Com a aproximação das festas de fim de ano, começam os burburinhos: “Onde passar o Natal? Com quem compartilhar a ceia? Vai ter árvore em casa este ano?”. Há quem suspire: “Não gosto destas festas. O espírito de Natal e de fim de ano me causa melancolia” – balbuciam. Os nostálgicos lembram-se de como era bom antigamente, não sei onde, em lugares e espaços que ficaram na saudade. Os mais eufóricos já fazem a lista dos presentes, acompanhados das crianças com seus olhos redondinhos arregalados diante da expectativa de abrir os embrulhos coloridos. Já quem prioriza as delícias da ceia, faz a lista do mercado sem esquecer-se de fazer o prato preferido de quem vem de longe. Os doces? Surpresa, mas terá pra todos.
Onde foi que se perdeu a essência do Natal? Historiadores afirmam que Jesus não nasceu em 25 de dezembro. Mas, se na nossa cultura, o Natal serve para lembrar de tudo o que a vida de Cristo representa, por que não comemorar com a prática do que Ele ensinou? Unidade, solidariedade, amor e perdão? Por que o Natal virou motivo de geração de empregos, incentivo ao turismo, comércio, lucros e afins? Natal é para ser e para fazer alguém feliz. Se não gostas das festas realizadas até agora, faça a sua, faça diferente. Convide pessoas que você ama. Troque presentes. Aperte. Abrace. Se preferir, dance. Se quiser, viaje. Se quiser, faça nada. Durma. Veja filmes. Descanse. Esqueça-se do ano pesado e seja leve como Cristo aconselhou: “Aprendam de mim, porque o meu jugo é suave e o meu fardo é leve”. Leve? Fica a dica de quem sabe o que é peso, mas prefere ver o mundo com os olhos do amor e da esperança.
E as luzes? Neste ano, à volta da mesa, perto da meia-noite, milhares de luzes vão acender. São as luzes do tablets, smartphones, iphones. Que essas não substituam o abraço, a troca de olhares e a boa conversa com quem está perto fisicamente. Antes do #partiunatal #comosmelhores e outras expressões que irão acompanhar as fotos que devem ser postadas imediatamente antes que o mundo tecnológico acabe, acenda outras luzes – as do coração. Faça do Natal de 2015 um bom motivo para contar histórias. Que a primeira luz seja acesa em você!