A Federação Nacional do Jornalista (Fenaj) publicou na última semana, os resultados da pesquisa sobre o “Perfil profissional do Jornalista Brasileiro”, com a participação de 2.731 jornalistas de todo o país e de profissionais que trabalham no exterior.
A pesquisa foi desenvolvida pelo Núcleo de Estudos sobre Transformações no Mundo do Trabalho da Universidade Federal de Santa Catarina (TMT/UFSC) em parceria com o Fórum Nacional de Professores de Jornalismo (FNPJ) e da Associação Brasileira de Pesquisadores do Jornalismo (SBPjor).
Iniciada em setembro e com duração de dois meses, a investigação visava compreender a distribuição territorial dos jornalistas por estado de federação, identificar a distribuição por função na profissão, formular hipóteses derivadas dessa comparação para alimentar uma segunda etapa destinada a traçar o perfil da categoria. A análise baseada em um questionário que poderia ser respondido pela internet, subdividiu os participantes em três categorias para aprofundar o estudo: 55% que trabalham em mídia, 40% que trabalham em assessoria ou outras atividades jornalísticas e 5% de professores.
Os dados da pesquisa demonstram que e 59,9% ganham até cinco salários mínimos e 98% tem formação superior, dentre esses 91% em jornalismo. Do total de jornalistas pesquisados 50% trabalham mais de oito horas por dia e 27% tem mais de um emprego.
Os resultados obtidos evidenciam que 64% dos profissionais são mulheres, brancas, solteiras e com até 30 anos de idade, mas que apesar de ser maioria dentro da categoria, elas ganham menos do que os homens no mesmo cargo. E que os cargos de chefia ainda são dominados pelo sexo masculino.
A pesquisa apontou também que 60% da categoria hoje tem entre 18 e 30 anos, decorrente da oferta de cursos no país que já chegam a 316, dos quais 180 criados do ano 2001 em diante. Em consequência disto somam 145 mil jornalistas no Brasil, 92,5 mil só entre o ano de 2000 a 2011. O Rio Grande do Sul já conta com 8.293 jornalistas, 13% de todo o Brasil.