
Na última quinta-feira, dia 2 de outubro, os estudantes do curso de Jornalismo da Universidade Franciscana (UFN) acompanharam uma palestra on-line com a jornalista Maria Eduarda Panizzi, repórter da TV Papo do Esporte Clube Juventude. Durante o encontro, Panizzi relatou sua trajetória acadêmica e profissional, desde a graduação até a atuação em uma equipe de comunicação esportiva.
A atividade foi organizada pelo Diretório Acadêmico de Jornalismo (DAJOR). Segundo a presidente do diretório, Andressa Rodrigues, a proposta do evento foi trazer a experiência de uma profissional que atua no jornalismo esportivo, área de interesse de muitos alunos do curso.
Durante o encontro, Panizzi relatou sua trajetória pessoal e profissional. Apaixonada por futebol desde a infância, escolheu fazer jornalismo com o objetivo de trabalhar nessa área. Em sua formação, acumulou experiências em diferentes veículos como o portal 90 Minutos, o Grupo RSCOM e o Grupo RBS. Maria destaca a importância dos estágios durante a faculdade: “As aulas são muito importantes e nos dão embasamento, mas viver o jornalismo na prática é indispensável para a formação de um jornalista.”
Em 2023, Panizzi aceitou o convite para integrar a equipe de comunicação do Juventude, decisão que, segundo ela, representou um dilema profissional. “Era uma escolha difícil entre a estabilidade do estágio (no Grupo RBS) e a paixão por atuar diretamente no jornalismo esportivo”, disse.
Atualmente, participa da rotina diária do clube, produzindo conteúdos para redes sociais, transmissões e bastidores, além de acompanhar viagens e competições. Entre as experiências marcantes, destacou coberturas de campeonatos de base e o acesso à Série A do Brasileirão. Panizzi também mostrou parte dos conteúdos produzidos com os jogadores para a TV Papo, destacando a liberdade criativa que recebe do Clube para fazer os conteúdos que ela deseja/acha interessante.
Na palestra, Maria Eduarda também falou sobre os desafios da profissão, especialmente no jornalismo esportivo de clubes, que exige dedicação integral, horários atípicos e resiliência diante das pressões da torcida. Ressaltou ainda as dificuldades enfrentadas por mulheres no futebol, salientando avanços, mas reconhecendo a persistência de obstáculos culturais. Ao final, incentivou os estudantes a buscarem experiências diversas ao longo da formação, incentivando os alunos que desejam seguir o rumo do jornalismo esportivo: “Ser repórter de clube exige entrega, mas proporciona aprendizados únicos e inesquecíveis”.
Para os participantes, o encontro trouxe uma visão prática sobre o mercado de trabalho no jornalismo esportivo. Muitos se sentiram inspirados a prosseguir nesse caminho, com a certeza de que no final, seguir os seus sonhos vale a pena.