Santa Maria, RS (ver mais >>)

Santa Maria, RS, Brazil

O clima das vendas no comércio informal

 

 

Luvas, mantas, meias, chapéus e toucas de lã e guarda-chuvas são artigos que passam a ser oferecidos pelo mercado informal no inverno. Quem pode oferecer outros produtos além dos CDs e DVDs tem venda garantida.

As mercadorias são definidas com o período. Mais da metade dos produtos podem mudar, conforme o vendedor Jessé Chagas Pedrozo. Nessa semana, por exemplo, com o Dia dos Namorados, vende flores, além dos CDs e artigos de lã. Já o vendedor Jonas Andrade muda tudo. No verão faz tatuagens de henna e no inverno vende acessórios que protegem do frio.

O pior do inverno é a chuva, segundo a vendedora de CDs e DVDs Lucimara Pereira Ribeiro. Poucas pessoas saem às ruas e há risco de estragar os produtos. Segundo os vendedores, em torno de 70% dos compradores só leva algum produto para casa por passar na frente das bancas. Para o vendedor Ariovaldo Oliveira, a própria profissão já é insegura, o clima prejudica ainda mais. Ele espera melhorias com a construção do shopping popular.

Mas a chuva não é ruim para todos. Para o vendedor Flávio, que não quis revelar o sobrenome, dias chuvosos dão lucro com a venda de guarda-chuvas. Rodrigo Carvalho também explica que a pouca venda dos outros produtos é compensada com a venda dos guarda-chuvas e capas.

 Maria Fátima Gomide, que produz as mercadorias que vende, diz que no início do inverno se vende mais. Na primavera, quando o clima é indeciso, é mais complicado de vender. No verão vende vestidos e blusas e no inverno faz mantas, sapatinhos para bebê, meias e toucas de lã.

Para o Poeta, que vende seus produtos na rua Acampamento, a culpa não é do tempo: “Só ocupo lugar no espaço, o que passa por perto não me prejudica, o grande pensamento é vender”.

A tranqüilidade de se vender no inverno é o que mais agrada a Luiza Halm de Fraga. Isso porque os adereços que aquecem vêm de São Paulo e têm nota fiscal, diferente dos outros períodos em que as mercadorias são trazidas do Paraguai. "No inverno também as pessoas ficam mais elegantes, apesar do frio é bom trabalhar", diz.

 
Fotos: Gabriela Perufo (Núcleo de Fotografia e Memória)

 

LEIA TAMBÉM

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Adicione o texto do seu título aqui

Lorem ipsum dolor sit amet, consectetur adipiscing elit. Ut elit tellus, luctus nec ullamcorper mattis, pulvinar dapibus leo.

 

 

Luvas, mantas, meias, chapéus e toucas de lã e guarda-chuvas são artigos que passam a ser oferecidos pelo mercado informal no inverno. Quem pode oferecer outros produtos além dos CDs e DVDs tem venda garantida.

As mercadorias são definidas com o período. Mais da metade dos produtos podem mudar, conforme o vendedor Jessé Chagas Pedrozo. Nessa semana, por exemplo, com o Dia dos Namorados, vende flores, além dos CDs e artigos de lã. Já o vendedor Jonas Andrade muda tudo. No verão faz tatuagens de henna e no inverno vende acessórios que protegem do frio.

O pior do inverno é a chuva, segundo a vendedora de CDs e DVDs Lucimara Pereira Ribeiro. Poucas pessoas saem às ruas e há risco de estragar os produtos. Segundo os vendedores, em torno de 70% dos compradores só leva algum produto para casa por passar na frente das bancas. Para o vendedor Ariovaldo Oliveira, a própria profissão já é insegura, o clima prejudica ainda mais. Ele espera melhorias com a construção do shopping popular.

Mas a chuva não é ruim para todos. Para o vendedor Flávio, que não quis revelar o sobrenome, dias chuvosos dão lucro com a venda de guarda-chuvas. Rodrigo Carvalho também explica que a pouca venda dos outros produtos é compensada com a venda dos guarda-chuvas e capas.

 Maria Fátima Gomide, que produz as mercadorias que vende, diz que no início do inverno se vende mais. Na primavera, quando o clima é indeciso, é mais complicado de vender. No verão vende vestidos e blusas e no inverno faz mantas, sapatinhos para bebê, meias e toucas de lã.

Para o Poeta, que vende seus produtos na rua Acampamento, a culpa não é do tempo: “Só ocupo lugar no espaço, o que passa por perto não me prejudica, o grande pensamento é vender”.

A tranqüilidade de se vender no inverno é o que mais agrada a Luiza Halm de Fraga. Isso porque os adereços que aquecem vêm de São Paulo e têm nota fiscal, diferente dos outros períodos em que as mercadorias são trazidas do Paraguai. "No inverno também as pessoas ficam mais elegantes, apesar do frio é bom trabalhar", diz.

 
Fotos: Gabriela Perufo (Núcleo de Fotografia e Memória)