A palestra da quarta-feira, 22, da IV Jornada Interdisciplinar da Saúde, trouxe como temática a Cosmética Oncológica apresentada pela química farmacêutica e atual presidenta da Federação Latino-americana de Sociedades de Ciências Cosméticas, Lídia Morus, vinda de Montevidéu, Uruguai. Morus veio falar sobre métodos cosméticos usados na prevenção e remediação de efeitos reversos cutâneos causados pelos tratamentos do câncer, e a responsabilidade de ajudar na recuperação da autoestima e socialização das pessoas.
A farmacêutica diz que os tratamentos como a quimioterapia, feito através da injeção de medicamentos que inibem o crescimento dos tumores, e também a radioterapia, que usa a radiação iônica para tratar de forma localizada os tumores, podem causar alterações na pele. “A maior parte das pessoas que sofrem com o câncer não tem ideia do que pode passar na pele quando estão atravessando um tratamento, especialmente as mulheres, quando enfrentam o diagnóstico do câncer e pensam em um tratamento. O primeiro pensamento é se vai cair o cabelo, e não tem ideia do que a pele vai sofrer”, ressalta ela.
Segundo dados, em 2012 havia 14 milhões de casos de câncer por ano. Destes, 8 milhões morrem, de 2 a cada 3 sofrem com problemas cutâneos, o que causa ansiedade, comprometendo o tratamento devido à gravidade das lesões causadas pela sensibilidade que a pele adquire a agentes externos.
Morus traz a importância de procurar dermatologistas para que os pacientes possam fazer um tratamento adequado com cosméticos naturais. Tais produtos permitem que as pessoas façam a limpeza das áreas afetadas, hidratação, e reparação específicos para pacientes oncológicos que possuem intolerância a algumas substâncias, causada pelas terapias, como produtos para controle de acne, fragrâncias, glicoses, conservantes e corticoides.