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Santa Maria, RS, Brazil

Desconstrução da imagem do país

Observatório da mídia CS-02A visão que outros países têm em relação ao Brasil muitas vezes é chocante. Para alguns, somos o país do futebol. Para outros, o país do carnaval e da “bunda de fora”. Da gandaia. Do jeitinho. O que realmente importa, ao percebemos dentro deste contexto histórico, que nossa imagem para os gringos é marginalizada.

Em um país com tantas riquezas, permitir que sejamos vistos como marginais, favelados e ladrões aproveitadores não seria justo. É nesta hora que nos ocorre uma pergunta pertinente: de onde vem esta construção de imagem? Se você observar, vai perceber que muitas vezes são nossos próprios jornais que dão aos países vizinhos o estereótipo do Brasil.

Os noticiários de televisão chegam a dar medo. Você coloca na emissora local e lá vem uma enxurrada de notícias negativas. Mortes, assaltos, estupros, vandalismo, ódio gratuito. São tantos temas pesados que esquecemos que coisas boas também acontecem por aqui. Acredito que a mídia deve dar espaço para este tipo de notícia, mas não massacrar o telespectador como vem sendo feito. As notícias mais relevantes dos telejornais são os casos de violência ou os escândalos políticos, que vêm contribuindo significativamente para manchar nossa reputação. Os investidores não nos veem com bons olhos. A Copa do Mundo e as Olimpíadas nos retrataram perfeitamente qual a opinião dos outros países em relação ao que é noticiado mundo à fora.

A distorção de imagem afeta o turismo em cheio. As notícias refletem a fragilidade do comando político, o despreparo em manter um sistema de segurança que funcione e a falta de investimento em segurança nos remete à precariedade da educação. Sabemos que falta sanar muitas deficiências, mas estampar nossos problemas nas grandes telas também não vai mudar esta realidade.

Em minha mera opinião, acredito que, o telespectador precise de informação bem apurada, verídica e de fácil acesso. Jornalismo bem feito, que vá em busca de temas e assuntos que mostrem a sociedade, nossos problemas, e, ao mesmo tempo, deem espaço para notícias mais alegres e prazerosas de assistir. Que exista discernimento em saber a hora adequada para transmitir cada matéria. Que o telespectador volte a ter aquele velho gosto por assistir ao jornal. Que sentar em frente à televisão seja um momento de descanso e de aprendizado.

14269377_956954634415458_425496450_nWillian Ignácio, 27 anos. É estudante de jornalismo. Gosta de livros, café bem forte e quente, como a vida deve ser. Autêntico e de personalidade marcante. Prefere uma boa conversa com os amigos ou um filme no sofá a uma balada de final de semana. É apaixonado pela vida, e pela liberdade.

*Texto produzido para a disciplina de Legislação e Ética em Jornalismo

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Observatório da mídia CS-02A visão que outros países têm em relação ao Brasil muitas vezes é chocante. Para alguns, somos o país do futebol. Para outros, o país do carnaval e da “bunda de fora”. Da gandaia. Do jeitinho. O que realmente importa, ao percebemos dentro deste contexto histórico, que nossa imagem para os gringos é marginalizada.

Em um país com tantas riquezas, permitir que sejamos vistos como marginais, favelados e ladrões aproveitadores não seria justo. É nesta hora que nos ocorre uma pergunta pertinente: de onde vem esta construção de imagem? Se você observar, vai perceber que muitas vezes são nossos próprios jornais que dão aos países vizinhos o estereótipo do Brasil.

Os noticiários de televisão chegam a dar medo. Você coloca na emissora local e lá vem uma enxurrada de notícias negativas. Mortes, assaltos, estupros, vandalismo, ódio gratuito. São tantos temas pesados que esquecemos que coisas boas também acontecem por aqui. Acredito que a mídia deve dar espaço para este tipo de notícia, mas não massacrar o telespectador como vem sendo feito. As notícias mais relevantes dos telejornais são os casos de violência ou os escândalos políticos, que vêm contribuindo significativamente para manchar nossa reputação. Os investidores não nos veem com bons olhos. A Copa do Mundo e as Olimpíadas nos retrataram perfeitamente qual a opinião dos outros países em relação ao que é noticiado mundo à fora.

A distorção de imagem afeta o turismo em cheio. As notícias refletem a fragilidade do comando político, o despreparo em manter um sistema de segurança que funcione e a falta de investimento em segurança nos remete à precariedade da educação. Sabemos que falta sanar muitas deficiências, mas estampar nossos problemas nas grandes telas também não vai mudar esta realidade.

Em minha mera opinião, acredito que, o telespectador precise de informação bem apurada, verídica e de fácil acesso. Jornalismo bem feito, que vá em busca de temas e assuntos que mostrem a sociedade, nossos problemas, e, ao mesmo tempo, deem espaço para notícias mais alegres e prazerosas de assistir. Que exista discernimento em saber a hora adequada para transmitir cada matéria. Que o telespectador volte a ter aquele velho gosto por assistir ao jornal. Que sentar em frente à televisão seja um momento de descanso e de aprendizado.

14269377_956954634415458_425496450_nWillian Ignácio, 27 anos. É estudante de jornalismo. Gosta de livros, café bem forte e quente, como a vida deve ser. Autêntico e de personalidade marcante. Prefere uma boa conversa com os amigos ou um filme no sofá a uma balada de final de semana. É apaixonado pela vida, e pela liberdade.

*Texto produzido para a disciplina de Legislação e Ética em Jornalismo