Santa Maria, RS (ver mais >>)

Santa Maria, RS, Brazil

Instabilidade à toda prova

O Brasil vive um dos processos eleitorais mais conturbados de sua curta história democrática. Líder nas pesquisas, Jair Messias Bolsonaro, representante da extrema direita à Presidência da República pelo Partido Social Liberal (PSL) também detém um dos maiores índices de rejeição da história do país, o que levou milhares de manifestantes às ruas por todo Brasil no último sábado, 29, e em Santa Maria não foi diferente.

O ato “Mulheres Contra Bolso.na.ro” reuniu entre 7 e 9 mil pessoas na Praça Saldanha Marinho. Aos gritos de “quem não pula é fascista”, dentre tantos outros, a marcha iniciou às 17h, percorrendo as ruas do centro como Acampamento, Pinheiro Machado, Professor Braga, Floriano Peixoto, retornando à praça pelo Calçadão da cidade.

Os manifestantes denunciaram o presidenciável por racismo, incitação ao ódio e violência, homofobia, xenofobia e misoginia. Flertar com os ideais de Bolsonaro, é flertar com o que há de mais reacionário, fascista e antidemocrático dentro da atual conjuntura política brasileira. Afirmações preconceituosas como: “Eu não sou estuprador, mas, se fosse, não iria estuprar porque não merece” (em discurso na Câmara, em 2003), ou ainda “eu sou favorável à tortura, tu sabe disso” (em entrevista no rádio, em junho de 2016) são comuns na carreira do político. Blindado por seus seguidores contra toda e qualquer acusação, sob o pretexto de ser “mero barulho da esquerda”, Jair Bolsonaro e seu vice, o General Hamilton Mourão, bebem da fonte do antipetismo e da inconformidade social para com a classe política, aliado à disseminação de notícias falsas – fakenews –  lideram as intenções de voto com 32%, segundo pesquisa divulgada hoje, 02, pelo Datafolha.

Enquanto os eleitores da esquerda brigam entre si, dividindo-se entre Fernando Haddad, Ciro Gomes (PDT) e Guilherme Boulos (PSOL), os adeptos de Jair Bolsonaro seguem firmes. Em meio a isso o Brasil caminha a passos largos rumo ao retrocesso, à intolerância, rumo à 1964.

Por Luiz Gustavo Mousquer de Oliveira, jornalista.

LEIA TAMBÉM

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Adicione o texto do seu título aqui

Lorem ipsum dolor sit amet, consectetur adipiscing elit. Ut elit tellus, luctus nec ullamcorper mattis, pulvinar dapibus leo.

O Brasil vive um dos processos eleitorais mais conturbados de sua curta história democrática. Líder nas pesquisas, Jair Messias Bolsonaro, representante da extrema direita à Presidência da República pelo Partido Social Liberal (PSL) também detém um dos maiores índices de rejeição da história do país, o que levou milhares de manifestantes às ruas por todo Brasil no último sábado, 29, e em Santa Maria não foi diferente.

O ato “Mulheres Contra Bolso.na.ro” reuniu entre 7 e 9 mil pessoas na Praça Saldanha Marinho. Aos gritos de “quem não pula é fascista”, dentre tantos outros, a marcha iniciou às 17h, percorrendo as ruas do centro como Acampamento, Pinheiro Machado, Professor Braga, Floriano Peixoto, retornando à praça pelo Calçadão da cidade.

Os manifestantes denunciaram o presidenciável por racismo, incitação ao ódio e violência, homofobia, xenofobia e misoginia. Flertar com os ideais de Bolsonaro, é flertar com o que há de mais reacionário, fascista e antidemocrático dentro da atual conjuntura política brasileira. Afirmações preconceituosas como: “Eu não sou estuprador, mas, se fosse, não iria estuprar porque não merece” (em discurso na Câmara, em 2003), ou ainda “eu sou favorável à tortura, tu sabe disso” (em entrevista no rádio, em junho de 2016) são comuns na carreira do político. Blindado por seus seguidores contra toda e qualquer acusação, sob o pretexto de ser “mero barulho da esquerda”, Jair Bolsonaro e seu vice, o General Hamilton Mourão, bebem da fonte do antipetismo e da inconformidade social para com a classe política, aliado à disseminação de notícias falsas – fakenews –  lideram as intenções de voto com 32%, segundo pesquisa divulgada hoje, 02, pelo Datafolha.

Enquanto os eleitores da esquerda brigam entre si, dividindo-se entre Fernando Haddad, Ciro Gomes (PDT) e Guilherme Boulos (PSOL), os adeptos de Jair Bolsonaro seguem firmes. Em meio a isso o Brasil caminha a passos largos rumo ao retrocesso, à intolerância, rumo à 1964.

Por Luiz Gustavo Mousquer de Oliveira, jornalista.