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Santa Maria, RS, Brazil

Santa Maria em alerta: aumenta o efetivo policial nas ruas

Furto e Roubo aumentaram cerca de 25% nos últimos 5 anos. Fonte: Brigada Militar

 

Você já deve ter percebido o aumento considerável de policiais nas principais ruas de Santa Maria (RS). A falta de segurança é a principal preocupação entre as pessoas que moram na cidade. Uma pesquisa sobre os principais medos e sobre a qualidade de vida, feita em 2017, mostra que a maioria das pessoas, independentemente da idade, tem receio de assalto, roubo e da violência em geral.

Os casos acontecem em casa, na rua e até dentro de escolas e universidades. Não é restrito a horários ou locais específicos. Há inúmeros casos de jovens que são abordados na saída das instituições. “Tem que ser revista a nossa segurança, ter mais policiais, iluminação nas ruas. Sou completamente a favor”, argumenta a acadêmica de enfermagem, Anelise Silva.

Não é difícil encontrar alguém com uma história de violência. Um homem conta que foi atacado por dois bandidos quando ia para o trabalho, às 7 de manhã. “Fiquei com muito medo, sigo com medo e tenho receio de ser assaltado novamente. E se da próxima vez acontecer alguma coisa comigo, como ficam meus filhos? “, desabafa.

Números da insegurança

Conforme dados disponibilizados no site da Secretaria de Segurança Pública do Rio Grande do Sul, furtos e roubos são os casos mais frequentes. Em 2014, foram contabilizados 3.582 casos de furto em toda cidade, contudo, esse número aumentou gradativamente nos últimos anos conforme o último levantamento de dados em 2018, chegando a 4.701 ocorrências.

Fonte: Secretaria de Segurança Pública do Rio Grande do Sul

Em comparação com municípios maiores do estado, essa marca é ainda mais preocupante. Cidades como Caxias do Sul ou Novo Hamburgo têm números próximos ou até mesmo iguais aos índices citados.

Outro crime que teve um aumento significativo é o homicídio doloso – quando a pessoa tem intenção de matar. Em apenas cinco anos, passou-se de 42 para 58 casos, o que representa um aumento de 28% e preocupa os órgãos de segurança de Santa Maria.

Diante desse cenário de alerta, a Brigada Militar aumentou o efetivo nas ruas em pontos estratégicos. Praças, ruas movimentadas e horários alternativos estão entre os focos das ações tomadas, como reforça o policial Antônio Dias*. “A onda de criminalidade é grande. Com isso foi necessário aumentar o número de policiais nas ruas da cidade, principalmente em pontos onde a luminosidade é fraca à noite e não tem movimento. Sem contar o patrulhamento nas ruas que, estrategicamente, foi reforçado”.

Foto: Daniel Lima

Em contato, a Secretaria de Segurança do Município não quis se pronunciar de modo oficial sobre os dados estatísticos, apenas destacou o aumento do efetivo policial nas ruas com mais ocorrências, na tentativa de redução dos atuais índices.

 

*Nome fictício para preservar a identidade da fonte.

Texto produzido por Daniel Lima para a disciplina de Jornalismo Investigativo, do Curso de Jornalismo da Universidade Franciscana, durante o 1º semestre de 2019. Orientação: professora Carla Torres.

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Furto e Roubo aumentaram cerca de 25% nos últimos 5 anos. Fonte: Brigada Militar

 

Você já deve ter percebido o aumento considerável de policiais nas principais ruas de Santa Maria (RS). A falta de segurança é a principal preocupação entre as pessoas que moram na cidade. Uma pesquisa sobre os principais medos e sobre a qualidade de vida, feita em 2017, mostra que a maioria das pessoas, independentemente da idade, tem receio de assalto, roubo e da violência em geral.

Os casos acontecem em casa, na rua e até dentro de escolas e universidades. Não é restrito a horários ou locais específicos. Há inúmeros casos de jovens que são abordados na saída das instituições. “Tem que ser revista a nossa segurança, ter mais policiais, iluminação nas ruas. Sou completamente a favor”, argumenta a acadêmica de enfermagem, Anelise Silva.

Não é difícil encontrar alguém com uma história de violência. Um homem conta que foi atacado por dois bandidos quando ia para o trabalho, às 7 de manhã. “Fiquei com muito medo, sigo com medo e tenho receio de ser assaltado novamente. E se da próxima vez acontecer alguma coisa comigo, como ficam meus filhos? “, desabafa.

Números da insegurança

Conforme dados disponibilizados no site da Secretaria de Segurança Pública do Rio Grande do Sul, furtos e roubos são os casos mais frequentes. Em 2014, foram contabilizados 3.582 casos de furto em toda cidade, contudo, esse número aumentou gradativamente nos últimos anos conforme o último levantamento de dados em 2018, chegando a 4.701 ocorrências.

Fonte: Secretaria de Segurança Pública do Rio Grande do Sul

Em comparação com municípios maiores do estado, essa marca é ainda mais preocupante. Cidades como Caxias do Sul ou Novo Hamburgo têm números próximos ou até mesmo iguais aos índices citados.

Outro crime que teve um aumento significativo é o homicídio doloso – quando a pessoa tem intenção de matar. Em apenas cinco anos, passou-se de 42 para 58 casos, o que representa um aumento de 28% e preocupa os órgãos de segurança de Santa Maria.

Diante desse cenário de alerta, a Brigada Militar aumentou o efetivo nas ruas em pontos estratégicos. Praças, ruas movimentadas e horários alternativos estão entre os focos das ações tomadas, como reforça o policial Antônio Dias*. “A onda de criminalidade é grande. Com isso foi necessário aumentar o número de policiais nas ruas da cidade, principalmente em pontos onde a luminosidade é fraca à noite e não tem movimento. Sem contar o patrulhamento nas ruas que, estrategicamente, foi reforçado”.

Foto: Daniel Lima

Em contato, a Secretaria de Segurança do Município não quis se pronunciar de modo oficial sobre os dados estatísticos, apenas destacou o aumento do efetivo policial nas ruas com mais ocorrências, na tentativa de redução dos atuais índices.

 

*Nome fictício para preservar a identidade da fonte.

Texto produzido por Daniel Lima para a disciplina de Jornalismo Investigativo, do Curso de Jornalismo da Universidade Franciscana, durante o 1º semestre de 2019. Orientação: professora Carla Torres.