A greve do funcionalismo público, que já dura quase dois meses, paralisou hoje a cidade de Hannover, na Alemanha. Todos os grandes hospitais universitários do país pararam, mantendo apenas o serviço de emergência para atender os casos mais graves.
Cerca de 12 mil funcionários públicos ligados à rede de saúde alemã fizeram protesto hoje em Hannover. Ônibus e trens chegaram de 11 dos 16 Estados alemães alertando a população e convocando para negociações o ministro das Finanças do Estado de Niedersachsen, Hartmut Möllring, também representante do TdL(Tarifgemeinschaft der Länder)- comissão tarifária dos Estados -, órgão responsável pelas negociações entre governo e o Ver.di(Vereinte Dienstleistungsgewerkschaft)- Sindicato dos Funcionários Públicos alemães.
O dia de protesto teve início com uma caminhada sob o barulho de apitos através da cidade até a praça em frente à Ópera, onde havia um grande palanque montado. A banda de rock alemã “Die Ärzte” – "Os médicos", em português – abriu e fechou o dia dos grevistas em apoio à greve.
Representantes do Ver.di discursaram, criticando a política de negociação de Möllring e incentivando a continuação da greve. A reivindicação principal do sindicato é a volta dos antigos contratos salariais para todos os funcionários, o que significa, menos horas de trabalho, salários de férias e de Natal. Os funcionários contratados nos últimos dois anos não recebem mais estes benefícios, e o aumento da jornada de trabalho tem gerado o aumento de demissões no setor.