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Santa Maria, RS, Brazil

Hoje é o dia dos portadores da notícia

Poucos sabem, mas hoje é comemorado o Dia do Jornaleiro. É claro que os portadores das notícias merecem ter o seu dia. Afinal, a responsabilidade de o jornal impresso estar na sua mão ou no pátio da sua casa cedinho, é toda deles.

“Diário, menina! Diário, senhora! Diário, rapaz!” Quem nunca ouviu essas frases, provavelmente ainda não tenha passado pelo calçadão de Santa Maria durante as manhãs. É assim que o jornaleiro Felipe Gabriel dos Santos, 22, chama seus clientes para oferecer seu jornal. Com um jeito espontâneo e sempre de bom humor, o garoto é conhecido nos arredores de seu ponto de venda e já conquistou vários fregueses com sua simpatia.

“No início eu tinha a maior vergonha, mas aprendi a gostar. Adoro esse contato com as pessoas, e poder entregar a notícia”, conta Felipe, que é o 3º jornaleiro mais antigo de sua equipe.  Há dois anos e meio como jornaleiro, Felipe gosta também do processo de ir atrás de notícias. “Muitas vezes quem passa a notícia para a redação somos nós, que estamos na rua”, comenta. Em virtude desse gosto, o jornaleiro tem planos: pretende ainda cursar faculdade na área de Comunicação Social.

 
“Tem que ter muita força de vontade para estar ali, exposto ao calor, o frio ou à chuva. Não é qualquer pessoa que faria isso”, afirma a vendedora Lisiane Carneiro, que trabalha em uma das lojas próximas ao ponto do jornaleiro. Lisiane compra os jornais todas as manhãs e admira Felipe pelo o humor que sempre o acompanha.

 

Realmente, é preciso ter vontade. Não é em qualquer profissão que se acorda tão cedo para ficar na rua, faça chuva ou faça sol. Marcelo Flores Melo, 21, acorda todos os dias às 5 horas da manhã, para poder chegar às 6h20 em seu ponto de venda. “Algumas pessoas dão importância e reconhecem nosso trabalho, outras nos olham da cabeça aos pés com ar de superioridade”, comenta. Mesmo assim, a venda dos aproximados 50 jornais diários e a recompensa do salário no fim do mês, o alegram. “As amizades que fiz e a necessidade do trabalho para minha independência, me fazem continuar”, ressalta.

Marcelo, além de trabalhar na venda de jornais, alimenta um blog , o “Diário do Jornaleiro”. Além disso, faz cursinho pré-vestibular e pretende cursar Pedagogia ou Comunicação Social – Editorial. Diferente do que muitos pensam: planos e projetos para o futuro rodeiam os pensamentos deles, que vão em busca da concretização de sonhos.

Pela importância em permitir a chegada da informação, pela coragem de um trabalho nem tão bem valorizado e pouco notado, jornaleiros merecem seu dia. Afinal, de nada adianta tantas notícias sem que elas cheguem fresquinhas às nossas mãos.

 

Fotos: Gabriela Perufo  (Laboratório de Fotografia e Memória)

(Marcelo preferiu não ser fotografado)

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Poucos sabem, mas hoje é comemorado o Dia do Jornaleiro. É claro que os portadores das notícias merecem ter o seu dia. Afinal, a responsabilidade de o jornal impresso estar na sua mão ou no pátio da sua casa cedinho, é toda deles.

“Diário, menina! Diário, senhora! Diário, rapaz!” Quem nunca ouviu essas frases, provavelmente ainda não tenha passado pelo calçadão de Santa Maria durante as manhãs. É assim que o jornaleiro Felipe Gabriel dos Santos, 22, chama seus clientes para oferecer seu jornal. Com um jeito espontâneo e sempre de bom humor, o garoto é conhecido nos arredores de seu ponto de venda e já conquistou vários fregueses com sua simpatia.

“No início eu tinha a maior vergonha, mas aprendi a gostar. Adoro esse contato com as pessoas, e poder entregar a notícia”, conta Felipe, que é o 3º jornaleiro mais antigo de sua equipe.  Há dois anos e meio como jornaleiro, Felipe gosta também do processo de ir atrás de notícias. “Muitas vezes quem passa a notícia para a redação somos nós, que estamos na rua”, comenta. Em virtude desse gosto, o jornaleiro tem planos: pretende ainda cursar faculdade na área de Comunicação Social.

 
“Tem que ter muita força de vontade para estar ali, exposto ao calor, o frio ou à chuva. Não é qualquer pessoa que faria isso”, afirma a vendedora Lisiane Carneiro, que trabalha em uma das lojas próximas ao ponto do jornaleiro. Lisiane compra os jornais todas as manhãs e admira Felipe pelo o humor que sempre o acompanha.

 

Realmente, é preciso ter vontade. Não é em qualquer profissão que se acorda tão cedo para ficar na rua, faça chuva ou faça sol. Marcelo Flores Melo, 21, acorda todos os dias às 5 horas da manhã, para poder chegar às 6h20 em seu ponto de venda. “Algumas pessoas dão importância e reconhecem nosso trabalho, outras nos olham da cabeça aos pés com ar de superioridade”, comenta. Mesmo assim, a venda dos aproximados 50 jornais diários e a recompensa do salário no fim do mês, o alegram. “As amizades que fiz e a necessidade do trabalho para minha independência, me fazem continuar”, ressalta.

Marcelo, além de trabalhar na venda de jornais, alimenta um blog , o “Diário do Jornaleiro”. Além disso, faz cursinho pré-vestibular e pretende cursar Pedagogia ou Comunicação Social – Editorial. Diferente do que muitos pensam: planos e projetos para o futuro rodeiam os pensamentos deles, que vão em busca da concretização de sonhos.

Pela importância em permitir a chegada da informação, pela coragem de um trabalho nem tão bem valorizado e pouco notado, jornaleiros merecem seu dia. Afinal, de nada adianta tantas notícias sem que elas cheguem fresquinhas às nossas mãos.

 

Fotos: Gabriela Perufo  (Laboratório de Fotografia e Memória)

(Marcelo preferiu não ser fotografado)