O ano de 2020 foi uma realidade nova, uma pandemia nunca antes vivida, uma necessidade de afastamento social e novas medidas a serem incorporadas. Aprendemos rápido a usar máscaras, álcool gel, não abraçar mais, não aglomerar. Aprendemos, dentro do possível, para quem tem que trabalhar, a usufruir a casa, a conviver mais intensamente com nossos companheiros, filhos. Enfim, parecia algo que logo passaria.
No entanto 2021 entrou nos mostrando que a vida realmente tinha mudado. Que a luz no final do túnel estava longe. Que tinha muita gente faminta, desempregada, desesperada.
A morte nos rondando por todos os lados. A mídia social avisando a cada dia que alguém perdia uma pessoa próxima….
Respondi uma pesquisa da UFSM sobre o aspecto emocional durante a pandemia, em 3 diferentes momentos. Acho que se fosse responder hoje, seria diferente. Mais triste, mais medrosa, mais desesperançosa.
Muito do que estamos vivendo poderia ter sido evitado, e não é preciso explicitar isso. É preciso SIM justificar para as famílias de mais de 400000 mortos….São perdas irreparáveis.
Ajudar os necessitados, suprir a fome de quem não tem o que comer é algo que tem nos ajudado a seguir em frente e ter esperança em dias melhores.
Por Miriam Seligmam Menezes, médica e profa. voluntária UFSM