“Há sempre como interferir positivamente em algum elo da cadeia beneficiando todo o sistema”, frase do livro Viver É a Melhor Opção, do jornalista André Trigueiro.
Não é muito difícil perceber que alguém está passando por graves problemas e está desejando tirar sua própria vida, além dos sintomas característicos das psicopatologias associadas ao suicídio (depressão, transtornos relacionados ao uso de substâncias, esquizofrenia, transtornos de personalidade, etc) é importante acompanhar eventuais mudanças de comportamento que indiquem a tendência ao isolamento social, desinteresse generalizado, angústia e aflição, baixo rendimento escolar ou produtividade. Estes são alguns sinais de que algo pode estar errado.
Em Santa Maria, assim como no resto do país e no mundo, a maioria das mortes é de homens, que usam métodos mais letais do que as mulheres. Elas são as responsáveis pelo número esmagador de tentativas, mas os meios que utilizam são menos brutais, logo, menos eficazes.
Segundo Carlos Correia, voluntário do CVV, entidade que atua gratuitamente na prevenção do suicídio há 53 anos, as pessoas que tentam suicídio pedem ajuda, mas, normalmente, não são compreendidas. “Deixar de falar sobre o assunto só colabora para esse distanciamento social”, comenta. “O assunto suicídio deveria fazer parte, de forma muito natural, da roda de amigos, nas escolas, casas religiosas e dentro das casas”, complementa.
O interessante é que muitas pessoas estão percebendo a gravidade do problema e estão quebrando esse “tabu” que existe em torno do suicídio, como por exemplo, a banda Supercombo, que recentemente lançou a música “Amianto”, que trata desse assunto:
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