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Santa Maria, RS, Brazil

Jovens empreendedores e propostas inovadoras

Os jovens estão cada vez mais sendo empreendedores de seus próprios negócios, de suas vidas e carreiras. Se, há alguns anos, a principal opção de emprego para os jovens eram os concursos públicos, hoje muitos deles investem em suas ideias como fonte de renda. Segundo a pesquisa “Global Entrepreneurship Monitor”, de 2015, 24 a cada 100 brasileiros, com idades entre 18 e 64 anos, possuem o próprio negócio ou estão envolvidos com a criação de um.

Em Santa Maria, temos exemplos de jovens que estão inovando e sendo donos de seus negócios. É o caso da dupla de publicitários, Rodrigo Silveira e Lívia Vieira, proprietários do “Espaço 42”, uma mescla de café e bar com temática nerd, que funciona no Centro da cidade. Ambos trabalharam em agências de publicidade logo após a formatura, mas decidiram depois de um tempo trocar de emprego e de área. Foi assim que eles se conheceram e iniciaram uma amizade, que resultou na abertura de um negócio. O conceito do lugar não foi proposital, muito menos planejado minuciosamente; a intenção era de ter um local onde as pessoas e eles se sentissem em casa. Tanto deu certo, que grande parte da decoração do Espaço é composta por objetos dos proprietários.

O conceito nerd do Espaço 42 não foi proposital, ele surgiu a partir da composição de objetos de gosto pessoal dos proprietários. Foto: Maria Luísa Viana / Lab. de Fotografia e Memória
O conceito nerd do Espaço 42 não foi proposital. Ele surgiu a partir da composição de objetos de gosto pessoal dos proprietários. Foto: Maria Luísa Viana / Lab. de Fotografia e Memória

Para começar o negócio, Rodrigo e Lívia precisaram consultar o SEBRAE, onde foram orientados sobre quais seriam os primeiros passos. Lá eles perceberam que a primeira ideia não era viável; foi então que, com uma mudança de planos, o projeto levou oito meses e R$60.000 para se concretizar. Hoje, o Espaço já tem clientes fiéis, que se encontram lá e interagem com as propostas do lugar. Os sócios dedicam-se exclusivamente ao negócio e têm planos de crescimento para o bar, mas ainda não sabem exatamente o que será.

Para iniciar o projeto, Lívia e Felipe consultaram o SEBREA. Hoje já pensam no crescimento do negócio. Foto: Maria Luísa Viana / Laboratório de Fotografia e Memória
Para iniciar o projeto, Lívia e Rodrigo consultaram o SEBREA. Hoje já pensam no crescimento do negócio. Foto: Maria Luísa Viana / Laboratório de Fotografia e Memória

No Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas, o SEBRAE, os futuros empresários e empreendedores podem buscar auxílio na hora de desenvolverem seus projetos e colocá-los em prática. O SEBRAE é um agente de capacitação e de promoção ao desenvolvimento, que trabalha desde 1972 para estimular o empreendedorismo. O serviço atua em educação empreendedora, capacitação dos empreendedores e empresários, articulação de políticas públicas que criem um ambiente legal mais favorável, acesso a novos mercados, acesso a tecnologia e inovação, orientação para acesso aos serviços financeiros. Todos os brasileiros podem buscar atendimento no SEBRAE, mesmo aqueles que já são proprietários de negócios.

Uma pesquisa realizada em 2015 pela Confederação Nacional dos Jovens Empresários, a CONAJE, apontou em um relatório publicado em 2016 o “Perfil do Jovem Empreendedor Brasileiro”. A pesquisa foi desenvolvida por meio de um questionário online e teve a participação de 5 mil jovens, com idades entre 18 e 39 anos, residentes em 26 estados. O resultado apontou que 27% dos empreendedores buscam apoio do SEBRAE para abertura ou crescimento da empresa.

As amigas Carolina Peukert Lozza, advogada, Mariana Peukert Lozza e Carolina Mello Jacques, estudantes de Desenho Industrial, são as idealizadoras da Physalis Estúdio, um projeto que une o amor pela papelaria e a vontade de produzir a partir dos conhecimentos de estamparia aprendidos na faculdade. No estúdio elas desenvolvem estampas exclusivas que viram capas de cadernos artesanais, todos montados e costurados a mão. As ideias de estampas surgem dos interesses pessoais do trio e das sugestões dos clientes.

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Foi a partir de trabalhos da faculdade e do amor pela papelaria que surgiu a Physalis. Foto: Juliano Dutra / Laboratório de Fotografia e Memória

 No inicio elas não pensavam que a Physalis se tornaria um negócio, acreditavam que só amigos e familiares iriam se interessar pelos cadernos, mas hoje seu maior público é de jovens que elas nem mesmo conhecem. Em fevereiro de 2016, o trio começou a criar e contou com dinheiro emprestado pelos pais para a primeira produção. Com a primeira venda, que teve uma tiragem pequena de cadernos e aconteceu em um bazar da faculdade, elas já puderam pagar o empréstimo e desde então o negócio vem se mantendo sozinho. Hoje elas pensam em expandir o negócio e já trabalham com encomendas de empresas que procuram produtos para personalizados para festas de fim de ano, convites de aniversário e lembrancinhas.

POSSIBILIDADE PARA QUEM QUER EMPREENDER EM SANTA MARIA

 Além do SEBRAE, os futuros empresários de Santa Maria que precisam de ajuda para começar podem recorrer à Incubadora Tecnológica do Centro Universitário Franciscano. A ITEC é um ambiente de inovação que oferece suporte a projetos desenvolvidos por acadêmicos, graduados, professores e funcionários da instituição e comunidade em geral. Atua desde 2011, no auxílio e estímulo ao desenvolvimento das empresas com prestação de serviço nos setores jurídico, financeiro e de marketing.

FORMAS DE FINANCIAMENTO PARA QUEM DESEJA COMEÇAR UM NEGÓCIO

Na maioria das vezes, uma ótima ideia e a força de vontade para empreender não são o suficiente para começar, é preciso dinheiro. Uma das formas de financiamento que estão mais em alta é o Crowdfunding, ou financiamento coletivo. O crowdfunding é uma espécie de “vaquinha”, são pessoas que por meio de plataformas colaborativas contribuem para a realização de projetos. Com a internet esse tipo de financiamento tem mais alcance e existem diversos sites que atuam como mediadores das contribuições.

 

Esta reportagem foi desenvolvida na disciplina de Jornalismo Especializado, do Curso de Jornalismo do Centro Universitário Franciscano, durante o segundo semestre de 2016.

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Os jovens estão cada vez mais sendo empreendedores de seus próprios negócios, de suas vidas e carreiras. Se, há alguns anos, a principal opção de emprego para os jovens eram os concursos públicos, hoje muitos deles investem em suas ideias como fonte de renda. Segundo a pesquisa “Global Entrepreneurship Monitor”, de 2015, 24 a cada 100 brasileiros, com idades entre 18 e 64 anos, possuem o próprio negócio ou estão envolvidos com a criação de um.

Em Santa Maria, temos exemplos de jovens que estão inovando e sendo donos de seus negócios. É o caso da dupla de publicitários, Rodrigo Silveira e Lívia Vieira, proprietários do “Espaço 42”, uma mescla de café e bar com temática nerd, que funciona no Centro da cidade. Ambos trabalharam em agências de publicidade logo após a formatura, mas decidiram depois de um tempo trocar de emprego e de área. Foi assim que eles se conheceram e iniciaram uma amizade, que resultou na abertura de um negócio. O conceito do lugar não foi proposital, muito menos planejado minuciosamente; a intenção era de ter um local onde as pessoas e eles se sentissem em casa. Tanto deu certo, que grande parte da decoração do Espaço é composta por objetos dos proprietários.

O conceito nerd do Espaço 42 não foi proposital, ele surgiu a partir da composição de objetos de gosto pessoal dos proprietários. Foto: Maria Luísa Viana / Lab. de Fotografia e Memória
O conceito nerd do Espaço 42 não foi proposital. Ele surgiu a partir da composição de objetos de gosto pessoal dos proprietários. Foto: Maria Luísa Viana / Lab. de Fotografia e Memória

Para começar o negócio, Rodrigo e Lívia precisaram consultar o SEBRAE, onde foram orientados sobre quais seriam os primeiros passos. Lá eles perceberam que a primeira ideia não era viável; foi então que, com uma mudança de planos, o projeto levou oito meses e R$60.000 para se concretizar. Hoje, o Espaço já tem clientes fiéis, que se encontram lá e interagem com as propostas do lugar. Os sócios dedicam-se exclusivamente ao negócio e têm planos de crescimento para o bar, mas ainda não sabem exatamente o que será.

Para iniciar o projeto, Lívia e Felipe consultaram o SEBREA. Hoje já pensam no crescimento do negócio. Foto: Maria Luísa Viana / Laboratório de Fotografia e Memória
Para iniciar o projeto, Lívia e Rodrigo consultaram o SEBREA. Hoje já pensam no crescimento do negócio. Foto: Maria Luísa Viana / Laboratório de Fotografia e Memória

No Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas, o SEBRAE, os futuros empresários e empreendedores podem buscar auxílio na hora de desenvolverem seus projetos e colocá-los em prática. O SEBRAE é um agente de capacitação e de promoção ao desenvolvimento, que trabalha desde 1972 para estimular o empreendedorismo. O serviço atua em educação empreendedora, capacitação dos empreendedores e empresários, articulação de políticas públicas que criem um ambiente legal mais favorável, acesso a novos mercados, acesso a tecnologia e inovação, orientação para acesso aos serviços financeiros. Todos os brasileiros podem buscar atendimento no SEBRAE, mesmo aqueles que já são proprietários de negócios.

Uma pesquisa realizada em 2015 pela Confederação Nacional dos Jovens Empresários, a CONAJE, apontou em um relatório publicado em 2016 o “Perfil do Jovem Empreendedor Brasileiro”. A pesquisa foi desenvolvida por meio de um questionário online e teve a participação de 5 mil jovens, com idades entre 18 e 39 anos, residentes em 26 estados. O resultado apontou que 27% dos empreendedores buscam apoio do SEBRAE para abertura ou crescimento da empresa.

As amigas Carolina Peukert Lozza, advogada, Mariana Peukert Lozza e Carolina Mello Jacques, estudantes de Desenho Industrial, são as idealizadoras da Physalis Estúdio, um projeto que une o amor pela papelaria e a vontade de produzir a partir dos conhecimentos de estamparia aprendidos na faculdade. No estúdio elas desenvolvem estampas exclusivas que viram capas de cadernos artesanais, todos montados e costurados a mão. As ideias de estampas surgem dos interesses pessoais do trio e das sugestões dos clientes.

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Foi a partir de trabalhos da faculdade e do amor pela papelaria que surgiu a Physalis. Foto: Juliano Dutra / Laboratório de Fotografia e Memória

 No inicio elas não pensavam que a Physalis se tornaria um negócio, acreditavam que só amigos e familiares iriam se interessar pelos cadernos, mas hoje seu maior público é de jovens que elas nem mesmo conhecem. Em fevereiro de 2016, o trio começou a criar e contou com dinheiro emprestado pelos pais para a primeira produção. Com a primeira venda, que teve uma tiragem pequena de cadernos e aconteceu em um bazar da faculdade, elas já puderam pagar o empréstimo e desde então o negócio vem se mantendo sozinho. Hoje elas pensam em expandir o negócio e já trabalham com encomendas de empresas que procuram produtos para personalizados para festas de fim de ano, convites de aniversário e lembrancinhas.

POSSIBILIDADE PARA QUEM QUER EMPREENDER EM SANTA MARIA

 Além do SEBRAE, os futuros empresários de Santa Maria que precisam de ajuda para começar podem recorrer à Incubadora Tecnológica do Centro Universitário Franciscano. A ITEC é um ambiente de inovação que oferece suporte a projetos desenvolvidos por acadêmicos, graduados, professores e funcionários da instituição e comunidade em geral. Atua desde 2011, no auxílio e estímulo ao desenvolvimento das empresas com prestação de serviço nos setores jurídico, financeiro e de marketing.

FORMAS DE FINANCIAMENTO PARA QUEM DESEJA COMEÇAR UM NEGÓCIO

Na maioria das vezes, uma ótima ideia e a força de vontade para empreender não são o suficiente para começar, é preciso dinheiro. Uma das formas de financiamento que estão mais em alta é o Crowdfunding, ou financiamento coletivo. O crowdfunding é uma espécie de “vaquinha”, são pessoas que por meio de plataformas colaborativas contribuem para a realização de projetos. Com a internet esse tipo de financiamento tem mais alcance e existem diversos sites que atuam como mediadores das contribuições.

 

Esta reportagem foi desenvolvida na disciplina de Jornalismo Especializado, do Curso de Jornalismo do Centro Universitário Franciscano, durante o segundo semestre de 2016.