Eles passaram pelo curso de Jornalismo da Unifra. Hoje estão no mercado de trabalho. São jornalistas, assessores, professores, pesquisadores, consultores. Atuam com a comunicação em diferentes partes do país e do mundo, e agora retornam em depoimentos sobre os 10 anos do curso.
Todos muito bem-vindos!
Já se foram dez anos?
Entrei para a academia de jornalismo pelo fato que eu era pressionado pelos meus pais a estudar. Como era atleta profissional de futebol, e toda minha vida joguei tênis em alto rendimento, decidi que iria fazer jornalismo para ser comentarista esportivo. Sempre acompanhei os programas esportivos de radiojornalismo e telejornalismo. Então pensei: vou fazer isso, tenho conhecimento nos esportes e gosto de me comunicar. Bingo!
Antes de ingressar como aluno especial no curso da Unifra, cheguei a completar três semestres de Ciências Contábeis, também na instituição, pelo simples fato de ter que estudar e porque o curso era fácil de entrar (eu odiava estudar).
Era tudo novo, o curso era novo, os colegas eram novos, mas o meu desejo de virar um jornalista (esportivo) também era novo. Devido a essa vontade, iniciei uma trajetória nos veículos de comunicação da cidade. Como éramos cobaia do curso (primeira turma) a estrutura era precária, não tínhamos laboratório de rádio e TV, por exemplo. Tínhamos professores recém-formados, que nunca tinham tido experiência com o mercado de trabalho, apenas com livros e títulos, o que é importante mas deixa lacuna, pois a maioria dos acadêmicos queria trabalhar na rua, na mídia, poucos
buscavam a pesquisa.
E acho que esse foi o diferencial da nossa turma, uma turma guerreira, que enfrentou muitas adversidades durante os primeiros anos. De tanto reclamarmos, houve mudanças e isto foi fundamental. Remanejamento e inclusão de novos professores, começo da criação de alguns laboratórios, projetos externos e muito trabalho dos alunos em seus estágios propiciaram à primeira turma de jornalismo da Unifra um crescimento e já um reconhecimento dos profissionais da mídia santa-mariense.
Depois de dez anos de abertura do curso posso dizer que tive bons professores, grandes amigos e fantásticos colegas que, de certa forma, colaboraram para minha evolução profissional. Aí em Santa Maria fiz de tudo e um pouco. Comecei fazendo fotografia e jornalismo online no extinto site Arrego, depois passei a ser repórter e âncora de rádio (Guarathan, Santamariense, Caraí, Atlântida e algumas aparições na Rádio universidade, através do mestre Gilson Piber).
Também fui assessor de imprensa do Inter-SM, da tenista Bruna Martins, e do medalista olímpico Vinícius Munhoz até me formar e ir embora para Nova Iorque, estudar inglês e trabalhar no subemprego americano. Na minha volta ao Brasil retornei à Rádio Atlântida onde permaneci por três meses e resolvi ir para Porto Alegre buscar uma vaga ao sol no jornalismo esportivo. Depois de alguns freelas na Rádio Gaúcha, assumi a editoria de esportes olímpicos e amadores no portal Final Sports, conceituado site de informações esportivas do RS.
Acabei descobrindo dois grandes furos envolvendo a Caixa Econômica Federal e a Secretaria do Esporte e Lazer do Rio Grande do Sul – Fundergs. Eles desviaram verba na construção de um centro de treinamentos de POA e não repassavam os dinheiro destinado as federações gaúchas. Meu chefe mandou publicar, porém, no outro dia me chamaram e me demitiram, ou seja, me calaram. A partir disso perdi um pouco a crença sobre o jornalismo diário da mídia e tive uma ideia: vou virar freelancer e prestar serviço para mídias e empresas.
Há três anos vivo desta forma, além de ganhar mais, trabalhar menos e não ter que aguentar editores preocupados mais com o departamento comercial do que com o editorial. Abri uma empresa de Comunicação e Marketing Digital em Balneário Camboriú. Somos em três jornalistas, mais um núcleo web (nosso parceiro), prestando serviço para mídia (matérias multimídias e consultoria em webjornalismo) e empresas (assessoria de imprensa e administração de redes sociais). O núcleo web cuida das ferramentas digitais e da comunicação visual. Também sou comentarista esportivo em uma TV em Itajaí.
Portanto, tudo que eu aprendi na faculdade, nos estágios e nos trabalhos, está inserido na prestação de serviço da Energy Comunicação –www.energycomunicacao.com.br.
Isso devo ao curso e a minha turma que de certa forma me fez buscar um diferencial durante os quatro anos de academia: aprender dentro, mas principalmente, colocar em prática os ensinamentos didáticos dos professores da Unifra. Vida longa a vocês, meus queridos. Quero daqui a dez anos, poder fazer outro texto sobre o curso, e mostrar um pouco mais da minha evolução profissional. Afinal, “o tempo não pára!”, já diria o mestre Cazuza.
Deivid Couto, jornalista e empresário da Energy Comunicação
+55 (47) 8495 0005