Dia da criança chegando e muitas dúvidas começam a aparecer.
O que fazer, o que dar, tantas são as opções. Muitas famílias não sabem
como agir nessa data que se transformou em consumismo cada vez maior. São muitas as variedades de brinquedos, de
todos os estilos e tecnologias cada vez mais inovadoras. Mas uma pergunta paira
no ar: será que é necessário? Será que a
criança necessita de tantos brinquedos?
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Alguns pais não
datam um dia especial para criança, porque acreditam ser todo o dia. Samuel
Pinheiro, advogado, pai de Willisson, 8 anos, é um desses. “Ele está acostumado,
a gente seguido leva ele na pracinha e outros entretenimentos. Se bem que o dia
da criança para ele é todo o dia. Ele está sempre brincando. É bem consciente,
não é uma criança que peça muito”, declara.
A sociedade hoje vive
uma verdadeira correria. Os pais têm uma rotina desgastante e sobra pouco
tempo para os filhos. Muitos, na vontade de suprir, acabam presenteando. A
mestre em Psicologia e professora da Unifra, Letícia Noal, explica: “A gente entende que
hoje se perdeu muito dessa questão afetiva, principalmente por essa confusão que
se faz na família, de achar que por que não tem tempo, tem que suprir
isso de alguma forma com outra coisa”.
Ela ressalta que não é a quantidade de tempo que a família tem, mas a qualidade
desse tempo. “Que busque então falar, brincar, estar junto. Investir muito
mais nessa qualidade da relação. O melhor seria que os pais trabalhem com a ideia
afetiva, dando um significado para esse afeto, para o brincar, para o carinho,
para o elogio. A atenção para a criança”.
Mas tem famílias que aproveitam a folga compartilhada com a
união familiar e já fizeram a programação.
Silvia Catarina de Lima, dona de casa, diz: “amanhã é um dia de folga,
daí vou levar na pracinha meus dois filhos, aproveitar que o pai deles está em
casa, daí vai junto com a gente. Passeio de família”.
Mariele Farias, 10 anos, prefere passear, mas não houve o
diálogo com seus pais e pediu o presente. “Eu prefiro passear para conhecer
lugares e pessoas, mas pedi para minha mãe brinquedo, nunca falei em passeios”.
Existem crianças que já escolheram o seu presente e dessa
vez decidiram por algo diferente, deixando um pouco de lado o brinquedo e
optando por um bicho de estimação. A
filha da dona de casa Carla Corrêa, a menina Luisa, de 8 anos, pediu um pássaro à
sua mãe. Carla diz “ela trocou o brinquedo este ano por um animal de estimação,
ela pediu uma calopcita, é isso que ela quer de dia da criança”.
Vitória de Lima, 8 anos, tem preferência por brinquedo. “Gosto
de passear, mas prefiro uma Barbie para brincar com as minhas outras bonecas”, declara.
O Dia da Criança na escola
Escolas já estão trabalhando estas temáticas durante o ano
letivo. E as enfatizam durante datas especiais, como é o caso da Escola de
Ensino Fundamental Santa Catarina, que trabalha com a sociabilização, o
compartilhar, o respeito ao espaço do outro, a construção da amizade através de
brinquedos partilhados, construídos com sucatas de materiais reciclados.
Sempre
utiliza-se do lúdico, principalmente com crianças na faixa etária da educação
infantil, explica a diretora
da escola, Janete Colling. A semana modifica-se um pouco
porque é comemorada com eventos, como teatro,
cinema, cantorias, passeios.
A diretora diz: “É nessa idade que se forma o cidadão que vai
respeitar o próximo, que vai saber partilhar, que vai saber amar e gostar”.
Aproveite o feriado e curta com familiares e amigos. Porque
sempre há uma criança dentro de cada um.
Fotos: Ana Carolina Grützmann da Silva (Laboratório de Fotografia e Memória / foto1) e Jéssica Menezes (Agência Central Sul)