Na noite de hoje, dia 16, no Salão de Atos do Campus II da Unifra, foi lançada a 14ª edição do Relatório Azul, editado pela Comissão de Cidadania e Direitos Humanos da Assembléia Legislativa do Rio Grande do Sul.
O Relatório Azul é um documento voltado aos direitos humanos e traz a síntese dos temas que mais afetam a questão da cidadania no Estado. Dividido em três partes, ele apresenta o debate sobre os direitos humanos com artigos e depoimentos que abrangem a ampla gama das questões de cidadania, os casos de violação envolvendo pessoas ou grupos sociais marcados pela exclusão e atendidos pela Comissão no Legislativo Estadual, os relatórios das atividades desenvolvidas durante o ano pela CCDH.
Em parceria com o curso de Direito da Unifra, o relatório foi apresentado pela coordenadora da Assessoria da CCDH, Patrícia Lucy Machado Couto, e pelo assessor técnico Célio Golin.
Para Patrícia Couto, a importância da publicação anual do Relatório permite ter presente o panorama dos Direitos Humanos no RS, sensibilizando para a solução de questões cruciais à sociedade gaúcha.
Célio Golin, também militante do Nuances – grupo pela livre expressão sexual-, se deteve na questão do trabalho da Comissão no tocante à discriminação das diferentes manifestações da sexualidade enquanto coisa pública. “Por que alguns estão mais à margem que outros?”, questiona Golin quando ressalta os direitos de igualdade sobre a situação de gays, lésbicas, transexuais e afins. “As pessoas usavam sua sexualidade de forma clandestina, há 40 anos atrás. As paradas gays no Brasil estão crescendo a cada ano, e hoje se observa que o assunto está em locais públicos, como novelas e filmes.”
Segundo o palestrante esse é um assunto que traz mobilização de massa e que dá um novo caráter à visibilidade. “Hoje o debate é: onde entra o direito?” afirma ele.
Fotos: Carlos Coletto (Laboratório de Fotografia e Memória)