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Embolia Pulmonar: o que é e como evitar

Com recentes casos de embolia pulmonar na cidade, nossa equipe traz hoje uma matéria para entendermos mais sobre esse problema de saúde. A embolia pulmonar (EP) é uma condição grave que surge quando há uma obstrução nas artérias dos pulmões por coágulos formados pelos êmbolos, fazendo com que o oxigênio não consiga chegar nos tecidos da área afetada.

A embolia pulmonar acontece por causa da oclusão da artéria pulmonar ou de seus ramos. Imagem: iStock

O médico Jacques Cassel nos explica quais são as  causas deste estado: imobilidade, cirurgias extensas, obesidade, idade maior de 40 anos, uso de anticoncepcionais com estrogênio, tabagismo, enfisema pulmonar (DPOC) e a falta de mobilidade no pós parto. Em casos raros a trombofilia, embolia gordurosa (causada pela gordura contida nos ossos que são liberadas através de um trauma) e também pode ser causada pelo líquido amniótico que durante o parto pode passar para a circulação da mãe. “Mas a causa mais comum para esta mobilidade são as tromboses em varizes de veias profundas das pernas. Os trombos (coágulos) liberam fragmentos (êmbolos) que sobem até o coração, daí para os pulmões, onde trancam nas artérias pulmonares que é a embolia pulmonar”, afirma ele.

Alguns dos sintomas são dores no peito, dores crescentes , tosse seca ou com sangue , dispneia (falta de ar frequente e dificuldade para respirar), ansiedade por conta da falta de ar, febre, aumento dos batimentos cardíacos, aumento de respiração por minuto e também pode causar cianose(condição caracterizada pela coloração azulada da pele, unhas ou boca). Mas sua prevenção pode ser feita através de fisioterapia quando falamos de imobilidade durante um longo período, para movimentar principalmente as panturrilhas, pois elas fazem o bombeamento do sangue das veias das pernas. Em viagens prolongadas de avião, carro ou ônibus onde ficamos muito tempo sentados o recomendável é caminhar dentro do mesmo durante alguns períodos, fazer movimento das panturrilhas com flexão do pé e extensão do mesmo, evitar tabagismo, evitar excesso de peso, nas cirurgias fazer fisio, cuidar para não ter traumas nas varizes pois favorece a formação de coágulos dentro de uma veia.

Quando perguntado sobre o tratamento ele nos conta que é feito com “oxigênio, por conta do nível baixo de oxigênio no sangue, e com heparina que é anticoagulante e ajuda a evitar a formação de novos coágulos, também desmanchar os coágulos que estão formados, trombolíticos que despacham  os coágulos, na fase aguda. Na sequência quando a pessoa dá alta, tomam anticoagulantes que são comprimidos que evitam a coagulação”.

Para o médico, a covid favorece a coagulação do sangue, então aumentaram muito os casos de embolia durante a doença. “Agora, no pós covid, eles (os médicos) devem analisar as pessoas que não tiveram (embolia) durante, se elas ficaram mais  propensas a ter. No decorrer da doença houve muitos casos de embolia, um notável agravamento”, conclui ele.

A hipercoagulabilidade é um estado bem conhecido em pacientes com COVID-19 e, por consequência, causa a embolia pulmonar. Segundo o estudo Incidência, prognóstico e indicadores laboratoriais de tromboembolismo venoso em pacientes hospitalizados com doença coronavírus 2019: uma revisão sistemática e meta-análise, divulgado no Brasil pelo Observatório de Evidências Científicas Covid-19 (OECC), a incidência geral da EP foi de 17,6%  a 21,7% entre os pacientes graves.

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Com recentes casos de embolia pulmonar na cidade, nossa equipe traz hoje uma matéria para entendermos mais sobre esse problema de saúde. A embolia pulmonar (EP) é uma condição grave que surge quando há uma obstrução nas artérias dos pulmões por coágulos formados pelos êmbolos, fazendo com que o oxigênio não consiga chegar nos tecidos da área afetada.

A embolia pulmonar acontece por causa da oclusão da artéria pulmonar ou de seus ramos. Imagem: iStock

O médico Jacques Cassel nos explica quais são as  causas deste estado: imobilidade, cirurgias extensas, obesidade, idade maior de 40 anos, uso de anticoncepcionais com estrogênio, tabagismo, enfisema pulmonar (DPOC) e a falta de mobilidade no pós parto. Em casos raros a trombofilia, embolia gordurosa (causada pela gordura contida nos ossos que são liberadas através de um trauma) e também pode ser causada pelo líquido amniótico que durante o parto pode passar para a circulação da mãe. “Mas a causa mais comum para esta mobilidade são as tromboses em varizes de veias profundas das pernas. Os trombos (coágulos) liberam fragmentos (êmbolos) que sobem até o coração, daí para os pulmões, onde trancam nas artérias pulmonares que é a embolia pulmonar”, afirma ele.

Alguns dos sintomas são dores no peito, dores crescentes , tosse seca ou com sangue , dispneia (falta de ar frequente e dificuldade para respirar), ansiedade por conta da falta de ar, febre, aumento dos batimentos cardíacos, aumento de respiração por minuto e também pode causar cianose(condição caracterizada pela coloração azulada da pele, unhas ou boca). Mas sua prevenção pode ser feita através de fisioterapia quando falamos de imobilidade durante um longo período, para movimentar principalmente as panturrilhas, pois elas fazem o bombeamento do sangue das veias das pernas. Em viagens prolongadas de avião, carro ou ônibus onde ficamos muito tempo sentados o recomendável é caminhar dentro do mesmo durante alguns períodos, fazer movimento das panturrilhas com flexão do pé e extensão do mesmo, evitar tabagismo, evitar excesso de peso, nas cirurgias fazer fisio, cuidar para não ter traumas nas varizes pois favorece a formação de coágulos dentro de uma veia.

Quando perguntado sobre o tratamento ele nos conta que é feito com “oxigênio, por conta do nível baixo de oxigênio no sangue, e com heparina que é anticoagulante e ajuda a evitar a formação de novos coágulos, também desmanchar os coágulos que estão formados, trombolíticos que despacham  os coágulos, na fase aguda. Na sequência quando a pessoa dá alta, tomam anticoagulantes que são comprimidos que evitam a coagulação”.

Para o médico, a covid favorece a coagulação do sangue, então aumentaram muito os casos de embolia durante a doença. “Agora, no pós covid, eles (os médicos) devem analisar as pessoas que não tiveram (embolia) durante, se elas ficaram mais  propensas a ter. No decorrer da doença houve muitos casos de embolia, um notável agravamento”, conclui ele.

A hipercoagulabilidade é um estado bem conhecido em pacientes com COVID-19 e, por consequência, causa a embolia pulmonar. Segundo o estudo Incidência, prognóstico e indicadores laboratoriais de tromboembolismo venoso em pacientes hospitalizados com doença coronavírus 2019: uma revisão sistemática e meta-análise, divulgado no Brasil pelo Observatório de Evidências Científicas Covid-19 (OECC), a incidência geral da EP foi de 17,6%  a 21,7% entre os pacientes graves.