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Santa Maria, RS, Brazil

O mercado fitness e as novas modalidades

 

Foto: Beatriz Bessow. LABFEM / UFN

Com o crescente interesse de boa parte da população pela forma física ideal, ou que busca o bem-estar e uma saúde melhor, o mercado fitness no Brasil já movimenta mais de 2 bilhões de dólares por ano. Com novas modalidades neste segmento, academias e personal trainers precisam se reinventar para conquistar um público cada vez mais exigente e com menos tempo para se dedicar aos exercícios físicos.

Uma pesquisa realizada pela Global Report mostra que o Brasil é hoje o segundo país com mais academias no mundo, com cerca de 34 mil, ficando atrás apenas dos Estados Unidos. Essa onda fitness também mostra reflexos e Santa Maria, com um aumento notável no número de locais que oferecem este tipo de serviço. A presença de grandes organizações mundiais no ramo de academias força as empresas menores a buscarem alternativas para chamar atenção de novos praticantes.

Gráfico: criação de Guilherme Superti Piber, com base em dados de ACAD e CONFEF.

Segundo a mesma pesquisa, quase 10 milhões de brasileiros praticam atividades físicas nas academias, garantindo ao país a quarta colocação em número de clientes deste ramo no mundo. Apesar disso, colocando estes números em uma simples conta com a finalidade de mostrar a ocupação média dos estabelecimentos, chegamos ao resultado de 280 praticantes por academia, contra incríveis 1400 praticantes por academia no Reino Unido.

Gráfico: criação de Guilherme Superti Piber, com base em dados de ACAD e CONFEF.

Falando especificamente de nosso estado, o Rio Grande do Sul fica na segunda posição nacional entre estados em relação ao número de academias registradas no Conselho Federal de Educação Física (CONFEF), com um número estimado de 3.700 academias ao final do ano de 2018. Em primeiro lugar está o estado de São Paulo, com cerca de 11.500 e em terceiro o estado do Paraná, com 3.650.

Gráfico: criação de Guilherme Superti Piber, com base em dados de ACAD e CONFEF.

Lucas Machado é proprietário da Core Training, uma academia com foco em treinos funcionais presente na cidade há quatro anos e meio. Segundo ele, os exercícios funcionais visam a realizar atividades que contemplem um grupo maior de músculos, além de deixar o corpo preparado para as atividades do dia a dia. Os treinos desta modalidade utilizam – na maioria das vezes – apenas o peso corporal da pessoa e algum acessório, como corda, bola ou borracha, sem necessitar de um aparelho fixo ou pesado.

No geral, Lucas recomenda este tipo de exercício para qualquer faixa etária, porque com ele “passamos a conhecer melhor o próprio corpo e a musculatura envolvida em cada movimento”. Como diferencial desse segmento, acredita que conta muito o ambiente onde as atividades são realizadas, o não uso de máquinas, além de grupos menores de alunos, com auxílio constante de um profissional.

Lucas Fuchs é formado em educação física e trabalha na área como personal trainer. Ele já trabalhou no Clube Dores e na academia Celera Gym. Além do acompanhamento individual, também realiza consultorias online, colaborando para a boa forma de clientes de fora da cidade. Lucas afirma que a maior parte dos exercícios pensados por ele visam em primeiro lugar à saúde, sendo a estética uma consequência desta rotina de atividades.

Ele afirma que não trabalha com nenhuma modalidade específica, moldando os treinos sempre de acordo com a preferência da pessoa. Deixa claro também que todos os exercícios são benéficos e possuem suas características particulares, mas que tudo depende também da intensidade com que são praticados. Fuchs acredita que, para manter o destaque nesta área, o profissional deve manter seus alunos motivados e com atendimentos além do “cara a cara”, por meio da internet.

O estudante de ciência de computação, Johny Beck, de 26 anos, pratica exercícios físicos há quatro anos e meio, com foco no bem-estar e buscando melhorar a autoestima. Ele conta que já praticou exercícios funcionais durante três meses e que gostou bastante, porém ainda prefere a academia tradicional. Johny diz que o principal diferencial é o atendimento, pois o auxílio para uma boa técnica é essencial para o desenvolvimento e resultados.

A procura por um serviço que nem sempre é tão acessível pode revelar tanto o interesse pela atividade como manutenção da saúde, quanto como apelo estético. De todo modo, o importante é que o brasileiro está se exercitando mais. O crescimento do ramo das academias, assim como da procura pela atividade de personal trainer mostra que há aí uma área que ainda pode ser muito explorada. O caminho da personalização parece mesmo sem volta. Para os profissionais da área, trata-se de um campo fértil para empreender, mesmo em meio às crises.

Texto de Guilherme Superti Piber, para a disciplina de Jornalismo Especializado, do Curso de Jornalismo da Universidade Franciscana. Produção do 1º semestre de 2019, sob orientação da professora Carla Torres.

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Foto: Beatriz Bessow. LABFEM / UFN

Com o crescente interesse de boa parte da população pela forma física ideal, ou que busca o bem-estar e uma saúde melhor, o mercado fitness no Brasil já movimenta mais de 2 bilhões de dólares por ano. Com novas modalidades neste segmento, academias e personal trainers precisam se reinventar para conquistar um público cada vez mais exigente e com menos tempo para se dedicar aos exercícios físicos.

Uma pesquisa realizada pela Global Report mostra que o Brasil é hoje o segundo país com mais academias no mundo, com cerca de 34 mil, ficando atrás apenas dos Estados Unidos. Essa onda fitness também mostra reflexos e Santa Maria, com um aumento notável no número de locais que oferecem este tipo de serviço. A presença de grandes organizações mundiais no ramo de academias força as empresas menores a buscarem alternativas para chamar atenção de novos praticantes.

Gráfico: criação de Guilherme Superti Piber, com base em dados de ACAD e CONFEF.

Segundo a mesma pesquisa, quase 10 milhões de brasileiros praticam atividades físicas nas academias, garantindo ao país a quarta colocação em número de clientes deste ramo no mundo. Apesar disso, colocando estes números em uma simples conta com a finalidade de mostrar a ocupação média dos estabelecimentos, chegamos ao resultado de 280 praticantes por academia, contra incríveis 1400 praticantes por academia no Reino Unido.

Gráfico: criação de Guilherme Superti Piber, com base em dados de ACAD e CONFEF.

Falando especificamente de nosso estado, o Rio Grande do Sul fica na segunda posição nacional entre estados em relação ao número de academias registradas no Conselho Federal de Educação Física (CONFEF), com um número estimado de 3.700 academias ao final do ano de 2018. Em primeiro lugar está o estado de São Paulo, com cerca de 11.500 e em terceiro o estado do Paraná, com 3.650.

Gráfico: criação de Guilherme Superti Piber, com base em dados de ACAD e CONFEF.

Lucas Machado é proprietário da Core Training, uma academia com foco em treinos funcionais presente na cidade há quatro anos e meio. Segundo ele, os exercícios funcionais visam a realizar atividades que contemplem um grupo maior de músculos, além de deixar o corpo preparado para as atividades do dia a dia. Os treinos desta modalidade utilizam – na maioria das vezes – apenas o peso corporal da pessoa e algum acessório, como corda, bola ou borracha, sem necessitar de um aparelho fixo ou pesado.

No geral, Lucas recomenda este tipo de exercício para qualquer faixa etária, porque com ele “passamos a conhecer melhor o próprio corpo e a musculatura envolvida em cada movimento”. Como diferencial desse segmento, acredita que conta muito o ambiente onde as atividades são realizadas, o não uso de máquinas, além de grupos menores de alunos, com auxílio constante de um profissional.

Lucas Fuchs é formado em educação física e trabalha na área como personal trainer. Ele já trabalhou no Clube Dores e na academia Celera Gym. Além do acompanhamento individual, também realiza consultorias online, colaborando para a boa forma de clientes de fora da cidade. Lucas afirma que a maior parte dos exercícios pensados por ele visam em primeiro lugar à saúde, sendo a estética uma consequência desta rotina de atividades.

Ele afirma que não trabalha com nenhuma modalidade específica, moldando os treinos sempre de acordo com a preferência da pessoa. Deixa claro também que todos os exercícios são benéficos e possuem suas características particulares, mas que tudo depende também da intensidade com que são praticados. Fuchs acredita que, para manter o destaque nesta área, o profissional deve manter seus alunos motivados e com atendimentos além do “cara a cara”, por meio da internet.

O estudante de ciência de computação, Johny Beck, de 26 anos, pratica exercícios físicos há quatro anos e meio, com foco no bem-estar e buscando melhorar a autoestima. Ele conta que já praticou exercícios funcionais durante três meses e que gostou bastante, porém ainda prefere a academia tradicional. Johny diz que o principal diferencial é o atendimento, pois o auxílio para uma boa técnica é essencial para o desenvolvimento e resultados.

A procura por um serviço que nem sempre é tão acessível pode revelar tanto o interesse pela atividade como manutenção da saúde, quanto como apelo estético. De todo modo, o importante é que o brasileiro está se exercitando mais. O crescimento do ramo das academias, assim como da procura pela atividade de personal trainer mostra que há aí uma área que ainda pode ser muito explorada. O caminho da personalização parece mesmo sem volta. Para os profissionais da área, trata-se de um campo fértil para empreender, mesmo em meio às crises.

Texto de Guilherme Superti Piber, para a disciplina de Jornalismo Especializado, do Curso de Jornalismo da Universidade Franciscana. Produção do 1º semestre de 2019, sob orientação da professora Carla Torres.