HIV/Aids, Jessyca Prass Dorneles, 20 anos, o acolhimento leva em conta o estado emocional dos pacientes. “Se a pessoa está muito nervosa a gente nem faz o teste porque ela não tem condições de lidar com o diagnóstico naquele momento. A gente tem que partir do pressuposto de que pode dar positivo” complementa Jessyca. A estudante reforça a realização do procedimento da PEP (Profilixia Pós Exposição), para que se evite a transmissão do HIV.

Outro tema da conversa foi o preconceito da sociedade com os portadores do vírus. “Uma vez estava numa palestra e perguntei se alguém ali tomaria chimarrão com uma pessoa que tem a doença. Ouvi muitos não”, salienta Tolentino.

Os alunos questionaram sobre o procedimento que debe ser adotado com os bebês após o parto.  “No momento do parto se a mulher não sabe que tem HIV, ela toma uma medicação intravenosa e o bebê é acompanhado até os dois anos de idade, que é quando se pode dar um resultado definitivo” esclarece Daiane. Conforme a estudante de psicologia da UFN, Clarissa Carvalho de Oliveira, 21 anos, “aqui na faculdade não se vê muito sobre isso e eu achei que tinha algum conhecimento e não tinha”.

Para marcar o dezembro vermelho, a Universidade Franciscana realiza, no dia 30 de novembro, o recolhimento de objetos de higiene pessoal de uso feminino. As doações serão entregues no presídio feminino do município.