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A diversidade do continente africano é debatida na Unifra

Foto: Julliano Dutra
Aula inaugural trouxe o debate sobre o continente Africano. Fotos: Julliano Dutra

Na noite de ontem, 16, professores e alunos dos cursos de Jornalismo, História e do Mestrado em Ensino de Humanidade e Linguagens do Centro Universitário Franciscano participaram da aula inaugural do semestre letivo que teve como tema “África: mitos e historicidade”.  O evento aconteceu no Salão 715 do Prédio 16 da Unifra.
O palestrante convidado foi Igor Castellano da Silva, Doutor em Estudos Estratégicos Internacionais pela UFRGS e professor na Universidade Federal de Santa Maria, que abordou temas como mitos e historicidade Africana e mitos e historicidade da Guerra na África.
De acordo com Castellano, a importância de realizar um debate sobre esse tema no meio acadêmico, é a tentativa de romper com as visões preconceituosas que algumas pessoas têm sobre a África. Ele afirmou que a maior motivação que teve para estudar a África foram os incentivos dos professores que lhe passaram o encantamento sobre esse estudo, aliado ao interesse pessoal que já possuía.

Castellano
Igor Castellano da Silva, professor da UFSM.

O professor descreve como encantadora a experiência de ter morado na África. Segundo ele, “é um ambiente com pessoas e culturas distintas e, por outro lado, houve um choque de diferenças culturais que, às vezes, dificultaram a ambientalização.”

O professor também abordou os contrastes raciais, que foram muito impactantes. “Lá a questão racial é muito explícita. Então é difícil ter relações muito próximas com um negro africano, se você é branco. O racismo lá é muito forte e ativo nos dias atuais. Apesar de tudo, essas diferenças culturais são desafiadoras no convívio social”, diz.
Entre os muitos aspectos abordados, destaca-se o fato de que  “as guerras na África não envolvem exatamente questões políticas. Vai muito além, dizem respeito ao ódio histórico, preconceitos que já estão estabelecidos”, afirma o palestrante ao falar sobre os conflitos bélicos no Continente Africano. “O estado africano pode ser um estado caótico, mas o governante tem uma cadeira na ONU. Essa é a carga negativa do estado. Não importa se ele oferece segurança e saúde à população, ele vai ter a seguridade da ordem internacional”, conclui.
Igor Catellano da Silva destacou a diversidade do continente africano, afirmando ser ela desconhecida pelos pesquisadores brasileiros que bebem em fontes europeias, e priorizam os estudos sobre  países do primeiro mundo.
Segundo Roselâine Casanova Corrêa, coordenadora do curso de história da Unifra e integrante da comissão organizadora do evento, o principal objetivo da aula inaugural é tratar com maior intensidade assuntos importantes que normalmente não são abordados em nosso contexto. Roselâine explica que a escolha do palestrante foi feita a partir da grande qualificação que ele possui, principalmente por já ter estudado na Universidade de Johanesburgo, na África. “É importante valorizar a pesquisa dele, e as experiências que teve, e principalmente, valorizar alguém que é da nossa cidade” conclui.
Para André Luís, acadêmico do curso de História, a palestra foi muito enriquecedora por falar sobre a África, que ele considera um tema pouco abordado nos conteúdos de ensino básico, principalmente a questão geográfica e geopolítica. O estudante afirma que a maneira como o assunto foi apresentado, instigou nele a vontade de procurar sobre livros e textos ligados as questões que foram discutidas.

Por Luísa Peixoto e Thais Moutinho, equipe da ACS

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Foto: Julliano Dutra
Aula inaugural trouxe o debate sobre o continente Africano. Fotos: Julliano Dutra

Na noite de ontem, 16, professores e alunos dos cursos de Jornalismo, História e do Mestrado em Ensino de Humanidade e Linguagens do Centro Universitário Franciscano participaram da aula inaugural do semestre letivo que teve como tema “África: mitos e historicidade”.  O evento aconteceu no Salão 715 do Prédio 16 da Unifra.
O palestrante convidado foi Igor Castellano da Silva, Doutor em Estudos Estratégicos Internacionais pela UFRGS e professor na Universidade Federal de Santa Maria, que abordou temas como mitos e historicidade Africana e mitos e historicidade da Guerra na África.
De acordo com Castellano, a importância de realizar um debate sobre esse tema no meio acadêmico, é a tentativa de romper com as visões preconceituosas que algumas pessoas têm sobre a África. Ele afirmou que a maior motivação que teve para estudar a África foram os incentivos dos professores que lhe passaram o encantamento sobre esse estudo, aliado ao interesse pessoal que já possuía.

Castellano
Igor Castellano da Silva, professor da UFSM.

O professor descreve como encantadora a experiência de ter morado na África. Segundo ele, “é um ambiente com pessoas e culturas distintas e, por outro lado, houve um choque de diferenças culturais que, às vezes, dificultaram a ambientalização.”

O professor também abordou os contrastes raciais, que foram muito impactantes. “Lá a questão racial é muito explícita. Então é difícil ter relações muito próximas com um negro africano, se você é branco. O racismo lá é muito forte e ativo nos dias atuais. Apesar de tudo, essas diferenças culturais são desafiadoras no convívio social”, diz.
Entre os muitos aspectos abordados, destaca-se o fato de que  “as guerras na África não envolvem exatamente questões políticas. Vai muito além, dizem respeito ao ódio histórico, preconceitos que já estão estabelecidos”, afirma o palestrante ao falar sobre os conflitos bélicos no Continente Africano. “O estado africano pode ser um estado caótico, mas o governante tem uma cadeira na ONU. Essa é a carga negativa do estado. Não importa se ele oferece segurança e saúde à população, ele vai ter a seguridade da ordem internacional”, conclui.
Igor Catellano da Silva destacou a diversidade do continente africano, afirmando ser ela desconhecida pelos pesquisadores brasileiros que bebem em fontes europeias, e priorizam os estudos sobre  países do primeiro mundo.
Segundo Roselâine Casanova Corrêa, coordenadora do curso de história da Unifra e integrante da comissão organizadora do evento, o principal objetivo da aula inaugural é tratar com maior intensidade assuntos importantes que normalmente não são abordados em nosso contexto. Roselâine explica que a escolha do palestrante foi feita a partir da grande qualificação que ele possui, principalmente por já ter estudado na Universidade de Johanesburgo, na África. “É importante valorizar a pesquisa dele, e as experiências que teve, e principalmente, valorizar alguém que é da nossa cidade” conclui.
Para André Luís, acadêmico do curso de História, a palestra foi muito enriquecedora por falar sobre a África, que ele considera um tema pouco abordado nos conteúdos de ensino básico, principalmente a questão geográfica e geopolítica. O estudante afirma que a maneira como o assunto foi apresentado, instigou nele a vontade de procurar sobre livros e textos ligados as questões que foram discutidas.

Por Luísa Peixoto e Thais Moutinho, equipe da ACS