Existem muitos tipos de danças e cada um tem uma finalidade ao praticá-la. Saúde, concentração, uma carreira… Teatral, em dupla, sozinho, para uma grande plateia, em grupo, com um sentido maior ou apenas para se divertir. Geralmente, quem dança busca felicidade na prática.
A formanda em Arquitetura e Urbanismo Emanuelle Maciel, 23 anos, nasceu em Santa Maria. Ela dança balé clássico desde os 6 anos e hoje nos conta um pouco sobre o significado da dança em sua vida.
Para Emanuelle, ser dançarina é…
Força
É perceptível que, por trás da leveza dos passos, sempre há uma força física proporcional à força emocional. Desafiar os próprios limites, enfrentar a ansiedade e esquecer as dores são eventos rotineiros para um bailarino.
Perseverança
Acredito que vivemos num país onde a dança não é tão valorizada quanto deveria ser. Tudo se torna muito caro, desde a elaboração de figurinos e de cenários a aluguéis de espaços. Muitas vezes, isso torna a permanência numa escola privada difícil. Assim como eu, muitas colegas trabalham, estudam e precisam de muita perseverança para encaixar as aulas às rotinas diárias.
Terapia
A dança tem o poder da cura. Tive problemas físicos e psicológicos totalmente curados com a prática, sem medicamentos. É muito prazeroso trabalhar o nosso próprio corpo. Dedicarmos algumas horas semanais para algo em benefício de nós mesmos é gratificante.
Aprendizagem
Como tudo na vida, na dança também sempre há o que aprender. Quanto maior a dedicação, maior o aprendizado. Esse, compete tanto à parte teórica e prática da dança, quanto ao convívio social do grupo inserido e das regras de postura e disciplina exigidas.
Autoconhecimento
Para mim, a forma mais clara de compreender meu corpo e mente é dançando. Sei cada centímetro que minha perna ergue a mais, cada segundo que meu joelho aguenta em equilíbrio, conheço todos os meus rituais inconscientes antes de um campeonato ou espetáculo e todas as minhas técnicas para inibir a ansiedade quando estou dançando.
Ninguém é apenas o nome, idade, formação, profissão ou naturalidade. Somos um conjunto de infinidades. Entre tudo o que te identifica, qual é a sua parte favorita? Você também pode fazer parte deste projeto ou indicar alguém que é excelente numa área bem diferente da formação ou profissão, um especialista (ou quase) pela vivência.
A acadêmica de Jornalismo Gabriele Bordin desenvolveu o Projeto Experimental em Jornalismo, no curso de Jornalismo da UFN, durante o primeiro semestre de 2020. O projeto foi orientado pela professora Glaíse Palma e teve uma história por semana publicada neste espaço.
Leia as matérias do projeto Lado B: