O bullying é um problema de saúde pública e precisa ser enfrentado. No dia 28 de setembro, um estudante, de 15 anos, vítima de agressões de colegas entrou em sala de aula e atirou contra os estudantes. O caso ocorreu na cidade de Medianeira no Paraná. Dois jovens ficaram feridos. Tanto a vítima, quanto o agressor precisam de tratamento. Atualmente se fala muito na atenção as vítimas do bullying, mas a psicóloga Fabrine Flôres também defende o tratamento do agressor.
Ela apresentou no XXII Simpósio de Ensino, Pesquisa e Extensão – SEPE, a utilização do cavalo como terapia para os agressores. Conforme a profissional, o bullying é um tipo de violência mais frequente no meio escolar, principalmente no ensino médio. Para Fabrine, o cavalo pode ajudar muito os jovens com a equoterapia. Ela afirma que em determinas situações os jovens agressores não têm bons exemplos em casa.
“Todos os envolvidos sofrem, entre eles o próprio agressor. Muitas vezes, o ambiente familiar dele é agressivo. A proposta deste método é reabilitar o emocional do jovem. O agressor geralmente tem dificuldades de diálogo com seus pais e não tem o reconhecimento positivo da família”, detalha.
Para a mestranda em psicologia pela Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), o cavalo, por ser um animal dócil e afetivo, ajuda neste processo de recuperação do adolescente para entender suas fraquezas. “O movimento do animal age no sistema nervoso central e trás benefícios afetivos e emocionais”, completa.
Além da montaria, existe o trabalho de escovação, cuidado e encilhamento. No tratamento, o jovem expressa suas problemáticas e realiza um enfrentamento de emoções.