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Santa Maria, RS, Brazil

Doc Frequências do Interior será exibido na Mostra Sesc de Cinema

Divulgação: TV OVO. Foto: Paulo Tavares

O documentário Frequências do Interior foi selecionado na Mostra de Cinema – Etapa Estadual e será exibido nesta sexta-feira, 09/06, às 19h, em Porto Alegre.

A mostra iniciou na última segunda, 05 de junho e segue até sexta, na Sala Redenção, Cinema Universitário, Avenida Paulo Gama, 110. São 19 filmes gaúchos: 2 longas e 17 curtas, compreendendo animação, ficção e documentário. A mostra tem premiação para um contrato de licenciamento para exibição pública, além de certificar destaques em categorias como roteiro, filme, direção de fotografia, desenho de som, montagem, direção de arte, entre outros.

Na sexta, além do Frequências do Interior, serão exibidos os filmes às Margens, Domésticas, Diários Daltônicos e  Piska. Após a sessão terá bate-papo com os diretores Felipe Diniz (Domésticas), Neli Mombelli (Frequências do interior) e Nelson Brauwers (Piska).

Neli Mombelli, jornalista, professora universitária e diretora do Frequências do Interior. Foto: arquivo

Conforme Neli Mombelli, professora do Centro Universitário Franciscano , integrante da TV OVO e diretora do documentário Frequências do Interior, o filme foi produzido em 2015, e já foi exibido e no Cine Serra- festival que acontece em Caxias do Sul-, foi para o Tlanchana Fest, Festival de Cine y Arte Digital em Metepec, no México,  e ficou um ano sendo exibido na TVE . Agora foi selecionado para Mostra Sesc Estadual.

“O legal dele estar inserido nessa Mostra é por ser uma produção do interior que teve reconhecimento e, como eu sou a diretoria, também tem uma questão de gênero que está presente, porque a maioria das produções tem direção masculina”, relata a diretora.

Apesar do documentário ser produzido pela TV OVO que é de Santa Maria, a história contada é do norte do Estado. Neli considera muito importante fazer com que essas histórias, que não são tão comuns, circulem pelo estado. Ela explica que é um documentário bem carregado de sotaques e são histórias muito relacionadas com o rádio. “Ele trabalha com a função social que o rádio exerce nesses lugares que são o interior do interior. Também fala da relação do rádio enquanto companhia, porque aborda a questão da solidão e de como o rádio se torna essa companhia para além de uma fonte de informação”.

A diretora afirma que as expectativas para amanhã são as melhores. “Irei debater junto com os outros diretores. Será muito enriquecedor poder fazer estas trocas de ideias. Não conheço as outras produções, mas imagino que são bem distintas e falarão sobre personagens de modo de vida diferentes”, diz.

Sobre os esforços e as dificuldades de produzir um documentário, Neli comenta que o documentário é o filme mais barato de produzir em termos de tecnologia e equipamento, mas exige muita resistência, seja pela forma de produzir, pelas temáticas que aborda e porque não é uma produção que dá dinheiro. Ela salienta que há dificuldades, em especial, orçamentárias, porque não se encontram pessoas dispostas a patrocinar documentários. Os recursos vêm de leis de incentivo a cultura, de editais e prêmios. “Não há muito incentivo para a produção de documentários, deveria se ter muito mais porque documentário é uma forma de registrar culturas, identidades dos lugares e mostrar os pedacinhos da complexidade que é formada esta nossa sociedade”, conclui.

Frequências do Interior – Trailer

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Divulgação: TV OVO. Foto: Paulo Tavares

O documentário Frequências do Interior foi selecionado na Mostra de Cinema – Etapa Estadual e será exibido nesta sexta-feira, 09/06, às 19h, em Porto Alegre.

A mostra iniciou na última segunda, 05 de junho e segue até sexta, na Sala Redenção, Cinema Universitário, Avenida Paulo Gama, 110. São 19 filmes gaúchos: 2 longas e 17 curtas, compreendendo animação, ficção e documentário. A mostra tem premiação para um contrato de licenciamento para exibição pública, além de certificar destaques em categorias como roteiro, filme, direção de fotografia, desenho de som, montagem, direção de arte, entre outros.

Na sexta, além do Frequências do Interior, serão exibidos os filmes às Margens, Domésticas, Diários Daltônicos e  Piska. Após a sessão terá bate-papo com os diretores Felipe Diniz (Domésticas), Neli Mombelli (Frequências do interior) e Nelson Brauwers (Piska).

Neli Mombelli, jornalista, professora universitária e diretora do Frequências do Interior. Foto: arquivo

Conforme Neli Mombelli, professora do Centro Universitário Franciscano , integrante da TV OVO e diretora do documentário Frequências do Interior, o filme foi produzido em 2015, e já foi exibido e no Cine Serra- festival que acontece em Caxias do Sul-, foi para o Tlanchana Fest, Festival de Cine y Arte Digital em Metepec, no México,  e ficou um ano sendo exibido na TVE . Agora foi selecionado para Mostra Sesc Estadual.

“O legal dele estar inserido nessa Mostra é por ser uma produção do interior que teve reconhecimento e, como eu sou a diretoria, também tem uma questão de gênero que está presente, porque a maioria das produções tem direção masculina”, relata a diretora.

Apesar do documentário ser produzido pela TV OVO que é de Santa Maria, a história contada é do norte do Estado. Neli considera muito importante fazer com que essas histórias, que não são tão comuns, circulem pelo estado. Ela explica que é um documentário bem carregado de sotaques e são histórias muito relacionadas com o rádio. “Ele trabalha com a função social que o rádio exerce nesses lugares que são o interior do interior. Também fala da relação do rádio enquanto companhia, porque aborda a questão da solidão e de como o rádio se torna essa companhia para além de uma fonte de informação”.

A diretora afirma que as expectativas para amanhã são as melhores. “Irei debater junto com os outros diretores. Será muito enriquecedor poder fazer estas trocas de ideias. Não conheço as outras produções, mas imagino que são bem distintas e falarão sobre personagens de modo de vida diferentes”, diz.

Sobre os esforços e as dificuldades de produzir um documentário, Neli comenta que o documentário é o filme mais barato de produzir em termos de tecnologia e equipamento, mas exige muita resistência, seja pela forma de produzir, pelas temáticas que aborda e porque não é uma produção que dá dinheiro. Ela salienta que há dificuldades, em especial, orçamentárias, porque não se encontram pessoas dispostas a patrocinar documentários. Os recursos vêm de leis de incentivo a cultura, de editais e prêmios. “Não há muito incentivo para a produção de documentários, deveria se ter muito mais porque documentário é uma forma de registrar culturas, identidades dos lugares e mostrar os pedacinhos da complexidade que é formada esta nossa sociedade”, conclui.

Frequências do Interior – Trailer