“Xenofobia é o ato de desconfiança, temor ou antipatia por pessoas estranhas ao meio daquele que as ajuíza, ou pelo que é incomum ou vem de fora do país.”
A proibição do burkini começou em algumas praias da França, onde mulheres foram hostilizadas ao usarem a roupa de banho em público. Isso foi o suficiente para começar um debate sobre o uso do burkini. A peça, criada pela libanesa Aheda Zanetti, cobre o corpo como uma burca, deixando rosto,mãos e pés de fora. A estilista defende que a roupa foi feita para dar oportunidade as mulheres frequentarem a praia sem irem contra sua fé.
Já o primeiro ministro francês Manuel Valls classifica o burkini como uma peça que se baseia na “escravidão feminina”.
Foi preciso a intervenção da ONU para que prefeitos de cidades litorâneas na França liberassem o uso da roupa de banho.
A população francesa tem opiniões diferentes, existem aqueles que apoiem o uso do burkini, mas também aqueles que concordam que a proibição precisa continuar.
No final das contas, o que implica o uso do burkini? Para as mulheres que seguem a religião muçulmana, isso significa a liberdade de ir à praia, além de ser avanço no estilo de vida e no modo de pensar. Para alguns franceses, é uma afronta ao seu estilo de vida liberal e uma retrograda nos dias atuais.
O que fica evidente com as proibições é o medo instalado que os franceses têm a respeito dos muçulmanos. E com isso é apresentado ao mundo, grandes atos xenofóbicos. Ao retirarem mulheres que usam o burkini das praias, os franceses vão contra tudo o que mais prezam, como liberdade de expressão e o direito de ir e vir.
Com os acontecimentos na França, as vendas do burkini aumentaram. Até mulheres não muçulmanas resolveram aderir à moda, como uma forma de apoiar aquelas que precisam utilizar a roupa na praia.
Eduarda Garcia
Texto produzido para a disciplina de Legislação e Ética Jornalística