O auditório da Prefeitura de Santa Maria recebeu durante toda esta segunda-feira (10), o ciclo de palestras no Dia Municipal da Conscientização da Dislexia. O projeto de lei que institui a data é de autoria do vereador Coronel Vargas (PSDB), e a lei municipal foi sancionada em 2015. Na mesa de abertura, o vereador Vargas exaltou os esforços de Marizur Konig, mãe de uma criança com dislexia que procurou a Câmara de Vereadores para que se iniciasse um projeto de conscientização.
A dislexia é um transtorno neurobiológico que compromete a capacidade de aprender a ler e escrever. Hoje, ela afeta de 5 a 10% das crianças brasileiras. Durante a manhã de hoje, os aspectos interdisciplinares da atuação interdisciplinar foram discutidos.
A palestrante e fonoaudióloga Raquel Daniel explica que o diagnóstico é dado através do trabalho conjunto de diversos profissionais, como médicos, psicólogos e psicopedagogos. A dislexia é comumente confundida com déficit de atenção e dificuldade de aprendizagem. “O diagnóstico precoce é fundamental, e é frequentemente observado nos primeiros anos escolares da criança, onde ela apresenta dificuldade para diferenciar cores e números, por exemplo”, destacou Raquel. Ainda não existe uma legislação própria para quem sofre o transtorno da Dislexia.
A palestrante e professora de Educação Especial, Katiusce Tambara, explica que os direitos das pessoas com dislexia são baseados nas leis sobre educação especial, principalmente no direito de educação para todos e no esforço para acesso e permanência na escola. Mas, existe um projeto de lei tramitando desde 2010 no Congresso Nacional que propõe um olhar diferenciado para quem possui o transtorno.
Durante a tarde de hoje, a discussão será sobre os desafios da legislação e intervenções na sala de aula. As palestras ocorrem a partir das 14 horas no Auditório da Prefeitura
Fonte: Andressa Foggiato/Prefeitura de Santa Maria.