A primeira audiência pública no Estado sobre problemas do
uso do crack promovida pela Comissão de Servicos Públicos da Assembleia Legislativa, ocorreu nesta sexta-feira à tarde, no Salão de Atos do
conjunto III da Unifra.
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A proposta de realizar audiências por diversas cidades
do interior do Rio Grande do Sul foi do deputado Fabiano Pereira, que preside a Comissão e Santa Maria
foi escolhida a primeira cidade para realizar o encontro já que o deputado é santa-mariense.
Fabiano liderou a abertura do evento que contava com diversas autoridades municipais e a reitora da Unifra, Iraní Rupolo, também estava presente.
Segundo o delegado da policia federal, Getúlio de Vargas, o
crack é uma praga na sociedade. O delegado da policia civil Vladimir Urach
contou que a primeira apreensão de crack na cidade ocorreu em
2005. “Em 2005 apreendemos 60g de
crack, em 2007 1kg, em 2008 5kg,
em 2009 10kg e em 2010 reduziu para 1kg, mas a cocaína tem sido muito
traficada, já apreendemos 9kg ou 10kg esse ano”, informou o delegado. Segundo Urach está havendo apreensões e repressões, mas a educação é mais importante,
pois previne.
A principal intenção do deputado Fabiano em realizar esses
comitês municipais é criar um espírito de união para solucionar este problema
tão grave. “Queremos encontrar mecanismos de combate como projetos sociais,
cursos profissionalizantes e dialogarmos sobre os resultados, a situação e necessidade da cidade em prevenir e reprimir a droga ”, explica o deputado.
Na opinião da vereadora Maria de Lurdes, o legislativo deve
atuar junto com o executivo trazendo medidas mais eficazes que não se prendem só ao número de leitos nos hospitais.
No encontro também foram levantados pontos como o problema penitenciário, pois os presos estão conseguindo ter acesso à droga e a necessidade de
repressão a outras drogas, já que
o álcool foi considerado umas das principais portas de entrada para o crack.
“Foi feita uma pesquisa que mostrou que 95% dos usuários de crack começaram com
o álcool”, diz o major Flávio da Costa representante da Brigada Militar.
Embora Fabiano Pereira acredite que o crack não é só um
problema do Estado e sim de toda a sociedade, ele enfatiza que o Estado não pode
ser indulgente. “Se é uma epidemia tem que ser tratada como tal, e o cidadão
pode cobrar do Poder Público”, diz.
Outras audiências vão ocorrer até o final do ano pelo
interior do Estado, contudo a Comissão ainda não votou a data nem cidade da próxima audiência pública.
Fotos: Halisson Muniz (Laboratório de Fotografia e Memória)