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A Nave de Histórias deste ano apresenta uma série de podcasts criada a partir de livros infanto-juvenis das autoras santa-marienses Onilse Noal Pozzobon, Vera Campos, Maria Rita e Maria das Graças Py. O formato traz a contação de histórias infantis por meio do áudio, explorando a paisagem sonora das narrativas que vão de poemas à livros completos.

São 7 episódios de diferentes obras das autoras: o livro O Tatu Amigo, de Vera Campos; os livros A Bruxa Bruxilica e O Fantasminha Pluminha, de Onilse Noal Pozzobon; e 4 poemas do livro Poemas para Brincar, de Amélia Morcelli, Maria Rita e Maria das Graças Py.

A Nave está pousada na Feira do Livro no palco da praça para que os viajantes do mundo da leitura e do planeta do áudio adentrem nela e comandem a astronave dando play no episódio que queiram ouvir. Ela recebe visitação das 14h às 18h30 de segunda a sexta-feira. Nos sábados e domingos, o atendimento é das 10h às 18h30, até o dia 06 de setembro, último dia de Feira.

Gabriel Silva, de 4 anos, foi o primeiro a pilotar a Nave deste ano: “Vou voar para longe. Tchau papai!”

Nave de Histórias é um projeto de extensão da Universidade Franciscana e envolve quatro cursos de graduação. A turma da disciplina de Áudio para Mídias Digitais do curso de Jornalismo, ministrada pela professora Neli Mombelli, produziu os podcasts de contação de histórias. Em uma das unidades, o conteúdo trabalhado é storytelling. Foi então que os estudantes soltaram a voz e a imaginação para dar sonoridade às histórias dos livros infantis. Os roteiros, produção e locuções foram realizados por Andressa Rodrigues, Bruno Bertulini, Enzo Martins, Gabriel Deõn, Karina Fontes, Laura Pedroso, Luiza Fantinel,  Rhuan Braga e Samuel Marques. O suporte técnico foi de Clenilson Oliveira.

Já os responsáveis para dar uma uma nova forma para a nave foram os estudantes do curso de Design Ana Clara Valadão, João Pedro Pires Carvalho e Julia Trevisan Kiling, com orientação dos professores Ciria Moro e Roberto Gerhardt, e suporte de marcenaria de Sandro Robert Rodrigues Vargas. A programação do painel de controle ficou por conta do professor do curso de Jornalismo Iuri Lammel. Ainda, se juntam ao projeto da Nave alunos do cursos de Letras e de Pedagogia, orientados pelas professoras Dulcineia Libraga Papalia De Toni e Talita Valcanover Duarte que, junto com alunos do curso de Jornalismo coordenados pela professora Glaíse Bohrer Palma, irão levar as histórias para escolas públicas e produzir podcast autorais desenvolvidos em salas de aula.

 E para quem não puder embarcar na Nave de Histórias durante a Feira do Livro, pode acessar  os episódios no Spotify, buscando pelo perfil Nave de Histórias.

Texto e Imagens: Neli Mombelli

O programa De Papo com está de volta com episódios inéditos. Um programa sobre jornalismo a partir de jornalistas. A convidada da vez é Thays Ceretta, jornalista e radialista da Rádio Verde Oliva, emissora da Fundação Cultural do Exército Brasileiro, e egressa do curso de Jornalismo da UFN.

Thays se formou em 2012 e tem uma trajetória marcada por passagens em diferentes veículos de comunicação, como RBS TV, TV Pampa e TV Diário. Durante o bate-papo, ela relembra momentos emocionantes da sua carreira e compartilha experiências que marcaram sua atuação como jornalista.

O programa vai ao ar nesta sexta-feira, 11 de abril, às 19h30, na UFN TV, canal 15 da Net, e também no YouTube do LabSeis. Você pode acompanhar cortes das entrevistas no Instragam do programa e no Instagram do LabSeis. Por lá, você confere em primeira mão os próximos convidados e temas das futuras edições.

Em 2024, foram 23 programas que trouxeram nomes como Marcelo Canellas, que foi repórter especial do Fantástico da TV Globo por décadas e atualmente trabalha com streaming; Silvana Silva, que atuou como editora-chefe do Diário de Santa Maria no Grupo RBS e hoje atua em assessoria de comunicação; Lucas Amorim, jornalista e radialista da Rádio Gaúcha Santa Maria; Fabiana Lemos, repórter da RBS TV de Porto Alegre; Rômulo D’Ávila, repórter da TV Globo São Paulo; entre outros nomes que reportam histórias e fazem história no jornalismo. Veja as entrevistas na playlist do programa no YouTube do LabSeis.

De Papo Com é uma produção laboratorial do Curso de Jornalismo da UFN, apresentado pelos acadêmicos do 5º semestre, Yasmin Zavareze e Nicolas Morales; com Ana Cecília Montedo, Isadora Rodrigues e Thine Feistauer na produção; Alexsandro Pedrollo na operação de câmera e direção de fotografia; Jonathan de Souza no switcher e finalização; Emanuelle Rosa na identidade visual; e direção geral da professora Neli Mombelli.

Texto e fotos: divulgação LabSeis

As provas para os 30 cursos de graduação da Universidade Franciscana começam daqui a pouco no conjunto III da instituição. A seleção para o curso de Medicina terá duração de 4 horas e constará de uma prova objetiva com 50 questões mais a redação. Já para os demais cursos haverá uma prova de redação em que o aluno terá 2 horas. Candidatos com necessidades especiais têm uma hora a mais para finalizar as provas.

Este ano, o vestibular de verão 2025 conta com mais de 1.300 candidatos inscritos. O gabarito da prova para o curso de Medicina está previsto para sair às 18h30, hoje ainda. A lista com todos os aprovados será divulgada na próxima sexta-feira, 29 de novembro, às 15h, de forma presencial no hall do prédio 15 da Universidade. Para quem quiser conferir no site da instituição, o resultado estará disponível no mesmo dia a partir das 16h.

A matrícula dos aprovados em primeira chamada para o curso de Medicina deverá ser realizada nos dias 2 e 3 de dezembro, de forma presencial, das 8h às 17h30, na Central de Atendimento da UFN, na rua dos Andradas, 1614. Já para os demais cursos, a matrícula poderá ser feita de modo digital, por meio do acesso individual do candidato ao Portal do Aluno.

Acompanhe a cobertura do Vestibular de Verão 2025 da UFN aqui na página a Agência Central Sul. Para mais informações sobre a prova, acesse a página com orientações gerais sobre o Vestibular de Verão 2025 da UFN.

Um compilado de informações importantes para a formação de Porto Alegre com ênfase em seus desafios políticos, morais e culturais através da música, recupera a história e as características da identidade da cidade. Esse é o conteúdo do segundo livro de uma série de obras sobre a música porto-alegrense, chamado Porto Alegre: Uma biografia musical, que recupera a história e as características da identidade da capital. Foramde três décadas de pesquisas do músico, jornalista e escritor Arthur de Faria. Que tem com foco, neste volume, na música popular da época.

Gérson Werlang, músico, compositor e professor da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM) mediou a conversa com Arthur de Faria no Livro Livre
Fotografia: Ana Cecília Montedo

Doutor em Literatura Brasileira pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) com tese sobre Lupicínio Rodrigues, recentemente no evento Livro Livre, na 51ª Feira do Livro de Santa Maria, Arthur contou sobre suas obras e como foi crescer em Gravataí, na companhia dos pais, que inspiraram essa paixão pela música popular brasileira. Por outro lado, a veia de jornalista o ajudou a buscar todas as informações necessárias para reescrever a história da capital e sintetizá-la em 320 páginas.
Ao ler Porto Alegre: Uma biografia musical, o escritor traz à tona um protagonismo de pessoas pretas na construção da identidade cultural da capital porto-alegrense. Segundo as pesquisas de Arthur, em 1872, por exemplo, 1 um terço da população de Porto Alegre era negra, incluindo um príncipe, Babalorixá Africano, muito respeitado, que chegou no início do século XX, aconselhando nomes como Borges de Medeiros. 

E não foi diferente na cena musical. Até o ano de 1960, o autor afirma que o protagonismo artístico da capital era 80% preto. Em sua fala, ele ainda lembra de Ilhota, uma comunidade de pessoas negras numa área central da cidade, onde viviam muitos artistas de classe média-baixa. Era um lugar frequentado por todos que buscavam entretenimento e que foi apagada após uma movimentação política e econômica. Ela situava-se onde hoje estão as Vilas: Lupicínio, Renascença I e Renascença II, e foi o local que revelou o grande cantor e compositor brasileiro, Lupicínio Rodrigues.

A obra  de Faria retrata e eterniza a identidade de uma cidade através de outros olhos. Com foco em representações artísticas e musicais, mostra como a arte, mais precisamente a música e a dança, influenciaram na construção política e na formação da sociedade que viria a ser a nossa capital gaúcha. Arthur frisa em seu livro sobre uma “fantasia européia” que habita nos gaúchos, trazendo dados que confirmam que Porto Alegre tem uma história muito maior do que estamos acostumados a ouvir, propondo reflexões sobre os motivos desse protagonismo ter diminuído. Em entrevista para a Zero Hora, ele enfatiza que muitos artistas dessa época foram apagados ou esquecidos, abordando até um o impacto da Segunda Guerra Mundial na música do estado. O livro revive, a cada capítulo, nomes que marcaram cada época, como Paulo Coelho, Octávio Dutra e Chiquinho do Acordeon. O autor afirma que os leitores sentirão falta de dois nomes muito importantes, como Lupicínio Rodrigues e Radamés Gnatalli, isso porque Lupicínio: Uma Biografia Musical foi lançado como 3º terceiro livro da série e a obra de Radamés já está programada para ser um dos próximos lançamentos.

Texto produzido por Ana Cecília Montedo na disciplina de Produção da Notícia, sob supervisão da professora Neli Mombelli, durante o segundo semestre de 2024.

“Eu sou o filho de Zeus. Sou Apolo: é quem gabo de ser.
Eu vos guiei até aqui sobre o abismo gigante do mar,
Sem planejar nenhum mal, mas levando a este templo abastado,
Que guardareis, pois é meu e honradíssimo pelos humanos.”
Hino à Apolo ,Homero, século VII AEC.

A exposição reúne mais de 20 obras além de contar com vasto acervo à disposição dos visitantes.

A casa de artes e cultura Solar completou seu biênio no último dia 2 de outubro lançando a exposição comemorativa Solares. O grupo, formado em 2022 abriga o trabalho de diversos artistas, residentes e convidados, buscando no poder da coletividade inspiração e parceria para capturar o mundo material e imaterial nas mais diversas técnicas artísticas ali engendradas. Por mais que a definição passe longe dos casarões nobres do medievo português, a construção de uma família na arte é um grande legado dos dois anos de trabalho conforme ilustra Luciano Santos, artista da casa: “Sempre quisemos um lugar que fosse luz e sempre tivemos esse entendimento que essa luz só poderia ser possível através do trabalho coletivo. A Solar é um estímulo diário para o trabalho , porque é dificuldade em cima de dificuldade pra quem vive de arte e o espaço além de trocas de conhecimento também é um espaço para troca afetiva, uma irmandade, uma família, porque família não é só lanço de sangue, é laço de afeto.”

A luz que irradia nos mais de 18 artistas é circularmente emanada por cada um deles, que se oxigenam, se entrelaçando em inspiração e estima sem deixar de lado suas individualidades, suas posições e expertises, tornando o espaço prolífico em suas produções: “Começamos com monotipia, fomos para gravura, que foi um “boom” aqui dentro do ateliê, e vamos para a cerâmica agora […] Dos mais de 20 trabalhos aqui cada um fez o seu, no momento de expô-los é impressionante, porque parece que desenha-se uma paleta de cores com eles, e não é combinado isso, para tu ver a simbiose, a energia desse grupo”, acrescenta Luciano.

A semente do coletivo germinou do período soturno do pós-pandemia, atravessando múltiplas adversidades para que pudesse não só florescer e fulgurar arte, mas também cultivar novos ramos em um campo até então desconhecido. Atento à pluralidade inerente ao ofício artístico e embasado em muita pesquisa, Léo Roat trouxe à exposição um entrelaçamento entre arte e tecnologia através de uma Ativação de Espaço. Mesclando o hoje supracitado tema da inteligência artificial com as evocações solares, Leo sintetiza o conceito: “A proposta é uma ativação utilizando luminografia , aqui uma projeção em um manequim modificado e a projeção sobre a superfície também atrás do manequim. A construção audiovisual foi feita com inteligência artificial, na trilha, nos efeitos sonoros, nas vozes e no poema em si. A inspiração veio da temática da Solar, os neutrinos, essas partículas fantasmas que nos atravessam viajando através dos raios solares, […] então daí essa ideia de conexão, […] a Solar nos atravessa a dois anos, o sol nos atravessa todos os dias.

As ferramentas de construções imagéticas por comandos e suas adivinhações talvez fossem dignas de competir com os Oráculos, ou minimamente espantosas até para os xamãs mais iluminados, porém, roubado o fogo dos Deuses, os humanos parecem regozijar com as fronteiras agora expandidas de possibilidades mágicas que a tecnologia pode trazer para campos que remontam as cavernas de Lascaux: a arte. Arte que sempre confluiu e se adensou com temas normativos, percorrendo caminhos muitas vezes contraditórios, mas demonstrando que a ética e a estética são muito mais que parônimos. Os dilemas de outrora como os de utilizar cadáveres para  estudos anatômicos e consequente emprego na arte, hoje são facilmente resolvidos com poucos comandos. Comandos estes prontamente obedecidos pelos autômatos da modernidade , as máquinas que podem gerar os mais diversos corpos, feições e expressões e que certamente livraria Da Vinci de certas tensões com empecilhos éticos da época.

Algumas obras que não tiveram a oportunidade de serem apreciadas em maio desse ano, agora estão disponíveis na casa Solar.

Mesclando inspirações clássicas e modernas em tela, Márcia Binato explica sua relação recente com a inteligência artificial: “Como eu  gosto de pintar figuras humanas, eu preciso de referências. Eu achei a IA uma ferramenta , porque eu pesquiso a referência que eu quero com todas as características que eu quero. E a partir dessa imagem eu começo o meu trabalho , olhando a anatomia , o olhar”. Em relação a ética e reprodutibilidade desse tipo de experimentação com IA Márcia acrescenta: “Uma coisa é usar a IA como referência em um trabalho , outra é fazer uma cópia da IA , porque sim daqui a pouco podemos ter vários artistas com o mesmo resultado e isso não é o ideal. “

Muito além de magia algorítmica, referências clássicas e evocações solares, a exposição contempla uma gama ímpar de trabalhos curiosos e instigantes, que colecionam histórias, momentos agradáveis, discussões e muito aprendizado. A energia única das obras transporta o observador para o ambiente sensorialmente sincrético que o coletivo e o espaço evocam, sendo possível vislumbrar as bênçãos de Apolo e Sara la noire lado a lado, sem conflitos, se complementando , orgulhosos de hecatombes tão bem manufaturadas como as ali expostas.

Em uma jornada fugaz, porém já com traços homéricos, o coletivo coloca arte para ser fitada por olhos experientes e neófitos, com a energia que atravessa, como os neutrinos solares, os que quiserem apreciar e fazer parte da iluminação.

Para essas e inúmeras outras histórias e experiências, a exposição Solares está aberta para visitação até dia 01/11/2024, com entrada franca, no endereço: Venâncio Aires, 344 – Passo d´Areia.

Para mais informações: @solar.artistas.sm

Confira mais imagens da exposição:

Texto e Imagens: acadêmico de Jornalismo da UFN Guilherme Pregardier

Confira a partir de hoje, nas quintas-feiras, matérias produzidas por acadêmicos do curso de Jornalismo tendo como pano de fundo a Feira do Livro

Calçadão Salvador Isaia é um dos caminhos que levavam a Feira do Livro. Foto: Ana Cecília Montedo

Após as enchentes do Rio Grande do Sul, houve algumas ações sociais para mobilizar a população a apoiar produtores e comerciantes locais. Com os bloqueios das estradas e o difícil acesso à capital, Porto Alegre, quem não tinha capacidade de estocar mantimentos e mercadorias, acabou sendo pego desprevenido, principalmente no ramo alimentício. Além disso, ambulantes que dependem do clima e do fluxo da cidade ficaram impossibilitados de trabalhar nesse período, por falta de mercadorias, compradores e até mesmo por morar em locais afetados.

Alguns comerciantes sentiram uma drástica diferença em suas vendas com a chegada da Feira do Livro, principalmente pela movimentação de estudantes no Calçadão santa-mariense, como disse Graziela Oliveira, funcionária de uma lancheria localizada em frente à Caixa Econômica Federal. Já Viviane, que é caixa do tradicional mercado no final do calçadão, comenta que houve aumento do movimento inclusive superando as edições passadas da Feira.

Desta vez, o evento não teve a tradicional praça de alimentação, o que ajudou na movimentação em seu entorno. Uma das opções foi o Café do Theatro Treze de Maio, que também foi palco do livro livre, onde ocorreram a maioria das atrações e contou com mesas e cadeiras disponíveis em frente ao local. Com essa mudança, barraquinhas como a de Deusa Sattes não puderam ficar próximas ao evento. Segundo a vendedora, a prefeitura estabeleceu o local em que eles poderiam atuar durante o evento, isto é, no final do calçadão, na esquina oposta ao local das bancas de livros. Embora à distância, conforme Deusa, o faturamento não foi impactado por conta da grande circulação de pessoas.

De acordo com a organização da Feira, foram cerca de oitenta mil pessoas que visitaram a  Praça Saldanha Marinho durante as duas semanas de programação. A Feira do Livro de Santa Maria, que tradicionalmente ocorre no primeiro semestre do ano, em virtude das enchentes de maio, foi realizada neste ano de 2024 de 26 de agosto a 8 de setembro.

Texto produzido por Ana Cecília Montedo na disciplina de Produção da Notícia, sob supervisão da professora Neli Mombelli, durante o segundo semestre de 2024.

Após um atentado terrorista contra o presidente dos Estados Unidos da América e grande parte do pleito político, uma facção católica instaura um regime totalitário baseado nos regramentos do Antigo Testamento, ceifando os direitos das mulheres e dos grupos minoritários da nomeada República de Gilead. Após alguns dias do atentado, a segurança nacional do novo governo inicia uma captura das mulheres férteis do país e June Offred, protagonista da série, é capturada em uma tentativa de fuga para o Canadá e posteriormente entregue ao Comandante Fred Waterford para servi-lo como “handmaid”, ou seja, uma mulher cujo único propósito é dar filhos ao homem no poder.

Os níveis de natalidade em Gilead são quase inexistentes, parte da população de mulheres não consegue manter uma gestação saudável ou tem dificuldades para a concepção de um filho. Outra realidade apresentada são os fetos que nascem sem vida ou não resistem aos primeiros minutos pós-parto, consequência gerada pelos altos níveis de poluição do país. Os alimentos com agrotóxicos, os gases poluentes sendo mantidos na atmosfera e a plantação de insumos em terra artificial foram expoentes para o aumento significativo da taxa de infertilidade. Os Comandantes de Gilead assumem o poder com o intuito de “repopular” a sociedade de maneira com que as mulheres que já tiveram filhos anteriormente sejam forçadas a cumprirem com seus “instintos maternos” e usarem seus úteros para salvar a população americana.

Logo no primeiro episódio, June tenta fugir com sua filha e marido, porém os guardiões da segurança do país a capturam e levam para um Centro de Treinamento onde ela e outra mulheres serão instruídas de como se comportar na casa de seus Comandantes e como agir quando estiverem em sociedade, bem como deverão seguir suas vidas dali em diante. Um dispositivo é colocado nas orelhas das mulheres para servir de rastreador, tal qual fazem com animais silvestres na natureza. A imprensa foi exterminada, assim como os livros e qualquer material de leitura existente da cidade. Grandes fogueiras foram erguidas em praça pública para queimar o restante de história que ainda existia, um passado que deveria ser esquecido pelo bem de todos e que não seguia as novas ideologias do país.

June passa por diversas situações durante sua vida exilada em Gilead, usa as memórias que tinha da filha como forma de lutar e sair daquele regime. Durante os episódios, ela relembra de momentos com o marido, com a melhor amiga Moira que também foi capturada, tenta elaborar estratégias para fugir e buscar ajuda de outro país, pois sem imprensa nenhuma verdade era mostrada ao mundo. As mulheres eram violentadas diariamente e precisavam conviver com isto, pois quem as defenderia? Quem poderia ajudar a contar a verdade?

No Brasil, temos uma situação análoga acontecendo, a Câmara dos Deputados aprovou em junho, em regime de urgência, o Projeto de Projeto de Lei 1904/24, do deputado Sóstenes Cavalcante (PL-RJ) e outros 32 parlamentares, que equipara o aborto de gestação acima de 22 semanas ao homicídio simples, com pena de até 22 anos tanto para a gestante quando para quem tentar ajudá-la. O procedimento é autorizado no país em apenas três casos: gravidez decorrente de estupro, risco à vida da mulher e anencefalia do feto, todos com o consentimento da mulher. A proposta prevê penalizar a mulher que sofreu violência sexual com mais anos de reclusão do que a pessoa que praticou o ato, onde no Brasil a pena máxima é de 10 anos. O projeto precisa passar pelo Senado e pela sanção presidencial

Para a bancada que defende o Projeto de Lei, a vida de um feto que foi gerado através de uma violência tem mais valor do que a pessoa que foi violentada, restando duas opções para a vítima: ser presa pelo crime de aborto ou ser obrigada a continuar com a gravidez. O tema gerou discussão em vários grupos sociais, que se manifestaram através das redes sociais e foram às ruas para se posicionar contra ou a favor da aprovação. Em Gilead, o governo institucionalizou a violência contra a mulher, a punição para quem não gerasse filhos seria a morte, apedrejamento ou banimento para áreas radioativas.

Na República, qualquer movimentação feita contra a continuação da gravidez, seria devidamente punida e exposta para os demais da sociedade como forma de demonstrar o que não deve ser feito. No Brasil, a vítima será presa e julgada por escolher o que fazer com o próprio corpo. Se colocarmos ambas as narrativas próximas da outra, seria difícil julgar o que é ficção ou realidade?

The Handmaid’s Tale é uma série dirigida por Reed Morano, com roteiro de Bruce Miller. Integrando o elenco principal da primeira temporada: Elizabeth Moss, Joseph Fiennes, Samira Wiley, Ann Dowd, Max Minghella, Madeline Brewer, Alexis Bledel, Yvone Strahovski e O-T Fagbenle.

Texto produzido pela acadêmica Michélli Silveira na disciplina de Narrativa Jornalística, no primeiro semestre de 2024 do curso de Jornalismo, sob supervisão da professora Glaíse Bohrer Palma.

Imagens: Divulgação

A prova do Vestibular de Inverno da UFN 2024 trouxe um tema transversal para as duas redações aplicadas: meio ambiente e seus impactos na sociedade.

Na prova aplicada para 30 cursos de graduação nas modalidades presencial, semipresencial e EAD, a questão norteadora da prova foi: “De que forma a sociedade pode contribuir efetivamente para o desenvolvimento sustentável?”.

A pergunta foi colocada a partir de três textos norteadores que versaram sobre o panorama global dos recursos de 2024 relacionados com a Agenda 2030 para o Desenvolvimento Sustentável; sobre a chuva que provocou deslizamentos de pedras e alagamentos no RS ainda no início de abril, antes da catástrofe climática que chegou no final daquele mês; e uma charge cuja imagem mostra todas as árvores cortadas e um lenhador com seu machado, que está caído e reclamando do calor, pois não consegue encontrar uma sombra.

Candidatos fazem a prova para o processo de ingresso ao Vestibular de Inverno da UFN 2024
Imagem: Michelli Silveira/LABFEM

O vestibulando de Ciências Contábeis, Hiago Riquelme, considerou o tema pertinente e importante, sobretudo depois de vivermos, enquanto sociedade, a catástrofe no Rio Grande do Sul. “É bem importante falar sobre isso para conscientizar as pessoas. Principalmente aqui em Santa Maria, a gente tem muitos problemas com esgoto. A maioria dos esgotos vai para sangas e isso prejudica de forma imensa porque, quando chove muito, as águas começam a não ter para onde ir e começam as inundações e as pessoas começam a perder suas coisas”, diz ele, ao comentar a abordagem do seu texto na prova.

Hiago Riquelme candidato para o curso de Ciências Contábeis.
Imagem: Alexsandro Pedrollo
/LabSEIS

Já o tema da redação do vestibular de Medicina trouxe como textos motivadores uma notícia sobre o que jovens ativistas têm a dizer em defesa do meio ambiente; outra notícia sobre a absolvição de Greta Thunberg, ícone jovem do ativismo ambiental, que foi acusada de perturbar a ordem pública após um protesto em Londres em outubro do ano passado, ao denunciar a indústria de hidrocarbonetos; e um terceiro texto cujo título diz que o ativismo climático juvenil precisa de incentivo. A questão proposta pela prova foi: “Como o envolvimento dos jovens no ativismo ambiental contribui para ampliar a conscientização pública sobre questões ambientais e para promover a busca por soluções sustentáveis?”.

E você, como responderia?

Nesta segunda-feira, dia 17 de junho, serão aplicadas as provas presenciais do Vestibular de Inverno 2024 da Universidade Franciscana (UFN) no prédio 13 do Conjunto III. São ofertados 30 cursos de graduação presenciais e semipresenciais para ingresso no 2º semestre de 2024.

A prova para Medicina terá 50 questões de múltipla escolha e redação, com início às 13h30min e duração de 4h. Os outros cursos de graduação terão apenas prova de redação, com início às 13h30min e duração de 2h. Os portões serão abertos às 12h e a entrada nos prédios será permitida às 13h. O acesso ao Conjunto III será pela Rua Duque de Caxias.

Vestibular de Inverno ocorre no dia 17 de junho. Imagem: Universidade Franciscana/Divulgação

O gabarito preliminar da prova de Medicina será divulgado ainda no dia da prova, às 18h30. O definitivo sairá no dia 19 de junho, até às 18h. O resultado com a lista dos aprovados será divulgado no dia 25 de junho.

Para consulta presencial será a partir das 15h, no prédio 15 do Conjunto III, e às 16h será disponibilizado no site da UFN. Os classificados para a 1º chamada deverão realizar a matrícula digital entre os dias 27 e 28 de junho. Os candidatos em suplência podem participar da chamada oral no dia 04 de julho.

Acompanhe a cobertura do Vestibular de Inverno 2024 da UFN aqui na página a Agência Central Sul. Para mais informações sobre a prova, acesse a página com orientações gerais sobre o Vestibular de Inverno 2024 da UFN.

Se os dias estão cinzas, a gente coloca uma música para desanuviar. Se tá tudo bem, vai uma boa música para embalar. Ou se está daqueles dias em que não se perde nem se ganha, vai um play para tendenciar. Parafraseando Dorival Caymmi, embora ele falasse especificamente do samba: quem não gosta de ‘música’ bom sujeito não é!

O programa é produzido no Laboratório de Jornalismo Audiovisual do curso de Jornalismo.

O Reverbe é o mais novo programa audiovisual do curso de Jornalismo que mostra a música daqui, feita em Santa Maria e arredores. Queremos reverberar as composições e as vozes que ecoam pelos nossos montes. Artistas talentosos, músicas potentes e de variados estilos. É um programa que nasce cheio de personalidade, com um bate-papo no ritmo dos/as convidados/as sobre inspiração, transpiração, identidade, sentimentos e, claro, muita música.

Você é o nosso/a convidado/a especial para, toda terça-feira, às 19h, acompanhar um novo episódio na UFN TV, pelo canal 15 da NET,  ou no canal do YouTube do LabSeis. E também pode ser visto na TV Câmara, canal aberto 18.2, na sexta-feira, às 21h25min, e sábado, a partir das 19h25.

Paulo Noronha é o convidado de estreia do Reverbe.

O episódio de estreia traz todo o legado de Paulo Noronha, cantor, compositor e guitarrista que carrega consigo o estilo blues-rock e atua há mais de 20 anos no cenário musical santa-mariense. Noronha apresenta o seu mais recente trabalho, o álbum Fôlego, lançado em novembro do ano passado, que tem no setlist as canções Cinema, Conflitos e Fôlego, homônimo do disco, executadas durante o programa. 

Nas palavras de Noronha: “Boa parte do Folêgo foi composto durante a pandemia, e esse álbum não tem como não falar de situações que vão desde o morador de rua ao empresário mais rico. Apenas duas canções foram produzidas e colocadas no álbum enquanto ele estava sendo finalizado, e que não estão conectadas com a pandemia”

Caroline Freitas apresentou o primeiro programa que vai ao ar hoje.

Já segue aí a playlist do Reverbe no Spotify da Rádio Web UFN e se prepare para, a cada novo episódio, adicionar as músicas do programa no seu tocador favorito. 

O Reverbe é produzido pelo Lab Seis, laboratório de produção audiovisual dos cursos de Jornalismo e Publicidade e Propaganda da Universidade Franciscana (UFN). A equipe é formada pelos alunos do curso de Jornalismo de diversos semestres: Vitória Oliveira e Caroline Freitas no roteiro e apresentação, na produção Nicolas Krawczyk, Aryane Machado e Luíza Maicá, Ana Clara Mileto e Enzo Martins, que também faz redes sociais, Thomás Ortiz na operação de câmera e, ainda, conta com os técnicos administrativos Alexsandro Pedrollo, na direção de fotografia, e Jonathan de Souza, no switcher e finalização. A  coordenação e direção é da professora Neli Mombelli.

Texto e imagens: Neli Mombelli/ professora curso de Jornalismo e coordenadora LabSeis