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Live sobre a comunicação comunitária discute a experiência da TV OVO

Na noite de ontem, 8 de setembro, às 20h, uma live realizada pela disciplina de Comunicação Comunitária no Instagram do curso de Jornalismo, teve como convidado  o  educador social, Paulo Tavares,  da TV OVO de Santa Maria. Paulo  também coordena, produz e ministra oficinas e cursos de formação na área do audiovisual, e é responsável pela produção e apresentação do podcast Programa Ponto de Cultura.

Num bate papo mediado pela professora Rosana Zucolo, Tavares  falou sobre a gênese da  TV, em 199O, durante sua atuação como diretor de Comunicação do Sindicato dos Bancários de Santa Maria e região, e de como o movimento cineclubista contribuiu para a formação da TV OVO.

A TV OVO, também conhecida como Oficina de Vídeo Oeste, nasceu dentro da realidade dos anos 90 com uma forte influências dos movimentos da Igreja e sindicais.

Tavares fez parte do movimento da juventude da Igreja Católica,  lembrou das discussões sobre as rádios comunitárias e da preocupação dos grupos de jovens que, naquele momento, debatiam sobre o quê as comunidades proporcionavam aos  adolescentes da periferia, que não tinham  acesso aos bens culturais. Começou então com as oficinas.  Em 1º de maio de 1996, houve o primeiro encontro de oficinas, onde se ofereceu uma de teatro, que durou 2 anos, e outra de audiovisual. Os participantes trabalhavam com a operação de câmera e a linguagem visual, e as oficinas ocorriam no salão da Igreja ou na garagem da casa de Tavares. Começavam com a testagem,  gravavam imagens e com entrevistas, depois de dois meses de realização, houve a apresentação para a comunidade que acolheu com muito orgulho a produção dos adolescentes.

O educador social falou também da transformação da TV OVO em Ponto de Cultura, das parcerias com a TV Educativa do RS e, posteriormente, com o Canal Futura, ressaltando o impulso profissionalizante que isto significou para o grupo.

Relatou também os projetos desenvolvidos junto à comunidade e empresariado local como o TV OVO no ônibus e da produção de documentários vinculados ao projeto Por onde passa a memória da cidade. Além de ter participado  da produção, dirigiu dois deles: o documentário sobre os Distritos de Arroio Grande e o de Santa Flora. Foram 9 documentários, que formaram a série que demorou 5 anos para ser finalizada.

Ao ser questionado sobre quem é a TV OVO nos dias atuais, Tavares destacou a importância  da TV para a cidade, uma vez que é uma instituição cultural que atua em três eixos: o da  formação audiovisual, o da preservação da memória e o da circulação das produções audiovisuais por meio do cineclubismo.

Segundo ele, atualmente acontece a formação voltada às escolas municipais e também estaduais, onde se trabalha o NEI e os Olhares da Comunidade (web série) que são desenvolvidas em escolas públicas.

Para o ano que vem, 2022, querem voltar a desenvolver os Olhares da Comunidade nas escolas municipais, pois devido a pandemia não puderam continuar. Ele ressalta que não se trata de uma formação formal, mas sim colaborativa. Logo, não é recomendada para aqueles que querem trabalhar em uma grande emissora, mas para aqueles dispostos a seguir esse caminho do investimento no resgate da memória e da cultura. A TV OVO é uma oportunidade se abre no horizonte.

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Na noite de ontem, 8 de setembro, às 20h, uma live realizada pela disciplina de Comunicação Comunitária no Instagram do curso de Jornalismo, teve como convidado  o  educador social, Paulo Tavares,  da TV OVO de Santa Maria. Paulo  também coordena, produz e ministra oficinas e cursos de formação na área do audiovisual, e é responsável pela produção e apresentação do podcast Programa Ponto de Cultura.

Num bate papo mediado pela professora Rosana Zucolo, Tavares  falou sobre a gênese da  TV, em 199O, durante sua atuação como diretor de Comunicação do Sindicato dos Bancários de Santa Maria e região, e de como o movimento cineclubista contribuiu para a formação da TV OVO.

A TV OVO, também conhecida como Oficina de Vídeo Oeste, nasceu dentro da realidade dos anos 90 com uma forte influências dos movimentos da Igreja e sindicais.

Tavares fez parte do movimento da juventude da Igreja Católica,  lembrou das discussões sobre as rádios comunitárias e da preocupação dos grupos de jovens que, naquele momento, debatiam sobre o quê as comunidades proporcionavam aos  adolescentes da periferia, que não tinham  acesso aos bens culturais. Começou então com as oficinas.  Em 1º de maio de 1996, houve o primeiro encontro de oficinas, onde se ofereceu uma de teatro, que durou 2 anos, e outra de audiovisual. Os participantes trabalhavam com a operação de câmera e a linguagem visual, e as oficinas ocorriam no salão da Igreja ou na garagem da casa de Tavares. Começavam com a testagem,  gravavam imagens e com entrevistas, depois de dois meses de realização, houve a apresentação para a comunidade que acolheu com muito orgulho a produção dos adolescentes.

O educador social falou também da transformação da TV OVO em Ponto de Cultura, das parcerias com a TV Educativa do RS e, posteriormente, com o Canal Futura, ressaltando o impulso profissionalizante que isto significou para o grupo.

Relatou também os projetos desenvolvidos junto à comunidade e empresariado local como o TV OVO no ônibus e da produção de documentários vinculados ao projeto Por onde passa a memória da cidade. Além de ter participado  da produção, dirigiu dois deles: o documentário sobre os Distritos de Arroio Grande e o de Santa Flora. Foram 9 documentários, que formaram a série que demorou 5 anos para ser finalizada.

Ao ser questionado sobre quem é a TV OVO nos dias atuais, Tavares destacou a importância  da TV para a cidade, uma vez que é uma instituição cultural que atua em três eixos: o da  formação audiovisual, o da preservação da memória e o da circulação das produções audiovisuais por meio do cineclubismo.

Segundo ele, atualmente acontece a formação voltada às escolas municipais e também estaduais, onde se trabalha o NEI e os Olhares da Comunidade (web série) que são desenvolvidas em escolas públicas.

Para o ano que vem, 2022, querem voltar a desenvolver os Olhares da Comunidade nas escolas municipais, pois devido a pandemia não puderam continuar. Ele ressalta que não se trata de uma formação formal, mas sim colaborativa. Logo, não é recomendada para aqueles que querem trabalhar em uma grande emissora, mas para aqueles dispostos a seguir esse caminho do investimento no resgate da memória e da cultura. A TV OVO é uma oportunidade se abre no horizonte.